Olimpíadas mais simples e mais baratas. É isso que as autoridades japonesas buscam. Depois do adiamento dos Jogos de Tóquio para 2021 por causa da pandemia do coronavírus, o Japão refaz os planos para a competição e considera simplificar as operações das Olimpíadas. O objetivo é cortar custos e conter a disseminação do vírus.
As mudanças podem incluir a redução do número de torcedores nas arenas e uma redução na magnitude das cerimônias de abertura e encerramentos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Medidas para conter o coronavírus são estudadas, como restringir saídas dos atletas da Vila Olímpica e testes obrigatórios para atletas, funcionários e torcedores.
- Esperamos trabalhar em conjunto com o governo e o Comitê Organizador de Tóquio para analisar o que pode ser racionalizado e simplificado. Será necessário para obter empatia e compreensão do público - disse a governadora de Tóquio, Yuriko Koike.
Especialistas estimam que o adiamento das Olimpíadas gerou um custo extra de US$ 3 bilhões (mais de R$ 15 bi), embora autoridades olímpicas não divulguem esse balanço das contas. O Comitê Olímpico Internacional (COI) criou um fundo de apoio para bancar o impacto do coronavírus no esporte e destinou US$ 650 milhões (cerca de R$ 3,3 bi) exclusivamente para a organização dos Jogos de Tóquio.
- Temos que considerar o que deve ser feito, incluindo testes, para garantir a segurança - disse Seiko Hashimoto, ministra do Japão para as Olimpíadas.
Os japoneses estudam reduzir o revezamento da tocha para cortar custos. Unificar as cerimônias de abertura e encerramento das Olimpíadas com as das Paralimpíadas também estava em análise mas tem tudo para ser uma ideia descartada. O COI deseja manter o número de quatro cerimônias para os Jogos (duas nas Olimpíadas e duas nas Paralimpíadas).
As Olimpíadas serão realizadas de 23 de julho a 8 de agosto do próximo ano, com os Jogos Paralímpicos entre 24 de agosto e 5 de setembro.
Globo Esporte
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