A Paraíba segue voando alto no futebol pelo mundo. No início de fevereiro, a Seleção Brasileira contou com a ajuda do atacante Matheus Cunha, artilheiro do torneio Pré-Olímpico, com cinco gols, para confirmar a vaga nos Jogos de Tóquio deste ano. Com moral junto ao técnico André Jardine, o camisa 9 é praticamente nome certo para a disputa da competição marcada para julho. Se confirmada a convocação, o novo reforço do Hertha Berlim vai emplacar o estado pela terceira vez consecutiva nas Olimpíadas.
Antes de Matheus Cunha, em 2012, na Inglaterra, o Brasil contou com o atacante Hulk, natural de Campina Grande, que, na época, brilhava pelo Porto, convocado por Mano Menezes. Na ocasião, o jogador foi um dos três acima dos 23 anos levados pelo treinador, junto com Thiago Silva e Marcelo.
Naquela campanha, o time brasileiro foi vice-campeão, ficando com a medalha de prata após ser derrotado pelo México na grande decisão. Hulk marcou um gol naquela campanha, justamente o de honra na derrota para o México por 2 a 1.
Hulk seguiu prestigiado, só que no time profissional e com outro treinador. Afinal, foi Felipão quem convocou o atacante para a Copa das Confederações, em 2013, conquistada em casa pelo Brasil, com direito ao paraibano escalado na equipe titular. Um ano depois, o jogador foi também convocado para a Copa do Mundo. No entanto, a edição do Mundial no país teve um fim melancólico para os brasileiros, como todos lembram.
Quatro anos depois das Olimpíadas de Londres, foi o Rio de Janeiro quem sediou o maior evento esportivo do planeta. A Seleção Brasileira de futebol ainda tinha a obsessão pela medalha de ouro. No comando da equipe estava Rogério Micale. E, dentre os convocados, um outro paraibano estava confirmado: o lateral-esquerdo Douglas Santos.
O jogador, que é natural de João Pessoa, na época despontava pelo Atlético Mineiro. Foi com 22 anos que o lateral-esquerdo foi convocado para defender a Seleção na busca pelo inédito ouro olímpico. Assim como o 7 a 1, em 2014, o brasileiro tem na memória a campanha de sucesso na Rio 2016.
Liderado por Neymar, o Brasil foi campeão invicto, ganhou com três vitórias e três empates, com direito ao confronto final e emocionante com a Alemanha. Empate em 1 a 1 no tempo normal e medalha de ouro sacramentada nas penalidades. Douglas Santos não chegou a marcar naquela competição, mas entrou para a história por fazer parte do time campeão do único torneio que a Seleção ainda não havia conquistado.
Com a concorrência pesada, Douglas Santos acabou não tendo espaço no time profissional do Brasil, tendo disputado apenas uma partida oficial pelo time canarinho.
Quatro anos depois, chegou a vez de Matheus Cunha. O atacante, também natural de João Pessoa, tem apenas 20 anos e quer seguir os passos dos conterrâneos. O jogador, que jamais chegou a atuar profissionalmente no Brasil, fez a categoria de base no Coritiba. Depois disso, seguiu muito cedo para a Suíça, onde foi bem vestindo a camisa do Sion.
Foram 33 jogos e 10 gols marcados em solo suíço, fato que o levou para o futebol alemão, mais precisamente para o RB Leipzig. No clube que é sensação da atual edição do campeonato nacional, Matheus Cunha acabou não tendo tantas oportunidades assim, mas brilhou ao marcar um golaço diante do Bayer Leverkusen, chegando a estar entre os indicados do último Prêmio Puskas.
Mas, falando em seleção e ciclo olímpico, Matheus tem sido nome certo. Ele é o artilheiro do time comandado pelo técnico André Jardine: marcou 14 vezes em 16 jogos. No Pré-Olímpico, foram cinco gols; ninguém marcou mais que ele.
As boas atuações, com um oportunismo raro, chamaram atenção. Tanto que, no encerramento da janela de inverno na Europa, Matheus Cunha trocou o RB Leipzig pelo Hertha Berlim num negócio firmado em aproximadamente € 20 milhões (R$ 94 milhões na cotação atual).
Empolgado com o momento vivido na jovem e promissora carreira, o atacante também mantém os pés no chão. Espera manter o bom nível no Hertha Berlim e somente assim garantir uma vaga entre os convocados para os Jogos de Tóquio. Através de sua assessoria de imprensa, o jogador celebrou a oportunidade de colocar a Paraíba nas Olimpíadas.
– Representar a Paraíba é e sempre será motivo de orgulho para mim. Levar o nome da cidade onde minha família mora e fui criado será sempre espetacular. Espero continuar nessa boa fase agora no Hertha Berlin para que, em caso de convocação para as Olimpíadas, possa chegar bem e dar meu melhor.
Obviamente que ainda é cedo para falar em convocação. Lembrando que André Jardine provavelmente vai poder contar com jogadores que acabaram não sendo liberados para disputar o Pré-Olímpico. Além disso, como habitual dos Jogos Olímpicos, o treinador de cada país vai poder selecionar três atletas acima dos 23 anos. Apesar disso, a tendência é que Matheus Cunha esteja entre os selecionados para ajudar o país a buscar o bicampeonato, o que garantiria uma medalha de ouro para o quadro geral. É a Paraíba seguindo a revelar bons talentos.
Globo Esporte
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