Atual campeã da Copa América e tendo 100% de aproveitamento nas seis primeiras rodadas das Eliminatórias, a seleção brasileira sobra diante de rivais sul-americanos. Com o técnico Tite, desde 2016, o Brasil não perdeu nenhum dos 25 jogos oficiais contra adversários do continente - foram 21 vitórias e quatro empates.
Porém, ao mesmo tempo em que festeja o bom desempenho contra seus vizinhos, a Seleção se preocupa com o excesso de jogos "domésticos". Tite gostaria de diversificar os adversários, mas enfrenta dificuldades no calendário para isso.
No ciclo entre a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, e o Mundial do Catar, no fim do ano que vem, o Brasil deve fazer aproximadamente 70% das partidas contra seleções sul-americanas.
Atualmente, este número está em 62%. Desde a eliminação para a Bélgica, nas quartas de final da última Copa, a Seleção realizou 29 jogos, sendo 18 contra sul-americanos.
O Brasil ainda disputará 12 rodadas das Eliminatórias e mais seis duelos na Copa América (desde que avance, pelo menos, até a semifinal). Com isso, 76% dos compromissos terão sido contra seleções sul-americanas. Ou seja, três a cada quatro jogos.
O que serve de alento para Tite e sua comissão técnica são as seis datas Fifa agendadas para 2022. Estão previstos quatro amistosos entre 30 de maio e 14 de junho do ano que vem, e mais dois entre 19 e 27 de setembro, na última "janela" antes da Copa do Mundo, que começa em novembro.
A CBF busca adversários europeus, mas sabe que isso não será fácil. É grande a chance de que estas datas sejam utilizadas pela UEFA para realizar partidas da próxima edição da Liga das Nações.
O Brasil pode tentar enfrentar seleções que folguem em determinadas rodadas desta competição, mas é difícil casar as datas. Internamente, a CBF vê como maior a possibilidade de encarar europeus na data Fifa de setembro do que na do meio do ano.
O que já está certo é que a Seleção ficará mais de três anos sem medir forças contra um rival do Velho Continente. O último jogo contra um europeu foi em março de 2019, quando o Brasil bateu a República Tcheca por 3 a 1, em amistoso em Praga.
Mesmo que enfrente rivais de outros continentes nestes seis amistosos de 2022, o Brasil chegará no Catar tendo disputado 68% do ciclo da Copa contra sul-americanos.
A preparação para o Mundial da Rússia foi parecida. O Brasil fez 47 jogos, sendo 30 diante de adversários sul-americanos (63%). Com Tite, foram 21 jogos e apenas sete contra seleções de outros continentes (o equivalente a 33%).
Porém, nos cinco amistosos antes da Copa de 2018 a Seleção conseguiu enfrentar europeus: Inglaterra (0x0), Rússia (3x0), Alemanha (1x0), Croácia (2x0) e Áustria (3x0).
Já o caminho até a Copa de 2014 foi bem diferente, até pelo fato de a Seleção não ter que disputar as Eliminatórias. Com tempo livre para amistosos - e sem a concorrência da Liga das Nações, que ainda não existia - o Brasil disputou 56 jogos antes do Mundial, sendo 16 contra sul-americanos e 19 contra europeus.
A seleção brasileira volta a campo nesta quinta-feira, diante do Peru, no Engenhão, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa América.
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