Era mera formalidade. Depois de 90 minutos de futebol na Arena da Baixada, o Atlético-MG venceu o Athletico por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, e conquistou o bicampeonato da Copa do Brasil – já havia sido campeão em 2014. A vantagem de 4 a 0 obtida no jogo de ida fez o Galo jogar mais leve, mesmo diante da pressão da torcida do Athletico, que ainda acreditava na reviravolta, pressionou (em alguns momentos até passando do ponto, atirando objetos em campo), mas viu o Atlético ser superior novamente. Os gols do título foram dos dois maiores nomes das finais: Keno e Hulk, um em cada tempo – Jaderson diminuiu. Semanas depois do segundo título do Brasileirão, é hora de a torcida atleticana comemorar mais um bi e a Tríplice Coroa – além dos dois títulos nacionais, ganhou o Mineiro.
Conquistas e grana!
O Atlético chega à sua segunda conquista de Copa do Brasil, enquanto o Athletico continua com uma, de 2019. O Galo, aliás, conseguiu um feito que não ocorria há 18 anos – desde o rival Cruzeiro, em 2003, um mesmo time não conquistava as duas principais competições nacionais. E melhor: com o título, o Atlético acumula agora R$ 145 milhões em prêmios pelas conquistas da temporada. Grana pra mais reforços?
Um ano marcante
Mesmo com o vice, o Athletico fecha outra grande temporada em sua história. O Furacão foi campeão da Copa Sul-Americana pela segunda vez, em final contra o Red Bull Bragantino, garantiu vaga na Libertadores do ano que vem e, depois de leve susto, livrou-se do rebaixamento no Brasileirão sem grandes problemas. Tudo isso reconhecido pela torcida, que lotou a Arena da Baixada e cantou alto nos minutos finais, com o título já perdido, mas celebrando o grande 2021 rubro-negro.
Primeiro tempo
Até os 15 minutos, quase não houve futebol, apenas entradas duras, discussões e muito jogo de cintura por parte do árbitro Anderson Daronco – no primeiro minuto, Christian já havia pegado Jair. Mais tarde, um cotovelo de Renato Kayser que “sobrou” no rosto do mesmo Jair gerou nova polêmica. Até que Daronco chamou os capitães, deu um ultimato e fez o jogo andar um pouco mais. A partir daí, o Athletico passou a pressionar e chegou rapidamente ao gol, com Pedro Rocha, após cruzamento de Cittadini – o VAR, porém, viu toque de mão do atacante e anulou o lance, deixando a torcida ainda mais irritada na Arena da Baixada. A loucura, porém, virou silêncio aos 24 minutos: em contra-ataque perfeito, Vargas rolou para Zaracho, que encontrou Keno livre na área para finalizar e abrir o placar. O Furacão sentiu o gol, a torcida murchou, e restaram apenas mais entradas duras, discussões e cartões amarelos. Hulk quase fez o segundo do Galo, de cavadinha, e Renato Kayser, um dos principais perigos do Athletico, deixou o gramado lesionado e chorando.
Segundo tempo
Christian e Fernando Canesin entraram no meio-campo do Athletico e até melhoraram o funcionamento ofensivo do time, mas longe de representar uma ameaça ao Galo, que seguiu administrando o ritmo e buscando contra-ataques. O Furacão chegou a assustar num gol de Mingotti, anulado por impedimento, mas foi só. Sempre que o Galo forçou, levou perigo – até os 30 minutos, quando Hulk recebeu de Savarino e, de cavadinha, fez o gol que decretou de vez o título. A torcida do Galo comemorou, a do Furacão cantou alto para celebrar a boa temporada, e Jaderson ainda diminuiu nos minutos finais, deixando o Athletico com um golzinho marcado na decisão.
"Jogou onde?"
Em um jogo tenso, de disputas duras e provocações, chamou a atenção o bate-boca entre Hulk e Pedro Henrique. O astro do Galo ironizou e mandou um “Jogou onde?” ao zagueiro do Furacão, que rebateu com palmas no mesmo tom de ironia.
Central do Apito
O árbitro Anderson Daronco teve trabalho com discussões, faltas duras e reclamações dos dois lados. E, com auxílio do VAR, anulou gol de Pedro Rocha no primeiro tempo por um toque de mão. De acordo com o comentarista Paulo César de Oliveira, decisão correta, já que o desvio favoreceu o próprio jogador que tocou com a mão na bola – mesmo sendo acidental. O outro lance polêmico foi um possível pênalti de Junior Alonso em Cittadini, que Paulo César também não daria: “Foi um movimento de proteção”. No segundo tempo, novo gol anulado: Mingotti, impedido, finalizou e teve o lance paralisado já em campo – o VAR confirmou a marcação.
O que vem por aí?
Férias, claro! Os dois times encerram a temporada do futebol brasileiro, mas o Atlético-MG já tem compromisso marcado para 2022: vai enfrentar o Flamengo, vice-campeão brasileiro, na Supercopa do Brasil.
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