O Vasco de Ramon Menezes reúne características indispensáveis a um time que almeja grandes resultados em uma temporada. Tem artilheiro, figuras identificadas e uma mescla entre jovens e experientes jogadores. Um dos pontos altos é a retaguarda, e o rendimento defensivo é ainda melhor quando os jogos são disputados em São Januário.
A defesa vascaína é a menos vazada do Campeonato Brasileiro, posto que compartilha com Atlético-MG, Grêmio e Internacional. São cinco gols sofridos em sete jogos (o Inter é o único do quarteto que já jogou oito vezes). Como mandante, porém, o Vasco não divide com ninguém a liderança no quesito.
O Vasco jogou quatro vezes até agora em São Januário e levou apenas um gol (média de 0,25 por partida). Venceu Sport, São Paulo e Athletico-PR, por 2 a 0, 2 a 1 e 1 a 0 respectivamente. Contra o Grêmio, nenhuma das equipes marcou.
O gol sofrido, aliás, deu-se em pênalti considerado duvidoso a favor do São Paulo, pela terceira rodada. Vale lembrar que Fernando Miguel até defendeu a primeira cobrança de Reinaldo, mas, como o goleiro se adiantou, o árbitro Wilton Pereira Sampaio ordenou a repetição. Na segunda chance, o lateral tricolor converteu.
Fernando Miguel, figura crucial dentro do crescimento vascaíno nesse início de Brasileiro, não esconde que o Caldeirão faz o Vasco mais forte, mesmo com a falta da chama acesa que sua torcida exerce, já que os jogos têm sido disputados com portões fechados. Mesmo lamentando a momentânea falta desse apoio, o goleiro considera a familiaridade do grupo com o campo como uma das explicações para a boa fase da equipe.
- Conhecemos cada detalhe de São Januário; os aspectos do campo e da iluminação. É onde nos sentimos ainda mais seguros. Nossa equipe tem desenvolvido as ideias do Ramon em qualquer lugar, mas o nosso estádio, que é o nosso ambiente, é um lugar especial. É onde a gente se sente ainda com mais força e confiante para colocar em prática tudo aquilo que tem buscado.
- A gente espera continuar crescendo, fazendo bons jogos e conquistando principalmente bons resultados no nosso estádio. Ainda sem torcida. Quem dera se daqui a pouco aparecer uma vacina e, enfim, possamos caminhar juntos com a nossa torcida.
Jogar na Colina não significa que o Vasco não será incomodado. Até que os rivais finalizaram consideravelmente contra a meta vascaína no Brasileiro: 55 vezes (15 do Grêmio, 14 do Sport, 14 do Ahtletico e 12 do São Paulo) - média de 13,75 por duelo.
O bom posicionamento da defesa vascaína, porém, tem forçado os adversários a apostarem em chutes de fora da área. É muito difícil penetrar na área do Vasco, seja com a dupla Leandro Castan e Ricardo Graça ou com a recém-escalada Miranda e Marcelo Alves.
Miranda, um dos destaques do Vasco contra Santos e Athletico-PR, frisou a ênfase dada por Ramon Menezes ao trabalho defensivo. E, a exemplo de Miguel, exaltou o quanto São Januário faz bem especialmente ao elenco atual, que conhece muito bem a casa vascaína.
- O coletivo está muito forte, todos nós sabemos que para se ter uma boa defesa o ataque também tem que nos ajudar, e é o que vem acontecendo. Todos estão focados em um só objetivo. O Ramon treina muito essa parte defensiva, e todos nós estamos dando nosso máximo em todas as partidas.
- Acredito que jogar no São Januário ajuda bastante nas partidas, conhecemos cada metro quadrado do campo. Mesmo sem a torcida jogar em casa nos tem ajudado muito. O campo ajuda muito, mas o fator diferencial é treinar no local dos jogos. O posicionamento, enfim... Acredito que isso facilita nas partidas, conhecemos como ninguém cada canto ali de São Januário. Mesmo sem torcida, jogar em casa tem nos ajudado bastante por esse motivo.
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