O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, disse no "Bem, Amigos" que o novo patrocinador pode não ser a Amazon. Afirmou haver outros candidatos a estampar sua marca na camisa rubro-negra e que são vistos hoje até em vantagem. Manteve o segredo da marca, mas a mudança do BS2, pé quente e campeão da Libertadores, para uma nova parceria pode ampliar a participação nas redes sociais.
Hoje o Flamengo dá exposição a seus parceiros cinco vezes maior do que o River Plate, seu rival mais direto na América do Sul, e também cinco vezes mais do que o Corinthians, que o persegue mais de perto no Brasil. Em fevereiro, o clube liderou uma lista do site DeporFinanzas. Em transcendência a partir da comunicação digital, ficou à frente de Liverpool, Manchester United, Barcelona, Tottenham, Al Ahly, Arsenal, Galatasaray, Real Madrid e Chelsea, os dez primeiros.
Hoje, o mercado cobra a integração com os torcedores nas mídias digitais e o Flamengo é um dos principais exemplos desta tendência. A avaliação é de Gustavo Herbetta, que trabalhou nos departamentos de marketing do Corinthians e da Federação Paulista e que hoje é consultor da LMID (Let's Make it Different). Na sua avaliação, os patrocinadores já não se satisfazem com a exibição de sua marca na televisão.
Querem o entrosamento com a base de sócios-torcedores e com quem navega nas mídias digitais dos clubes. "Vejo avanço de clubes como o Fortaleza, o Bahia e o Flamengo, por tudo o que representa", diz Herbetta. Há muito tempo, a relação entre clubes e patrocinadores no Brasil ficou perdida no tempo. No passado, marcas importante no planeta exibiam seu nome nos uniformes.
Foi o caso da Parmalat, no Palmeiras e no Juventude da Cirio, no São Paulo, da Samsung, no Corinthians e no Palmeiras, da General Motors, no Internacional. Estas marcas multinacionais desapareceram dos uniformes brasileiros. Na Europa, elas ainda participam, mas com outros tipos de patrocínios. Jogadores do Barcelona e do Bayern podem ser vistos chegando aos centros de treinamentos.
O exemplo mais recente é a parceria do Barcelona com a Netflix, para a produção da série Matchday. "Não sei dizer o valor, mas pode acreditar que é muito mais do que de qualquer exibição em uniforme de jogo", diz Gustavo Herbetta. O Barcelona foi o último dos grandes clubes a estampar um patrocinador em sua camisa. Pagou para mostrar o símbolo da Unicef, até que começou a receber para exibir a marca Qatar Airways.
As parcerias vão continuar nas camisetas, mas precisam avançar. A pandemia escancara que é preciso melhorar a relação com as marcas e criar ações com os torcedores que se relacionam com as mídias digitais.
Globo Esporte
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.