Sem saber ainda como estará o controle da pandemia global de coronavírus até as novas datas das Olimpíadas e Paralimpíadas, em 2021, a organização dos Jogos de Tóquio e o governo do Japão fizeram uma parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A ideia é seguir todos os procedimentos necessários para que o problema não afete a preparação dos eventos, bem como fazer um monitoramento da situação até a metade do ano que vem.

De acordo com o jornal japonês Mainichi, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, conversou por telefone com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e demonstrou o seu apoio ao acordo entre o Japão e o Comitê Olímpico Internacional (COI) para adiar as Olimpíadas e, depois, remarcar para o verão (no Hemisfério Norte) de 2021.

O Japão já soma 56 mortes e mais de 2.600 casos de infecção causados pelo novo coronavírus. Com um crescimento rápido de intercorrências nos últimos dias, após um começo muito lento em relação aos principais países do mundo, as autoridades japonesas já planejam declarar estado de emergência.

Segundo o Ministério de Relações Exteriores do Japão, Abe e Tedros também falaram sobre o país nipônico ajudar no desenvolvimento de medicamentos para tratar a Covid-19, a doença respiratória causada pelo coronavírus.

O premiê japonês disse ao diretor da OMS que o Japão está pronto para trabalhar com outros países na realização de testes clínicos com o medicamento Avigan, que foi utilizado para tratar a gripe aviária e pode ajudar no combate ao coronavírus em pacientes infectados.

A previsão era de que 11 mil atletas, de pelo menos 204 países, disputassem os Jogos de Tóquio neste ano, distribuídos por 33 esportes. Se não bastasse esse contingente de pessoas, o COI e o Comitê Organizador do Japão tinham por estimativa que as provas recebessem até cinco milhões de espectadores de todo o mundo, nos 43 locais de disputas.

Globo Esporte
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