Novembro 25, 2024
Arimatea

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A presidência do Senado divulgou nota nesta quinta-feira (13) na qual diz respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu a criminalização da homofobia e da transfobia. O documento, no entanto, diz que o Parlamento “não pode aceitar a interpretação de que é omisso”.

A nota foi divulgada pela assessoria do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Mais cedo, nesta quinta, o STF concluiu julgamento e, por 8 votos a 3, permitiu a criminalização de atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais, enquadrando-os no crime de racismo.

De acordo com a decisão da Corte:

  • "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito" em razão da orientação sexual da pessoa poderá ser considerado crime;
  • a pena será de um a três anos, além de multa;
  • se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social, a pena será de dois a cinco anos, além de multa;
  • a aplicação da pena de racismo valerá até o Congresso Nacional aprovar uma lei sobre o tema.

Durante o julgamento, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli afirmaram que o Congresso foi “omisso” por não ter aprovado uma lei sobre o tema.

“A Constituição Federal assegura ao Congresso Nacional a atribuição de legislar. O Parlamento respeita a decisão do Poder Judiciário na sua independência e autoridade para dirimir conflitos constitucionais, mas não pode aceitar a interpretação de que é omisso, uma vez que se guia pela devido respeito à democracia e à pluralidade de opiniões, representadas nos diferentes parlamentares eleitos pelo povo”, diz trecho da nota do Senado.

A presidência do Senado também diz que, em maio, a Casa encaminhou um parecer ao Supremo no qual informou que os senadores analisaram, recentemente, duas propostas que tratam de proteção a homossexuais e indivíduos transgênero identificados com o sexo feminino.

Um desses projetos foi aprovado, em primeiro turno, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e prevê punições para a discriminação ou preconceito por sexo, orientação sexual e identidade de gênero. O texto, que criminaliza a homofobia, promove alterações na legislação que trata dos crimes resultantes de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

O projeto isenta de punição quem impedir ou restringir ‘manifestação razoável de afetividade’ em templos religiosos.

A proposta ainda terá de passar por nova votação na comissão e, se for aprovada, seguirá para análise dos deputados.

O outro projeto citado na nota do Senado amplia o alcance da Lei Maria da Penha para proteger também transexuais e pessoas transgênero. O projeto ainda precisa ser analisado pelo plenário da Casa. Se for aprovado, também seguirá para votação na Câmara.

“O Parlamento brasileiro é ciente da sua competência constitucional de legislar assim como tem responsabilidade com o povo brasileiro para tomar as decisões com cautela, ouvindo e dialogando com todos os setores envolvidos. Sabe-se que é preciso defender as minorias, mas o cuidado do legislador também objetiva não provocar um movimento tal que resulte em ação contrária ao que se busca”, diz outro trecho da nota do Senado.

A proposta que criminaliza a homofobia citada na nota do Senado foi apresentada neste ano pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA). A outra proposta citada no documento, a que altera a Lei Maria da Penha, foi apresentada em 2017 pelo ex-senador Jorge Viana (PT-AC).

A criminalização da homofobia, no entanto, já tramita no Congresso há mais tempo. Um projeto de lei da Câmara, com esse teor, chegou ao Senado em 2006, mas acabou arquivado. O texto, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP), começou a tramitar na Câmara em 2001.

Íntegra da nota
Leia abaixo a íntegra da nota

Nota pública

O Parlamento brasileiro é ciente da sua competência constitucional de legislar assim como tem responsabilidade com o povo brasileiro para tomar as decisões com cautela, ouvindo e dialogando com todos os setores envolvidos. Sabe-se que é preciso defender as minorias, mas o cuidado do legislador também objetiva não provocar um movimento tal que resulte em ação contrária ao que se busca.

O próprio Supremo Tribunal Federal reconheceu, durante o julgamento das ações que questionam a falta de regramento que puna, criminalmente, a homofobia e a transfobia, o quão tumultuado tem sido todo o processo.

Além disso, vale ressaltar que, no último mês de maio, o Senado Federal encaminhou parecer ao STF em que informou a aprovação, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, do Projeto de Lei (PL) 672/2019, que inclui, na Lei de Racismo, a discriminação por orientação sexual ou de identidade de gênero. O projeto está pendente apenas de votação de turno suplementar em decisão terminativa.

Ainda foi comunicado ao Supremo a aprovação, na CCJ, do Projeto de Lei do Senado (PLS) 191/2017, que inclui indivíduos transgêneros identificados com o sexo feminino na rede de proteção da Lei Maria da Penha. O texto está pronto para deliberação no Plenário.

Diante do exposto, ressalta-se que a Constituição Federal assegura ao Congresso Nacional a atribuição de legislar. O Parlamento respeita a decisão do Poder Judiciário na sua independência e autoridade para dirimir conflitos constitucionais, mas não pode aceitar a interpretação de que é omisso, uma vez que se guia pela devido respeito à democracia e à pluralidade de opiniões, representadas nos diferentes parlamentares eleitos pelo povo.

Assessoria de Imprensa

Presidência do Senado Federal

G1
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O ministro da Justiça, Sergio Moro , declarou que não vai se afastar do cargo, após a divulgação de conversas atribuídas a ele, quando era juiz federal, e ao procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol , publicadas pelo site de notícias "The Intercept Brasil" no domingo. Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", na noite desta quinta-feira, Moro negou a existência de um "conluio" com a força-tarefa da operação e afirmou que não há risco de ser anulado o processo do tríplex do Guarujá (SP), no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado em segunda instância.

"Eu me afastaria (do cargo de ministro) se houvesse uma situação que levasse à conclusão de que tenha havido um comportamento impróprio da minha parte. Acho que é o contrário. Agora estou em uma outra situação, estou como ministro da Justiça, não mais como juiz, mas tudo o que eu fiz naquele período foi resultado de um trabalho difícil. E nós sempre agimos ali estritamente conforme a lei. Qualquer situação, despido o sensacionalismo, está dentro da legalidade. Conversar com procuradores, conversar com advogados, isso é absolutamente normal", afirmou o ministro ao jornal.

Na manhã desta sexta-feira, Moro comentou a entrevista no Twitter e reforçou sua visão de que agiu dentro da legalidade.

"Para o site aliado a hackers criminosos: 'Publiquem tudo se quiserem'. Agi dentro da legalidade. Não vou pedir desculpas por ter cumprido o meu dever e ter aplicado a lei contra a corrupção e o crime organizado", destacou o ministro na rede social.

Ao "Estado de S. Paulo", Moro ressaltou que foi vítima de um "ataque criminoso" de hackers e disse que não pode reconhecer a autenticidade das mensagens. Também afirmou que, durante a invasão, não foi possível acessar o conteúdo de seu Telegram, aplicativo em que os diálogos ocorreram, segundo o "Intercept".

"Eu fico numa situação delicada porque eu não posso reconhecer a autenticidade dessas mensagens, porque é assim, em vez de eles apresentarem tudo, e que a gente possa verificar a integridade desse material, eles (o site "The Intecept Brasil") estão com essa ideia de apresentar paulatinamente. E eu não excluo a possibilidade de serem inseridos trechos modificados, porque eles não se dignaram nem sequer a apresentar o material a autoridades independentes para verificação", disse Moro.

O ministro sugeriu que os diálogos sejam entregues a uma autoridade independente, como Supremo Tribunal Federal (STF), e declarou que algumas conversas lhe causam "bastante estranheza".

"Não tenho memória de tudo. Vejo algumas coisas que podem ter sido coisas que eu tenha dito. Agora podem ter inserções maliciosas. Então fica muito complicado. Até porque, como eu disse, se os fatos são tão graves como eles dizem que são, até agora não vislumbrei essa gravidade, o que eles deveria fazer: pegar o material que receberam na forma original, não sei se é papel ou se é meio eletrônico, e apresentar para uma autoridade independente. Se não querem apresentar à Polícia Federal, apresenta no Supremo Tribunal Federal. Aí vai se poder verificar a integridade daquele material, exatamente o que eles têm, para que se possa debater esse conteúdo. Agora, do contrário, eu fico impossibilitado de fazer afirmações porque eu não tenho o material e, por outro lado, eu reconheço a autenticidade de uma coisa e amanhã aparece outra adulterada. Alguns diálogos, algumas mensagens lá me causam bastante estranheza", afirmou.

'Receber demanda acontece o tempo todo'
Moro disse ainda que recebia procuradores, mas também advogados de defesa, e reafirmou que as conversas são "comuns" no Judiciário.

"É normal trocar informação, claro, dentro da licitude. Mas, assim, o que tem que se entender é que esses aplicativos de mensagens, eles apenas aceleram a comunicação. Isso do juiz receber procuradores, delegados, conversar com delegado, juiz receber advogados, receber demanda de advogados, acontece o tempo todo. Às vezes chegava lá o Ministério Público: “Ah, vou pedir a prisão preventiva do fulano X”. Às vezes, o juiz tem uma análise lá e fala: “Ó, precisa de prova robusta para pedir a prisão preventiva”. Assim como o advogado chega lá e diz: “Vou pedir a revogação da prisão preventiva do meu cliente”. Às vezes o juiz fala: “Olha, o seu cliente está em uma situação difícil para demonstrar a correção do comportamento do cliente, afastar essa suspeita”. Essa interlocução é muito comum. Sei que tem outros países que têm práticas mais restritas, mas a tradição jurídica brasileira não impede o contato pessoal e essas conversas entre juízes, advogados, delegados e procuradores".

O ministro também foi questionado sobre a divulgação de conversas telefônicas entre o ex-presidente Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. O tema foi discutido em uma conversa com Dallagnol, segundo o site "Intercept".

O Globo
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A decisão de comparecer ao lado do ministro Sergio Moro (Justiça) no jogo do Flamengo contra o CSA no estádio Mané Garrincha, em Brasília, e a uma cerimônia militar são provas de apoio ao ex-juiz, declarou nesta quinta (13) o presidente Jair Bolsonaro a uma plateia de evangélicos.

Na noite desta quinta, Bolsonaro discursou durante 12 minutos em evento em comemoração pelos 108 anos da Assembleia de Deus no Brasil, em Belém.

Foi tempo suficiente para que reiterasse apoio a Moro, defendesse novamente a presença de um ministro evangélico no STF (Supremo Tribunal Federal) e reproduzisse um episódio de sua campanha, quando foi flagrado, durante debate, com as palavras Deus, Família e Brasil escritas em uma mão.

A um templo lotado de fiéis —a capacidade é de cerca de 20 mil pessoas—, Bolsonaro afirmou que escolheu o melhor time de ministros possível, “elogiado até pela oposição.” Neste momento, o público puxou o coro “Moro, Moro”.

O presidente lembrou que Moro abriu mão de 22 anos de magistratura para poder assumir o cargo no Ministério da Justiça e mencionou a troca de mensagens entre Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, reveladas pelo site The Intercept Brasil.

O capitão reformado reconheceu que acusações pairaram sobre o ministro, mas enfatizou que elas eram fruto de uma ação criminosa de hackers.

Diálogos exibidos pelo site mostram que ambos discutiam processos em andamento e comentavam pedidos feitos à Justiça pelo Ministério Público Federal enquanto integravam a força-tarefa da Lava Jato.

Moro nega que haja no material revelado "qualquer anormalidade ou direcionamento" da sua atuação como juiz. Já os procuradores divulgaram nota qualificando a revelação de mensagens de “ataque criminoso à Lava Jato”.

Bolsonaro usou o Dia dos Namorados, comemorado nesta quarta (12), para reiterar seu apoio a Moro. “Não comprei presente para a senhora Michelle. Dei-lhe um beijo. Ela se apaixonou mais por mim ainda e eu por ela.”

Para Moro, disse o presidente, o apoio se deu na decisão de que o ministro o acompanhasse nos dois eventos públicos. “Gestos dizem mais do que palavras”, disse. “Você olha nos olhos daquela pessoa e sente que aquela pessoa quer o bem e acredita em você, isso não tem preço.”

Durante o discurso, Bolsonaro fez vários acenos ao público presente. Em um deles, lembrou do momento em que foi flagrado, durante debate na Rede TV, com uma “cola” na mão com as palavras Deus, Família e Brasil. Neste momento, o presidente exibiu ao público os mesmos dizeres em uma das mãos.

Muito aplaudido, Bolsonaro lembrou ainda a controvérsia gerada quando falou que estava na hora de o STF ter um ministro evangélico. “A reação foi a mesma”, disse. “O estado é laico, mas eu, nós todos, somos cristãos”, afirmou. “Respeitamos a maioria. Respeitamos a minoria. Mas o Brasil é um país cristão.”

Folha de S. Paulo
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O ministro da Justiça, Sergio Moro, e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, conversaram reservadamente nesta quinta-feira (13) sobre as mensagens divulgadas pelo site Intercept Brasil em que o ex-juiz e o procurador Deltan Dallagnol discutem ações da Lava Jato.

Segundo a assessoria do ministério, Moro tratou do episódio das conversas com Deltan e repetiu a Toffoli o que tem dito publicamente: ele e os integrantes da força-tarefa foram vítimas de um ataque criminoso.

O ministro da Justiça e o presidente do STF conversaram após participarem de um evento na sede da pasta no começo da tarde.

Procurada pela Folha, a assessoria de comunicação do Supremo informou que não é prática de Toffoli comentar conversas com autoridades.

A conversa entre Moro e Toffoli ocorre no momento em que cresce a pressão de uma ala do Supremo para que a corte se posicione sobre o vazamento dos diálogos entre Moro e Deltan.

Na terça (11), o ministro Gilmar Mendes (STF) anunciou que a Segunda Turma da corte, formada por ele e outros quatro ministros, deve julgar no próximo dia 25 um habeas corpus em que a defesa do ex-presidente Lula pede que seja declarada a suspeição de Moro no julgamento do caso do tríplex de Guarujá.

Moro está sob pressão desde que os diálogos foram revelados pelo site The Intercept Brasil.

Segundo reportagens do site, o hoje ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL) e o chefe da força-tarefa da Lava Jato discutiam colaborações de processos em andamento e comentavam pedidos feitos à Justiça pelo Ministério Público Federal.

Na manhã desta quinta (13), Moro e Toffoli participaram do lançamento de um pacto pela prevenção e o combate da violência contra crianças e adolescentes. A rápida conversa entre os dois ocorreu após a cerimônia.

Em seu discurso no evento, Moro afirmou que não atua, à frente da pasta, para promover o que chamou de "justiça vingativa".

"Quando eu fui convidado pelo Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, houve uma convergência absoluta no que se refere às minhas intenções e às dele, de que o objetivo seria sermos firmes contra crime organizado, corrupção e a criminalidade violenta", declarou o ministro.

"Para deixar tudo muito claro: tanto a minha visão quanto a do presidente não é fazer isso por uma espécie de justiça vingativa, embora fazer justiça seja importante. Não, evidentemente, vingança. Mas se faz isso principalmente porque o objetivo é proteger as pessoas e melhorar a qualidade de vida das pessoas", concluiu.

Folha de S. Paulo
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O general Carlos Alberto dos Santos Cruz foi demitido nesta sexta-feira (14) da Secretaria de Governo da Presidência da República pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Desde que chegou ao Planalto, em janeiro, o ministro se envolveu em uma crise com os filhos do presidente, além de um embate com o escritor Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro.

“É um freio de arrumação”, disse à Folha um integrante do Palácio do Planalto.

Santos Cruz é o terceiro ministro a cair na gestão Bolsonaro, após as quedas de Gustavo Bebianno (Secretaria Geral), por causa da crise dos laranjas, e Ricardo Vélez Rodríguez (Educação), pelas falhas de gestão na pasta.

O incômodo da cúpula militar do governo com Olavo de Carvalho cresceu à medida que se avolumaram os ataques do escritor reverenciado pelo presidente e pelo grupo ideológico que o cerca.

O ministro general reagiu às ofensas de Olavo aos militares que hoje trabalham no Palácio do Planalto, em especial o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB).

“Eu nunca me interessei pelas ideias desse sr. Olavo de Carvalho”, disse Santos Cruz à Folha. Nem a forma nem o conteúdo agradam a ele", afirmou. “Por suas últimas colocações na mídia, com linguajar chulo, com palavrões, inconsequente, o desequilíbrio fica evidente”, criticou o ministro, em março.

Integram ainda a ala militar do Planalto os generais Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o porta-voz, Otávio Rêgo Barros, e o chefe da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto.

Durante visita de Bolsonaro aos EUA, Olavo disse que Mourão é um “cara idiota”, “um estúpido”, uma figura “que não tem ideia do que é a Vice-Presidência”. “Não o critico, eu o desprezo”, soltou.

Considerado o guru do bolsonarismo, Olavo afirmou que o presidente da República está de “mãos amarradas”, que militares de seu governo têm “mentalidade golpista”, “são um bando de cagões” e que, se nada mudar, o governo acaba em seis meses. No dia seguinte, quando desembarcou nos EUA e tais declarações já eram públicas, Bolsonaro tratou Olavo com deferência.

Folha de S. Paulo
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Marta voltou, fez gol, quebrou recordes, mas em vão. Após abrir 2 a 0 no primeiro tempo, com direito também a um gol da artilheira Cristiane, o Brasil sofreu a virada da Austrália e perdeu por 3 a 2 em Montpellier. Foord fez o primeiro das Matildas ainda na etapa inicial. No segundo tempo, dois gols sem querer, um de Logarzo, que foi cruzar, e Mônica (contra), garantiram o triunfo australiano pelo Grupo C da Copa do Mundo Feminina.

Saída pela esquerda no 1º tempo
A Austrália começou o jogo marcando o Brasil sob pressão. Mas, aos poucos, a seleção de Vadão, que tinha o retorno da craque Marta, foi saindo mais para o jogo, principalmente pelo lado esquerdo com a lateral Tamires e com Marta, que caía pelo setor. E foi justamente com Tamires que saiu o primeiro gol. Após cruzamento dela, a lateral-direita Letícia Santos apareceu de surpresa na área e acabou puxada por Knight. Pênalti claro. Na cobrança, Marta deslocou Willians com maestria aos 26. Dez minutos depois, Tamires fez bela jogada, tocou para Debinha que cruzou para uma cabeçada fulminante de Cristiane. 2 a 0.

No entanto, quando o jogo caminhava para o intervalo, a Austrália pressionou e acabou descontando com Foord aproveitando uma falha da zagueira Mônica que não fez o corte de cabeça.

2º tempo sem Marta e arbitragem polêmica
O Brasil voltou para o segundo tempo com duas substituições. Luana no lugar de Formiga, que estava com cartão amarelo. E Ludmila na vaga da craque Marta, que voltava de uma lesão muscular na coxa esquerda e não teria condições de atuar os 90 minutos. E sem a experiente dupla, o Brasil acabou sucumbido à pressão australiana que virou o marcador em dois lances bobos. No primeiro, aos 13, Logarzo foi cruzar, e a bola entrou direto. Depois, aos 21, após lançamento na área, Mônica desviou contra o próprio patrimônio, Bárbara não alcançou e a bola morreu no fundo da rede.

O Brasil ainda buscou o empate, mas, sem criatividade, viu a Austrália dominar a partida. No entanto, nos acréscimos, Andressa Alves se enrolou com uma marcadora e caiu na área. A árbitra Esther Staubli chegou a consultar o VAR pela comunicação, mas não checou o lance no monitor e mandou o jogo seguir. Ao fim do jogo, Vadão e Marta reclamaram bastante.

Situação no grupo
Com o resultado, o Brasil permanece em 1º lugar com três pontos no Grupo C, mas pode ser ultrapassado pela Itália, que ainda joga com a Jamaica no complemento da segunda rodada nesta sexta-feira. A Seleção volta a campo na próxima terça-feira, contra a Itália, em Valenciennes.

Recordes de Marta
Ao abrir o placar, de pênalti, Marta se igualou ao alemão Klose: com 16 gols, divide com ele a artilharia da história das Copas do Mundo. Além dessa marca, a camisa 10 da seleção brasileira também se tornou a primeira a balançar a rede em cinco edições diferentes do torneio. Sua primeira Copa do Mundo foi em 2003, com 17 anos. Depois, disputou as edições de 2007, 2011 e 2015.

Globo Esporte
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O vírus H1N1 causou 67% das mortes por gripe este ano no país. Até o último informe epidemiológico do Minitério da Saúde, de 25 de maio, 222 pessoas morreram em decorrência da gripe, sendo 148 pelo vírus.

Entre os casos, do total de 1.248 casos, 668 foram de H1N1.

Mais de 80% das vítimas apresentavam fator de risco. Entre elas, a maioria tinha idade média de 50 anos. Os grupos com maior taxa de óbito são idosos (39,2%), diabéticos (27,1%), pessoas com doença cardiovascular crônica (26,5%), crianças com menos de cinco anos (19,3%) e imunodeprimidos (18%).

Desde o dia 3 de junho, a vacinação contra a gripe foi ampliada a toda a população, embora a cobertura vacinal dos grupos prioritários - aqueles mais suscetíveis às complicações da gripe - não tenha atingido a meta de 90%, ficando em torno de 80%, segundo o Ministério.

O Sudeste é a região mais afetada pela gripe até o momento com 412 casos. Em seguida estão o Nordeste (267), Norte (252), Sul (224) e Centro-Oeste (92). O Estado de São Paulo apresenta as maiores ocorrências (244).

Já o Paraná e o Amazonas lideram em número de mortes, com 35 cada, seguidos por Rio de Janeiro (26) e São Paulo (16).

A vacina da gripe que é oferecida a toda população até o fim dos estoques protege contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B. Um vírus não é mais forte do que o outro, portanto a intensidade dos sintomas não se diferencia, segundo o pediatra Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

O Ministério da Saúde afirma que já disponibilizou cerca de 9,5 milhões de medicamentos contra a gripe (fosfato de oseltamivir) aos Estados. A pasta ressalta que o tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48h após o início dos sintomas. Para obter o medicamento oferecido pelo Ministério, é preciso que ele seja prescrito pelo médico.

R7
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na tarde desta terça-feira (11), duas propostas preliminares que podem liberar o cultivo da planta de Cannabis sativa no Brasil para fins medicinais e científicos, além da produção de medicamentos nacionais com base em derivados da substância. Agora, as propostas devem ser publicadas no Diário Oficial da União e submetidas a uma consulta pública.

O plantio doméstico de maconha por pessoas físicas e para o consumo recreativo continuará proibido no país. Os documentos preveem que apenas empresas possam cultivar a planta em ambientes controlados sob supervisão da Anvisa e de autoridades policiais, e que a venda seja feita diretamente para a indústria farmacêutica ou entidades de pesquisa. (veja abaixo os detalhes das duas propostas).

Votação foi unânime
Todos os quatro diretores aprovaram os textos que foram elaborados pela área técnica da agência, enfatizando a necessidade de que a consulta pública garanta à população transparência e divulgação dos dados e evidências a respeito do tema.

Os quatro diretores da Diretoria Colegiada iniciaram a 14ª reunião pública de 2019 por volta das 10h desta terça. Às 13h15, três dos quatro diretores já haviam aprovado a proposta. O último voto a favor das propostas foi proferido às 13h30.

Veja qual foi a ordem de votação:

  • Willian Dib (diretor-presidente da Anvisa): votou a favor das propostas sem alteração nos textos
  • Alessandra Soares (diretora): acompanhou o relator
  • Fernando Mendes (diretor): acompanhou o relator
  • Renato Porto (diretor): acompanhou o relator

A primeira proposta é para uma resolução que regulamente os requisitos técnicos e administrativos para o cultivo de Cannabis sativa para fins medicinais e científicos. Já a segunda é uma proposta de resolução para definir procedimentos específicos para registro e monitoramento de medicamentos feitos com base em Cannabis sativa ou seus derivados e análogos sintéticos.

Ambos os documentos ainda deverão passar por uma consulta pública, incluindo uma audiência pública para debater o tema, ainda sem data marcada.

tação dos requisitos técnicos e administrativos para o cultivo da planta com fins medicinais e científicos – desde o plantio até a fase de secagem e distribuição.

A resolução prevê o cultivo somente em sistemas de ambiente fechado e por pessoas jurídicas. O cidadão comum (pessoa física) não poderia ter pés de maconha em casa. Para cultivar, seria preciso ter uma autorização especial da Anvisa e supervisão da Polícia Federal.

Essa inspeção da agência reguladora exigiria, entre outras coisas, um rígido sistema de segurança com controle de acesso por biometria, alarmes e proteção de janelas duplas. Além disso, o local não pode ter identificação externa.

A venda e a entrega da planta produzida seriam somente para instituições de pesquisa, fabricantes de insumos farmacêuticos e fabricantes de medicamentos. O transporte teria de ser feito em veículos especiais.

A autorização para cultivo valeria por 2 anos, podendo ser renovada, e haveria uma cota de cultivo e controle de estoques e de liberação do produto.

Medicamentos
A segunda resolução tem como objetivo definir procedimentos específicos para registro e monitoramento de medicamentos à base de cannabis, seus derivados e análogos sintéticos. Isso inclui os fitoterápicos.

A regulamentação se aplica aos medicamentos nas formas de cápsula, comprimido, pó, líquido, solução ou suspensão (misturas) com administração por via oral.

As próprias empresas deveriam pedir à Anvisa o registro para produção desses medicamentos. Atualmente, há somente um medicamento com cannabis registrado no Brasil, o Mevatyl.

Não haveria uma lista prévia de doenças: a agência analisará registro por registro, conforme os pedidos. Medicamentos já registrados em outros países deverão apresentar relatório técnico de avaliação do remédio emitido pelas respectivas autoridades reguladoras.

O registro inicial teria validade de 3 anos e as renovações seguintes, de 5 anos. Geralmente, para os outros medicamentos, o primeiro registro já vale por 5 anos.

Depois de aprovado o registro, a empresa teria 30 dias para definição do preço máximo e 365 dias para colocar o remédio no mercado. A resolução já prevê a venda em farmácias. A maioria deve ser com retenção de receita médica, mas cada caso seria analisado individualmente.

Neste momento, a Anvisa não tem nenhum pedido de registro pendente.

Haveria, pela proposta, um monitoramento do mercado com fiscalização constante e canais de atendimento para dúvidas de consumidores.

Regras atuais
Atualmente, é proibido cultivar a planta de cannabis em território brasileiro. A lei determina que quem produz a cannabis para consumo pessoal está sujeito à prestação de serviços à comunidade e ao comparecimento a programa educativo, sem fazer ressalva ao uso médico.

Mas, nos últimos anos, a Anvisa e o Poder Judiciário já deram alguns passos no sentido de liberar o cultivo da planta para fins medicinais e científicos. Veja alguns deles abaixo:

  • Janeiro de 2015: Retirada do canabidiol da lista de substâncias de uso proscrito, abrindo caminho para facilitar a comercialização de medicamentos com a substância no país;
  • Março de 2016: Autorização da prescrição de remédios à base de canabidiol e THC no Brasil;
  • Janeiro de 2017: Registro do primeiro remédio à base de maconha no Brasil, o Mevatyl, droga já aprovada em outros 28 países;
  • Abril de 2017: A Justiça Federal na Paraíba autorizou uma associação de João Pessoa a cultivar maconha para fins exclusivamente medicinais;
  • Maio de 2017: Inclusão da Cannabis sativa na Lista Completa das Denominações Comuns Brasileiras (DCB) sob a categoria de "planta medicinal".

A ideia é que, ao regulamentar o cultivo da planta, caia o custo da produção de medicamentos com base na Cannabis sativa, e que se reduza também o número de ações judiciais para compra de remédios não registrados no Brasil.

Pacientes que sofrem de diversas doenças podem ser beneficiados com a mudança na regras, entre eles os que têm esclerose múltipla, autismo e dores crônicas oncológicas.

As propostas avaliadas nesta terça não preveem a liberação do cultivo nem do consumo de maconha para fins recreativos.

G1
Portal Santo André em Foco

O Ministério da Educação (MEC) informou nesta quinta-feira (13) que propõe aumentar de 10% para 15% o repasse da União para o Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. O aumento seria feito ano a ano, na ordem de 1%.

O órgão também manifestou apoio a um projeto em tramitação na Câmara que prevê alterações para o fundo (leia mais abaixo).

Atualmente, o Fundeb é responsável por 63% dos recursos aplicados na educação básica, segundo o MEC. Em 2019, estão previstos repasses de R$ 14,4 bilhões.

O Fundeb foi criado em 2006 para ampliar os investimentos no ensino infantil, fundamental e médio, mas vai expirar em 2020. Especialistas defendem que o fundo seja mantido, e diversas propostas têm sido feitas para um novo Fundeb.

Entre elas está o projeto da deputada professora Dorinha (DEM-TO), em tramitação na Câmara. O MEC informou que apoia o texto da deputada que, segundo o ministério, está "avançado tecnicamente e em convergência com o MEC".

A origem dos recursos para financiar o aumento dos repasses ainda não está definida, de acordo com o MEC.

Reunião com parlamentares
A proposta do MEC foi apresentada pelo ministro Abraham Weintraub a deputados nesta quinta (12), segundo o ministério. De acordo com o órgão, a proposta de Weintraub é "dar uma roupagem mais aprimorada para o Fundeb."

"Vamos trazer critérios que melhorem o desempenho da educação básica atrelado à eficiência na aplicação dos recursos", afirmou o ministro, de acordo com a pasta.

Propostas do MEC para o Fundeb
Abaixo estão listadas as sugestões do MEC para a proposta da deputada professora Dorinha. Confira:

  • "Colaboração entre os entes federados: o MEC propõe que esteja expresso no texto constitucional que o acesso ao ensino obrigatório e gratuito será assegurado por meio do regime de colaboração entre os municípios, os Estados, o Distrito Federal e a União.
  • Retirado do “dever solidário”: a previsão constitucional de responsabilidade solidária dos entes governamentais foi incluída no substitutivo da PEC. No entanto, devem ser fortalecidos os pressupostos básicos do regime de colaboração.
  • Valor aluno/ano: o valor aluno deve ser calculado a partir de uma base de dados disponível à União e operacionalizável anualmente. A sugestão é a troca do termo “valor aluno/ano total” por “valor aluno/ano calculado a partir dos recursos próprios”, fazendo assim uma melhor delimitação metodológica da forma de distribuição da Complementação da União.
  • Aumento dos repasses da União: a complementação da União já é de 10%. A sugestão é que o valor suba ao patamar de 15%, numa escala progressiva de 1 ponto percentual ao ano, partindo do percentual mínimo de 10% no primeiro ano de vigência do novo Fundo.
  • ICMS: o MEC sugere a indução, pela União, da adoção de modelos de repartição do ICMS voltados à qualidade da Educação. Os modelos levariam à busca por melhores resultados na gestão dos sistemas de ensino por parte do Estados e à melhoria da gestão, pelos municípios, dos sistemas de ensino."

G1
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O Mapa do Ensino Superior no Brasil, lançado hoje (13) pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), mostrou uma baixa taxa de escolarização líquida, que estima o percentual de jovens de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior em relação ao total da população nessa mesma faixa etária.

Em 2017, a taxa ficou em torno de 17,8%. No ano anterior, a taxa era de 18,5%.

O Maranhão teve a menor taxa de escolarização líquida do país, com 10,6% dos jovens entre 18 e 24 anos matriculados no ensino superior. O Semesp ressalta que, apesar dessa baixa taxa, o número de matrículas no ensino superior cresceu em 2017 em relação a 2016, passando de 8,05 milhões para 8,29 milhões, aumento de 3% nas matrículas.

Esses valores somam matrícula de alunos das redes privada e pública e das modalidades presencial e ensino à distância (EAD).

A entidade avalia que esse crescimento foi puxado, principalmente, pelo aumento do número de matrículas na modalidade EAD, já que a modalidade presencial teve pequena queda de 0,4%.

Ensino a distância
Nas matrículas dos cursos a distância, de 2016 para 2017, o crescimento chegou a 17,7%, seguindo a tendência de aumento registrada nos anos anteriores.

Em 2017, foram 1,76 milhão de alunos ante 1,49 milhão de 2016, com mais alunos tanto na rede privada (16%) quanto na pública (36,9%).

No ano de 2017, as instituições de ensino superior (IES) somavam 2.448, sendo 2.152 privadas e 296 da rede pública.

Do total de IES privadas, 63,2% são de pequeno porte e contam com menos de 3 mil matrículas. Já 16,8% são de porte gigante, com mais de 20 mil matrículas, incluindo cursos presenciais e EAD.

O número de estudantes ingressantes no 1º ano dos cursos teve aumento em 2017 tanto na modalidade presencial quanto EAD. Nos cursos presenciais, o crescimento foi de 0,5%, passando de 2,14 milhão de estudantes em 2016 para 2,15 milhões em 2017. No ensino a distância, o aumento foi mais expressivo, de 27,3%, passando de 843,2 mil para 1,07 milhão, no mesmo período.

O número de estudantes concluintes, aqueles que se formaram no ensino superior, cresceu 0,9% em cursos presenciais e 9,5% em cursos EAD no comparativo entre 2016 e 2017.

A taxa de evasão dos cursos presenciais chegou a 25,9% em 2017, menor do que a de 2016 (27,2%). Nos cursos a distância, ela também caiu, passando de 36,1% para 34,3%.

A mobilidade dos alunos para outros cursos na mesma modalidade ou modalidade diferente, que é mensurada pela taxa de migração, teve queda em 2017 em relação ao ano anterior no caso dos cursos presenciais (de 24,7% em 2016 passou para 24,4%). Já nos cursos à distância, essa taxa aumentou de 28,9% em 2016 para 32,1% em 2017.

FIES
Os dados do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo incluem números atualizados sobre o programa Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), do governo federal.

Em 2017, 5,7% dos ingressantes do ensino superior em IES privadas tinham este programa do governo como financiamento estudantil. Esse número caiu 15,6% em relação a 2016, seguindo uma tendência de queda, segundo o sindicato, que vem sendo registrada desde 2015.

De acordo com dados do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação, o FIES tem cerca de 2,26 milhões de contratos ativos, sendo 1,26 milhão em curso e 511 mil evadidos, ou seja, com mais de dois aditamentos não realizados.

Segundo o Semesp, a previsão para 2019 é de aproximadamente 100 mil vagas no programa. Em 2018, foram 82 mil novos contratos, o que significa uma queda de 51,2% em comparação com 2017, além de cerca de 2 mil contratos na modalidade P-FIES.

Pessoas com deficiência
Pela primeira vez, o Mapa do Ensino Superior trouxe informações sobre a representatividade de pessoas com deficiência nas matriculas do ensino superior, totalizando quase 40 mil matrículas em 2017: 25,2 mil nas IES privadas (63,2% do total) e 14,7 mil nas públicas (36,8%).

O sindicato ressalta que esses números têm crescido nos últimos anos. De 2009 até 2017, houve um aumento de 89,8% no número de matrículas de pessoas com deficiência no ensino superior do país. No total de matrículas de Pessoa com Deficiência (PcD), 14,5 mil (36,3%) são representadas por algum tipo de deficiência física.

Instituições de ensino
Apesar da taxa de escolarização líquida entre os jovens de 18 a 24 anos ser considerada baixa pelo Semesp (17,8%), houve aumento de 1,7% no número de instituições de ensino superior entre os anos 2016 e 2017, passando de 2.407 para 2.448. Do total, 2.152 são da rede privada, responsável pelo crescimento, porque a rede pública manteve as mesmas 296 instituições de 2016.

Segundo observou o Semesp, o aumento do número de IES vem sendo acompanhado desde 1998, quando havia 973 unidades. Desde então, o crescimento foi de 151,6% em relação aos dados mais atualizados de 2017. A rede privada representa 88% do total das instituições de ensino do país.

Agência Brasil
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