Nos últimos cinco jogos da Seleção nas Eliminatórias, Raphinha começou como titular em todos. Matheus Cunha, nos últimos três, assim como Vini Jr. Mas apenas o jogador do Real Madrid está à disposição de Tite nesta data Fifa para os jogos contra Chile e Bolívia, dias 24 e 29, respectivamente.
O jogador do Leeds pegou Covid-19 e teve de ser cortado, enquanto Matheus Cunha está em processo de recuperação de lesão.
Num tempo de experiências e de oportunidades, com a Seleção já classificada para a Copa do Mundo há tempos, um novo ataque para enfrentar o Chile não é problema. Mas o desenho da seleção brasileira que vai enfrentar os chilenos no Maracanã, na próxima quinta-feira, será outro. É possível imaginar Antony como substituto natural de Raphinha pela direita - afinal, sua preferência é jogar por ali. Rodrygo é outra opção.
Mas para a vaga de Cunha há outras possibilidades. A volta de Neymar, desfalque por lesão nos últimos dois jogos, amplia o leque de alternativas. Ao mesmo tempo, Tite tem outros jogadores que formam espinha do seu time na campanha das Eliminatórias, com Lucas Paquetá, Fred e Casemiro no meio de campo.
O técnico da Seleção tem seis atacantes à disposição. Eram sete, mas ele optou por não chamar substituto para Raphinha. Os dois de melhores números na temporada, em seus clubes, são Vini e Antony.
A decisão sobre quem jogará passa pela disputa que Tite ganhou com a ascensão de nomes. Pela manutenção de Vini Jr pela esquerda ou a chance de Richarlison como camisa 9, alterando o posicionamento de Neymar na frente. Como o Pombo sabe e definiu bem, "querendo ou não, a concorrência cresceu bastante".
Em Santiago, Vini Jr iniciou a partida contra o Chile e saiu no intervalo. Naquela noite na capital chilena, Vinicius pouco atacou, sempre às voltas com o avanço de Isla, formando parte da linha defensiva. O Chile precisa da vitória para seguir com sonho da classificação, mesmo no Maracanã.
Tite pode optar por formação semelhante a que enfrentou o Uruguai, em Manaus, sem Vini Jr. Na ocasião, jogaram Casemiro, Fred, Paquetá; Neymar, Raphinha e Gabriel Jesus.
Se optar por manter o jogador do Real Madrid, é possível deixar Neymar mais livre como falso 9, abrindo espaços para as entradas de Paquetá também pelo meio - em San Juan, contra a Argentina, o meia-atacante do Lyon atuou dessa maneira, mas caindo pelo lado esquerdo, como Neymar.
Em casa, na provável despedida da Seleção de jogos no Brasil antes da Copa do Mundo do Catar, Tite pode repetir sistema mais ofensivo, que utilizou contra o Paraguai. Na ocasião, recuou Paquetá para atuar ao lado de Fabinho (Casemiro não esteve na convocação), deixou Coutinho como meia-atacante e manteve os pontas também.
No cenário acima, uma alternativa (menos provável) também poderia ser a entrada de Coutinho na vaga de Vini Jr ou até mesmo na de Richarlison.
A equipe deve ser definida a partir do treino desta terça-feira, quando chegam jogadores que atuam na Espanha e na França na Granja Comary. Mas não deve ser muito diferente desta provável escalação: Alisson, Danilo, Marquinhos, Thiago Silva, Guilherme Arana (Alex Telles); Casemiro, Fred, Lucas Paquetá; Vini Jr (Richarlison), Neymar e Antony.
É provável que Tite altere mais o time na segunda partida, na altitude de La Paz. No Maracanã, contra forte equipe como o Chile, necessitado de pontos para sonhar com o Mundial, o treinador deve manter a base, com possíveis mudanças durante a partida.
Com 39 pontos, a seleção brasileira tem quatro de vantagem sobre a Argentina na ponta da tabela. Se vencer Chile e Bolívia, vai a 45 e garante a melhor campanha de toda a história neste formato de Eliminatórias - com dois de vantagem sobre a equipe de Marcelo "El Loco" Bielsa na classificatória de 2002. Desta maneira, também garantiria o primeiro lugar sem depender do resultado do jogo suspenso contra a Argentina, ainda sem data e local marcado.
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