O técnico da seleção olímpica masculina de futebol, André Jardine, anunciou na última quinta-feira os 18 atletas convocados para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Entre jogadores experientes, como o caso do lateral-direito Daniel Alves, e jovens, está o atacante paraibano Matheus Cunha, de 22 anos, um dos destaques da equipe alemã do Hertha Berlin na última temporada. Recuperado de uma lesão no tornozelo que o deixou de fora das vitórias da seleção nos amistosos contra Cabo Verde e Sérvia, o atleta falou ao ge sobre como foi ver seu nome na lista dos convocados assim como estão as suas expectativas para a competição.

Matheus Cunha é o artilheiro da seleção brasileira masculina de futebol neste ciclo olímpico, com 16 gols em 18 jogos. O bom momento com a seleção de base aliado ao seu papel de protagonismo com a camisa do Hertha na temporada 2020/21 do Campeonato Alemão (tendo participado de 16 gols de maneira direta, sendo 8 gols e 8 assistências), fez com que o atleta fosse convocado por Tite para as duas primeiras rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, no entanto, não teve oportunidade de estrear pela seleção principal. De acordo com Matheus, que aproveita os últimos dias de férias com familiares em João Pessoa, sua cidade natal, o alívio de ter a presença confirmada nos Jogos Olímpicos deixa muito mais fácil a preparação para a competição em que o Brasil é, atualmente, medalha de ouro.

— Depois da convocação tudo ficou muito melhor, muito mais fácil. Graças a Deus passei umas férias boas com meus familiares e na minha cidade. Agora é aproveitar o pouco de férias que restam para depois me apresentar na melhor condição física e mental possível. Sem dúvida ouvir que você vai usar a camisa amarela é uma emoção muito grande. A gente tem que estar sempre pronto, preparado, para quando chegar lá, aproveitar a oportunidade da melhor maneira possível e dar alegrias para todos os brasileiros — comentou o atacante.

Além dos companheiros de seleção, dos quais Matheus já está familiarizado, o atacante terá a companhia de um conterrâneo em terras nipônicas: o goleiro Santos, do Athletico Paranaense, que é da cidade de Cabaceiras, no interior da Paraíba. Após a convocação, o atleta vibrou com a oportunidade de representar o seu país junto a outro paraibano e buscam, juntos, repetir o feito do lateral Douglas Santos, que foi medalha de ouro com a seleção brasileira nos jogos do Rio, em 2016.

— Já havia me encontrado com o Santos na seleção principal. Já estamos bem entrosados. Nós da Paraíba somos muito fáceis de se entrosar. Nesse período temos essa responsabilidade de vestir a camisa da Seleção. Agora é carregar a responsabilidade de continuar com o ouro no peito. Vamos fazer o máximo possível para que a gente volte pra casa com a medalha de ouro. O Douglas (Santos) já veio uma vez e agora eu e Santos queremos trazer essa medalha de ouro para nosso estado — pontuou.

Em Tóquio, o Brasil tentará repetir o ouro conquistado pela primeira vez há quatro anos, nos Jogos do Rio, quando a Seleção bateu a Alemanha na final, disputada no Maracanã. Coincidentemente, os alemães serão os rivais da estreia da Seleção no torneio olímpico, em 22 de julho. No dia 25, a equipe enfrenta a Costa do Marfim e, no dia 28, fecha a fase de grupos contra a Arábia Saudita.

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