Novembro 22, 2024

Prova dos 9: após oito anos, Suárez e Guerrero voltam a se cruzar em Uruguai x Peru na Copa América

Oito anos – ou dois ciclos de Copa do Mundo – depois, Luis Suárez e Paolo Guerrero voltam a se encontrar numa Copa América. Se em 2011 encantaram o continente e decolaram de vez suas carreiras após o torneio, em 2019, já experientes, são os camisas 9 e líderes de Uruguai e Peru nas quartas de final.

O jogo que vai ser disputado neste sábado, às 16h (de Brasília), na Arena Fonte Nova, reúne o artilheiro e o melhor jogador da Copa América de 2011, na Argentina. E, na semifinal daquela edição, Suárez e Guerrero fizeram duelo particular.

Os atacantes disputavam uma vaga na final e a artilharia. Os prêmios ficaram divididos:

Suárez fez os dois gols da vitória da Celeste por 2 a 0, em La Plata, e levou o time à final – o Uruguai seria campeão ao vencer o Paraguai na decisão, e o atacante foi eleito melhor jogador da Copa América;

Guerrero não marcou contra o Uruguai, mas fez três na decisão do terceiro lugar, contra a Venezuela; com seis gols, foi artilheiro (Suárez marcou cinco).

Desde a semifinal, Uruguai e Peru se enfrentaram mais quatro vezes, todas pelas Eliminatórias (duas para 2014, duas para 2018). São três vitórias uruguaias e uma peruana, com três gols de Suárez e dois de Guerrero. Em oito anos, porém, muita coisa mudou...

O parça de Messi
Em 2011, Suárez já era bem conhecido por sua atuação na Copa de 2010, quando foi expulso contra Gana ao evitar um gol certo com a mão e, de fora, sofreu primeiro e vibrou depois com o pênalti perdido por Asamoah Gyan.

O uruguaio ainda não era, porém, o protagonista. Esse papel cabia a Diego Forlán, já consagrado e então no Atlético de Madrid – à época da Copa América, Suárez estava há menos de seis meses no Liverpool depois de passagem de sucesso pelo Ajax.

Forlán aumentou sua idolatria na Celeste ao fazer dois dos três gols na final contra o Paraguai (Suárez fez o outro). Aos poucos, porém, foi passando o bastão ao companheiro e também a Edinson Cavani, que ainda era reserva.

Desde então, Suárez brilhou no Liverpool, jogou a Copa de 2014 e saiu dela após morder o italiano Chiellini, foi para o Barcelona e se tornou principal parceiro de Lionel Messi. Em 2018, já líder, ajudou a levar o Uruguai às quartas de final da Copa – até a queda para a França.

Em oito anos, Suárez também se tornou o maior artilheiro da história da seleção uruguaia. São 58 gols (e contando...) contra 48 do amigo Cavani, segundo colocado na lista.

Peruano ganha o mundo
Em 2011, Paolo Guerrero jogava no Hamburgo, da Alemanha, já era bastante conhecido na Europa após passagem pelo Bayern de Munique, mas faltava uma grande competição internacional para ele mudar de patamar. A Copa América exerceu justamente esse papel.

Com os seis gols marcados, chamou a atenção de outros grandes europeus, mas no ano seguinte acabou voltando à América do Sul: acertou com o Corinthians, recém-campeão da Libertadores, e fez o gol do título do Mundial de Clubes em 2012.

Adaptado ao Brasil, não saiu mais do país: em 2015, transferiu-se para o Flamengo, e em 2019, para o Internacional. Nem mesmo uma suspensão por doping abalou o status de Guerrero.

Pela seleção, ajudou o Peru a ganhar nova terceira colocação na Copa América, em 2015, assim como em 2011. E também se tornou o maior artilheiro, com 36 gols marcados até o confronto deste sábado – 10 a mais do que Farfán, seu parceiro de ataque há mais de uma década.

O jogo
Uruguai e Peru já tinham se enfrentado na fase de grupos daquela Copa América – empate por 1 a 1, gols de... Suárez e Guerrero, claro.

Na semifinal, em La Plata, a Celeste definiu o jogo no início do segundo tempo, em dois lances de oportunismo do camisa 9. Primeiro, aproveitou rebote do goleiro após chute de Forlán e mandou para as redes, aos sete minutos. Pouco depois, aos 12, marcou ao receber lançamento, driblar o goleiro e finalizar para o gol vazio.

Dos 22 titulares daquela semifinal, apenas seis (marcados em negrito abaixo) devem estar em campo neste sábado.

O Uruguai jogou com Muslera, Lugano, Coates e Cáceres; Maxi Pereira, Arévalo Ríos, Gargano, Álvaro González e Álvaro Pereira; Forlán e Suárez.

O Peru entrou em campo com Fernández, Carmona, Rodríguez, Acasiete e Vílchez; Yotún, Balbín, Cruzado, Advíncula e Vargas; Guerrero.

Globo Esporte
Portal Santo André em Foco

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