Contra o Grêmio, nesta quinta-feira, às 20h, em Porto Alegre, pela 35ª rodada do Brasileiro, Rogério Ceni fará o 11º jogo no comando do São Paulo desde que retornou ao clube para ocupar a vaga de Hernán Crespo. Nos dez jogos anteriores, o ex-goleiro manteve a defesa como ponto forte da equipe, mas não conseguiu corrigir os problemas no ataque que emperram a campanha tricolor.
Os números são bem semelhantes entre os dois treinadores. Com Crespo, o São Paulo tomava, em média, um gol por jogo. Ceni conseguiu melhorar esse índice, agora em 0,8 – a goleada de 4 a 0 para o Flamengo foi a única partida em que a equipe foi vazada mais de uma vez.
O São Paulo tem a terceira melhor defesa da competição, com 33 gols sofridos – só Atlético-MG e Flamengo, líder e vice-líder, tomaram menos.
Por outro lado, o time também tem o terceiro pior ataque, com 28 gols marcados – assim como o Atlético-GO – melhor apenas do que os de Sport (21) e Chapecoense (27).
Com Ceni, o São Paulo fez oito gols em dez jogos; com Crespo, 20 gols em 25 partidas. Ambos com média de 0,8 por confronto.
O atual treinador testou alterações. Na defesa, começou trocando a linha de três zagueiros por uma de quatro, com o recuo de laterais. Depois, alternou as escalações, vezes com Léo em campo, como terceiro zagueiro, outras com ele no banco – Arboleda e Miranda são titulares.
Nesse período, Ceni ainda não escalou Luan, tido como um pilar do sistema defensivo. O volante se lesionou na chegada do treinador e voltou a treinar normalmente nesta semana, mas não poderá jogar contra o Grêmio.
Além disso, sofre com um problema que também acompanhou Crespo em boa parte da temporada, especialmente após a saída de Daniel Alves, em agosto. Ceni ainda não conseguiu encontrar um lateral-direito que se firme na posição – já usou Orejuela, Igor Vinícius e até Shaylon, improvisado.
Na frente, a seca se manteve. O São Paulo ainda tem dificuldades de fazer gols.
Ceni começou o trabalho sem Rigoni, que estava lesionado. Quando o argentino voltou, não repetiu as atuações que teve até a saída de Crespo. Ele não faz gols desde que marcou no empate por 1 a 1 com a Chapecoense, em 3 de outubro.
O ex-goleiro também perdeu Luciano, recentemente, com uma lesão no punho. Seu principal atacante tem sido Calleri, de atuações irregulares.
O treinador testou opções no meio para fazer o ataque fluir, mas ainda sem bons resultados. Marquinhos, Vitor Bueno e Benítez têm sido utilizados – o argentino é quem joga melhor, mas Ceni já admitiu preocupação com as dificuldades físicas e de marcação do meia.
Contra o Grêmio, o São Paulo pode atingir uma pontuação que o afasta do risco de rebaixamento. O time tem 45 pontos, e nunca houve um rebaixado no Brasileiro com 46 pontos. Com uma vitória, a equipe ainda se aproxima do grupo que se classifica para a Libertadores.
Depois de enfrentar o Grêmio, a equipe de Ceni ainda terá dois jogos antes do fim do torneio: contra o Juventude, dia 6, no Morumbi, e contra o América-MG, no dia 9, em Belo Horizonte.
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