Palmeiras e São Paulo se reencontram neste domingo, às 16h (de Brasília), no Allianz Parque, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, em situações bem diferentes daquelas que viviam em 14 de julho, no último jogo entre os rivais – no mesmo estádio.
Àquela altura, o São Paulo conseguiu eliminar o Palmeiras nas oitavas de final da Copa do Brasil nos pênaltis, jogando fora de casa – no ponto mais alto da temporada do Tricolor, e num momento crítico do Verdão, que caiu na competição reclamando muito da arbitragem.
Desde então, porém, muita coisa mudou – não nas escalações, que devem ser parecidas neste domingo. Mas, sim, no momento das equipes: o Palmeiras conta os dias para comemorar seu 11º título brasileiro, enquanto o São Paulo tenta dar sentido a um fim de temporada que teve decepções na própria Copa do Brasil e, principalmente, na Copa Sul-Americana.
Contagem regressiva
Em julho, o Palmeiras de Abel Ferreira ainda estava vivo em três competições e contava com a força do Allianz Parque para eliminar o São Paulo na Copa do Brasil – após derrota por 1 a 0 no jogo de ida das oitavas, no Morumbi.
A estrutura do time foi basicamente a mesma que será utilizada neste domingo, exceção feita ao meia Raphael Veiga, que, lesionado, não joga mais em 2022.
O Verdão jogou bem, abriu 2 a 0 rapidamente, mas viu a sorte virar depois que Veiga perdeu um pênalti e, quase no lance seguinte, Calleri sofreu uma penalidade contestada pelo time da casa – que Luciano converteu. A principal bronca foi com o VAR: além do pênalti em si, o vídeo não traçou uma linha para determinar possível impedimento de Calleri no início da jogada.
A CBF admitiu o erro posteriormente, e o jogo deixou marcas quase irreversíveis em Abel Ferreira, que não se esqueceu das críticas à arbitragem nem quando o time foi eliminado da Libertadores, já em setembro, em semifinal contra o Athletico-PR.
– Todos os guerreiros têm cicatrizes. Esta vai ser uma. E temos este ano duas muito profundas, as que vêm pelas costas doem mais (...) Fomos traídos pelas costas – disse.
Apesar das cicatrizes, o Palmeiras conseguiu êxito no que lhe restou: concentrado apenas no Brasileirão, o time disparou na liderança e hoje tem dez pontos de vantagem sobre o Internacional, segundo colocado. Nas contas alviverdes, mais três ou quatro vitórias vão garantir o título brasileiro.
"Ressaca" de fim de ano?
Para o Tricolor, aquele momento foi um dos ápices da temporada e uma mudança de chave no planejamento de 2022. Se antes Rogério Ceni falava que o objetivo era ficar bem colocado no Campeonato Brasileiro e garantir uma vaga direta na próxima Libertadores, a classificação sobre o Palmeiras fez tudo mudar.
A vaga sobre um dos maiores rivais e algoz dos últimos anos fez o São Paulo mudar a rota. As Copas, tanto a do Brasil quanto a Sul-Americana, passaram a ganhar importância. A cada novo avanço, mais entusiasmo.
A estratégia fez o Tricolor entrar em uma queda livre no Brasileirão. Em determinado momento brigou até para se distanciar da zona de rebaixamento. Vieram, então, a eliminação nas semifinais da Copa do Brasil e o vice-campeonato da Sul-Americana e, junto disso, um choque de realidade.
Sem nenhum título conquistado, o São Paulo se viu encurralado nos pontos corridos, precisando urgentemente de vitórias. A atual 12ª colocação é uma amostra de como o time precisa reagir.
Após ser derrotado em casa para o Botafogo, no último domingo, e ficar estacionado nos 40 pontos, o Tricolor precisa de um bom resultado neste domingo para ainda sonhar com uma vaga na fase prévia da Libertadores.
O Allianz Parque, que foi palco de uma grande festa são-paulina há três meses, pode virar o cenário de um final de temporada melancólico para a equipe de Rogério Ceni.
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