O técnico Tite anunciou nesta sexta-feira a lista de 23 jogadores convocados para os amistosos contra Colômbia e Peru, dias 6 e 10 de setembro, ambos nos Estados Unidos. Um dos assuntos mais comentados na coletiva de imprensa do treinador foi Neymar, que tem seu futuro indefinido no PSG, segue na mira de Real Madrid e Barcelona e ainda não fez nenhum jogo nesta temporada. Tite ressaltou alguns aspectos de uma conversa que teve com o craque antes de convocá-lo.
- Fábio pode falar sobre o físico, Juninho sobre conversa com Neymar. Eu da minha conversa por telefone com ele. Conversei com ele, levamos três aspectos: qual era o momento dele, como ele estava. Ele disse que estava feliz, trabalhando há um tempo. Não faz trabalho tático, pois é uma preparação da equipe. Perguntei emocionalmente sobre toda a situação. Disse: "Estou tranquilo, sei que há o encaminhamento e agora aguardo o PSG na definição". E o terceiro aspecto era a ideia dele jogar antes (dos amistosos da Seleção), um tempo hábil para jogar, e um atleta do nível e da qualidade de Neymar, eu não vou prescindir como técnico - disse Tite.
Preparador físico da Seleção, Fábio Mahseredjian deixou claro que Neymar tem plenas condições de voltar a jogar, completamente recuperado da lesão no quinto metatarso do pé direito que o tirou dos gramados no fim da temporada passada:
- Ele está desde 15 de julho treinando. Fez todos os testes, foi para campo desde 17 de julho. Ele não participa dos treinamentos táticos, mas está em plenas condições. Converso semanalmente com o Ricardo, preparador físico dele. Está em plenas condições de atuar.
Confira outros trechos da coletiva de Tite:
Futuro de Neymar
- Eu usei há tempos "imprescindível" e não "insubstituível". Só o Pelé está fora de parâmetro normal. Falei sobre o lado técnico, tático, o lado humano, desde que haja essa abertura e condição. E desde que esteja aqui. Não me sinto à vontade eticamente de sugerir, existem pessoas e ele tem a autonomia de decidir seu caminho. Existem clubes, responsabilidades, e cada um tem sua autonomia. Eu tomo minhas decisões e respondo por elas. Torço para que ele tenha luz pelo melhor caminho. E fico torcendo na medida. Mas não tenho direito de dizer "vai para cá, vai para lá". Ele tem gente, estafe, e tem ele como palavra final. Não compete a mim.
Novidades na Seleção
- Samir está inserido neste mesmo contexto, estamos acompanhando ele na Udinese, ele tem três temporadas italianas em alto nível, esteve aqui e eu conversei com o Jayme, que foi técnico dele no Flamengo, ele ganhou Copa do Brasil e Carioca. Conversei com o Luxemburgo, falando das virtudes do lado pessoal, qualidades técnicas. Todos os atributos. Bruno Henrique vem se destacando, faz gol, dá assistência, vem com o Abel, pessoa que sou próximo. Tem essa qualidade de fazer lado, centro, uma série de componentes. E o Vinicius Junior também, foi convocado anteriormente, na sequência veio o David. Também é um momento de oportunidade.
Daniel Alves, agora no São Paulo
- A gente fica na expectativa de onde os atletas vão, que estejam em alto nível, felizes. A mesma resposta do Neymar usaria para ele, que esteja feliz em núcleo familiar. Vamos ficar na torcida com relação ao São Paulo e em relação a ele. A importância maior é técnica por ele jogar muito, senão ele teria que vir para o lado da comissão técnica. Se cuida fora do campo, é um líder positivo, irradia confiança, o cara olha para o lado e tem um jogador de alto nível. Comemora o título da Copa América com os pais do lado, em prantos, surpreendendo as pessoas. Um cara que tem 40 títulos. Que ele esteja feliz e continue jogando o que está jogando.
Jogadores que atuam no Brasil
- Não só em relação a ele (Gabigol). Escolhas são passíveis de preferência, mas o cuidado para manter o equilíbrio da competição. Não só em relação ao Flamengo, assim como o critério técnico com relação à Copa do Brasil. É um momento decisivo, não tem necessidade de gerar um desequilíbrio. As equipes são postulantes a títulos, e compete a nós, mesmo que legalmente estejamos amparados, termos uma visão de bom senso.
Veteranos na Seleção
- Mantenho contato com os atletas, mas nunca vou observar carreira e agradecer atletas por serviços prestados. Não vou botar ponto final. Joguem em alto nível, que não vai ter. Muitos fatores acabam pesando para todos eles.
Philippe Coutinho
- Teve momentos grandes, momentos nem tanto. Foi escolhido um dos melhores em campo no começo da Copa, depois retoma o padrão Liverpool. É normal quando se troca de clube, há oscilações. Mas vai retomar o padrão, tenho certeza.
Preparação para a Copa
- Ela se dá no momento em que termina o jogo contra a Bélgica, ali começa a preparação do novo ciclo. Institucional, de saber quem vai e quem fica.
Renovação na Seleção
- O momento é de oportunidade para novos atletas, pois são amistosos. E dar rodagem a atletas que estão na Seleção há pouco tempo. Vou dar um exemplo do Juninho, que jogou a Copa de 2002 e tinha 48 jogos pela Seleção. O Richarlison é um exemplo, entrou, foi bem, cai um pouco, retoma. Precisa dar oportunidade aos atletas. E no momento da competição oficial, aí entra a performance do momento, solidez da carreira e histórico na Seleção. Mas o momento de alto nível pesa, independentemente da idade, citando Daniel Alves, Thiago, Miranda.
Globo Esporte
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