O governo federal lançou nesta terça-feira (9), em cerimônia no Hospital da Criança de Brasília, o programa nacional de incentivo ao trabalho voluntário. A ação, de acordo com o governo, é voltada para a população considerada mais vulnerável, como pessoas de baixa renda, com deficiência e moradores de rua.
O presidente Jair Bolsonaro e a primeira dama, Michelle Bolsonaro, participaram do lançamento do programa, coordenado pelo Ministério da Cidadania e batizado de Pátria Voluntária. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também compareceu ao evento.
O programa foi criado por meio de decreto. O Ministério da Cidadania informou que o programa incentiva a participação das pessoas em “práticas sustentáveis, culturais e educacionais”. O governo pretende utilizar espaços públicos para desenvolver as atividades voluntárias, sem remuneração.
O governo ainda criou o Prêmio Nacional de Incentivo ao Voluntariado. Simbólica, a premiação será entregue anualmente a pessoas e entidades que realizam ações voluntárias de interesse social. Também dará um selo para reconhecer organizações da sociedade civil que incentivam o trabalho voluntário.
Em discurso no evento, Michelle afirmou que recebeu com alegria o convite para presidir o conselho do Pátria Voluntária. Ela apresentou fotos de atividades voluntárias que desenvolveu nos últimos anos.
“Dentro das minhas limitações, sempre quis ajudar o próximo. É um chamado do meu coração. Aceite esse caminho como um desígnio de Deus”, disse a primeira-dama.
Conselho
Segundo o ministério da Cidadania, a primeira-dama Michelle Bolsonaro presidirá um conselho, vinculado à pasta, que conduzirá o programa. O conselho terá representantes do governo e da sociedade civil.
Pelo governo, 12 ministros participaram do conselho, entre os quais, Osmar Terra, Paulo Guedes e Sérgio Moro. Pela sociedade civil, participaram do colegiado a cantora Elba Ramalho, o iatista Lars Grael e a mulher de Moro, Rosângela Moro.
G1
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Às vezes, temos um probleminha de saúde que, por comodidade, tratamos em casa.
Por exemplo: ressaca depois de uma noite de embriaguez, indigestão após uma refeição pesada, uma picada ou um simples arranhão na pele.
Em vez de apelar a remédios, há muita gente que prefere utilizar plantas e ervas, muitas delas criadas em casa ou no jardim. Usadas de modo apropriado, elas podem ajudar a amenizar dores e mal estar.
Alys Fowler, horticultor e ex-apresentador do programa Gardener's World ("Mundo do Jardineiro", em tradução livre), da BBC, e autor de um livro sobre plantas medicinais, escreveu uma coluna para o jornal britânico "The Guardian" explicando como aliviar algumas das doenças mais comuns usando apenas plantas.
É bom lembrar que essas dicas são úteis para tratar problemas menores . Caso você se sinta em dúvida ou se o problema persistir e se tornar mais grave, é sempre melhor consultar um médico.
Além disso, como afirma Fowler, antes de usar qualquer planta para fins medicinais, é importante identificá-la corretamente, em especial se você a tirou de algum localidade silvestre.
Se você tem dúvidas, é melhor não utilizar a planta, porque pode se tratar até de uma espécie venenosa.
1. Cortes leves, arranhões e feridas superficiais
Nesses casos, Fowler recomenda fazer um emplastro (esmagando as folhas e, em alguns casos, as raízes da planta limpas) de tanchagem (Plantago major) e tanchagem-menor (Plantago lanceolata), também conhecida como língua-de-ovelha, ervas rasteiras bastante comuns na região Sul do Brasil.
Essa pasta, diz o horticultor, ajuda na cura da ferida e também alivia a coceira produzida por insetos.
De acordo com um estudo publicado na revista científica "Advances in dermatology and allergology" ("Avanços na dermatologia e alergologia", em tradução livre), esta planta tem propriedades anti-inflamatórias, além de ajudar na limpeza da pele.
2. Contusões e dores musculares
Para estes casos - e também para as ocasiões em que um movimento mal feito causa dor muscular - Fowler sugere um emplastro de Symphytum officinale - conhecida no Brasil como confrei ou consólida.
Esta planta, nativa da Europa, mas hoje presente em muitos lugares, é ideal para essas situações.
Fowler recomenda cobrir a área machucada com papel filme para que não deixe manchas na roupa.
3. Problema de estômago e ressaca
Na opinião do horticultor, nada melhor do que um chá de hortelã (Agatache rugosa) para remediar uma ressaca pós embriaguez: a erva acalma a dor de cabeça e ajuda a melhorar o mal estar no estômago.
Ele dá outras recomendações: chá de folhas de limão ou erva-cidreira (Melissa officinalis).
Fowler explica que essas plantas ajudam a melhorar a sensação de náusea, indigestão e também relaxam o corpo.
No entanto, ele diz que as pessoas que sofrem de problemas na tireoide não devem consumir essas plantas regularmente, pois pode haver efeitos colaterais.
4. Inchaço e indigestão
"As sementes de erva-doce, cominho e endro são carminativas e ajudam na digestão", escreveu Fowler em sua coluna no "The Guardian".
É possível fazer infusão com as sementes esmagadas. Fowler explica que é importante cobrir o chá (com uma tampa no bule ou num prato, se preparado em um copo) para manter suas propriedades da planta intactas.
De acordo com um folheto informativo do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, tanto o chá de erva-doce como o chá de camomila e hortelã-pimenta podem ajudar a combater a flatulência.
BBC
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Aviso aos "workaholics" de plantão: trabalhar mais de dez horas por dia, pelo menos 50 dias por ano, aumenta em 29% a possibilidade de ter um AVC (acidente vascular cerebral). O perigo cresce com o tempo. Se a situação persiste por mais de dez anos, o risco cresce 45%. É o que mostra uma pesquisa realizada por um grupo de cientistas europeus e americanos, entre eles o pesquisador francês Alexis Descatha, especialista de doenças profissionais do hospital Raymond-Poincaré, situado em Garches, na região parisiense.
O estudo pôde ser realizado graças a grupo de 200 mil pacientes que frequentam hospitais e centros públicos e integram um banco de dados colocado à disposição dos cientistas. Muitos deles tinham histórico de AVC, o que permitiu aos cientistas fazerem as comparações necessárias para chegar às conclusões estabelecidas na pesquisa.
"Temos agora uma análise importante que evidencia esse risco moderado e que é estatisticamente significativo. O que é interessante notar é que ele é significativo a partir de dez anos de exposição. No consultório, é algo que já podemos observar. Então temos a confirmação de algo que, em termos de duração, nunca havia sido constatado até agora”, diz Descatha, em entrevista à RFI.
Quais outras razões poderiam explicar a ocorrência de um AVC, que é um problema relativamente raro, em caso de excesso de trabalho?
Por enquanto os cientistas formulam hipóteses, lembra Alexis Descatha, que ainda não foram confirmadas pelo estudo publicado na revista Stroke. Eles ainda não sabem dizer ao certo se os ataques cerebrais seriam uma consequência direta da carga de trabalho ou do tipo de trabalho realizado, explica.
Segundo ele, há atividades que têm um efeito direto nas funções cardiovasculares, no ritmo cardíaco e na coagulação. Os horários noturnos, após as 22h, por exemplo, e alternados, são comprovadamente nocivos para a saúde, exemplifica, porque afetam o relógio biológico.
Algumas funções também estimulam comportamentos pouco saudáveis, como o tabagismo, a falta de atividade física, a alimentação inadequada, consequência do ritmo profissional e o consumo excessivo de álcool. Problemas como insônia também são frequentes. “Há uma modificação do comportamento ligada ao trabalho, principalmente ao excesso de trabalho a longo prazo, o que pode justamente, acarretar a ocorrência de um acidente cardiovascular”, diz.
O pesquisador francês explica que o estudo não detalha quais atividades profissionais tornam as pessoas mais propensas aos ataques cerebrais, mas os médicos já sabem que o trabalho que continua a ser executado de casa (envio de e-mails e telefonemas, por exemplo) também influencia negativamente a saúde, com todos seus riscos.
“Nosso objetivo agora é entender os mecanismos que estão por trás desse risco, preveni-los, e diminuir a incidência dos acidentes vasculares cerebrais”, reitera Descatha.
Seus próximos estudos agora deverão analisar qual a relação entre o trabalho excessivo e outras doenças cardiovasculares, e a maneira exata como os efeitos diretos e indiretos afetam os indivíduos. Somente desta forma poderá ser possível efetuar uma prevenção eficaz, reitera.
As próximas pesquisas também buscam entender se a carga de trabalho extrema exerce a mesma influência em acidentes vasculares hemorrágicos, quando há ruptura de uma veia ou artéria bloqueada por excesso de colesterol, por exemplo, ou vasculares isquêmicos, nos quais o cérebro fica temporariamente sem oxigênio, mesmo sem antecedentes.
A pesquisa leva a crer, diz Descatha, que o excesso de trabalho pode ser a razão das isquemias cerebrais em jovens que não apresentam fatores de risco.
“É o que constatamos no estudo, quando tentamos analisar os casos mais jovens, de adultos de menos de 50 anos. É mais do que claro que todo mundo pode ser vítima de um AVC, jovens ou nem tanto.”
Como criar um programa de prevenção?
“Dizer às pessoas para trabalhar menos não tem sentido”, diz o pesquisador francês. “O que é certo, por diferentes razões, que sejam sociais ou financeiras, ou de carreira profissional, é que trabalhar mais do que a média, mais de 10 horas por dia e 50 dias por anos, é algo comum, já que 30% da população declara estar nessa situação.
Mas se essa situação se prolonga por mais de dez anos, há efeitos na saúde que devem levar a uma prudência maior da gestão de Recursos Humanos e do tempo de trabalho”, diz Alexis Descatha. A prevenção para evitar essa situação, ressalta, deve ser coordenada entre o médico do trabalho e outros setores da empresa.
Essa situação de risco existe em empresas de todo o mundo, lembra o especialista francês, e já foi demonstrada em estudos asiáticos, americanos e europeus. As pesquisas demonstram que a prevenção passa pelo equilíbrio entre o tempo dedicado ao trabalho e à vida pessoal. “Há limites que não devem ser ultrapassados”, conclui
O objetivo agora do pesquisador francês e de sua equipe é ir mais longe nos estudos para compreender se é carga cognitiva, física ou ambas que afetam a saúde e se isso depende da maneira como o individuo lida com essa situação. “O objetivo é fazer a prevenção. E já sabemos que trabalhar demais por muito tempo afeta a saúde.”
RFI
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O Ministério da Educação (MEC) divulga hoje (9) o resultado do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) juro zero e do P-Fies.
Nesta edição, serão ofertadas 46,6 mil vagas a juro zero. O resultado estará disponível na internet, na página do programa e nas instituições de ensino superior participantes.
Os estudantes selecionados no P-Fies devem comparecer à instituição de ensino para validar as informações prestadas na hora da inscrição a partir desta terça-feira. Já os selecionados na modalidade Fies devem complementar a inscrição no período de 10 a 12 de julho.
Quem não foi selecionado na modalidade Fies juro zero pode ainda participar da lista de espera, entre os dias 15 de julho e 23 de agosto.
Não há lista de espera do P-Fies. A pré-aprovação do financiamento na modalidade do P-Fies é de responsabilidade exclusiva dos agentes financeiros operadores de crédito que tenham relação jurídica estabelecida com instituições de ensino participantes.
Fies
O Fies concede financiamento a estudantes em cursos superiores de instituições privadas com avaliação positiva pelo Ministério da Educação.
Pode concorrer quem fez uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com média igual ou superior a 450 pontos, e obtido nota maior que zero na redação.
Modalidades
O novo Fies, que começou a vigorar em 2018, tem modalidades de acordo com a renda familiar.
A modalidade com juro zero é para os candidatos com renda mensal familiar per capita de até três salários mínimos.
O aluno começará a pagar as prestações respeitando o seu limite de renda.
A modalidade chamada de P-Fies é para candidatos com renda familiar per capita entre três e cinco salários mínimos.
Nesse caso, o financiamento é feito por condições definidas pelo agente financeiro operador de crédito, que pode ser um banco privado ou fundos constitucionais e de Desenvolvimento.
Agência Brasil
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O cursinho preparatório gratuito para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), oferecido pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), abre as inscrições nesta terça-feira (9), para as 160 vagas ofertadas. O "Pró-Enem" é voltado para alunos da rede pública que concluíram o ensino médio ou estejam concluindo, neste semestre.
As aulas são gratuitas e as inscrições acontecem das 8h às 11h e das 14h às 17h, no Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da UEPB. É preciso que o aluno apresente cópia de comprovante que estuda ou que já concluiu o ensino médio em escola pública (declaração ou certificado), cópia da Carteira de Identidade e do CPF.
As vagas serão divididas em duas turmas, uma aos sábados de manhã e a outra nas terças e quintas à tarde. Após o preenchimento de vagas, será feito um cadastro de reservas.
A previsão é que as aulas comecem em 13 de julho para turma de sábado e 16 de julho para turma de terças e quintas. Outras informações podem ser obtidas através do telefone (83) 3344-5314.
G1 PB
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não pode bloquear críticos no Twitter, de acordo com determinação anunciada nesta terça-feira (9) por um tribunal federal de segunda instância do país. A decisão foi tomada com base na Primeira Emenda da Constituição americana, que regula o acesso a assuntos de interesse público.
De acordo com a Associated Press, a corte do 2º Circuito de Recursos, em Manhattan, confirmou a decisão de um juiz de primeira instância dizendo que Trump viola a Constituição quando bloqueia usuários do Twitter.
"A ironia em tudo isso é que nós escrevemos em um tempo da história deste país no qual a conduta de nosso governo e de suas autoridades está sujeita a um debate robusto e amplamente aberto", afirmou o juiz Barrington D. Parker, em nome de um painel de três juízes.
O debate cria "um nível de paixão e intensidade raramente visto", acrescenta a decisão da corte. "Este debate, por mais desconfortável e desagradável que possa frequentemente ser, é, no entanto, uma boa coisa", continua o texto.
"Ao decidir sobre esse recurso, recordamos às partes e ao público que, se a Primeira Emenda significa alguma coisa, quer dizer que a melhor resposta para o discurso desfavorecido em assuntos de interesse público é mais discurso, e não menos."
O presidente Trump tem mais 60 milhões de seguidores em sua conta no Twitter.
G1
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O presidente Donald Trump voltou a criticar o embaixador britânico para os Estados Unidos nesta terça-feira (9), chamando-o de "um cara muito estúpido", "maluco" e "pomposo". Um dia antes, o presidente havia dito que romperia com o diplomata após um vazamento de informações em que a embaixada descreve Trump como uma pessoa "incapaz".
"O embaixador maluco com que o Reino Unido enganou os Estados Unidos não é alguém que nos empolgue, é um cara muito estúpido", escreveu Trump em uma série de tuítes criticando o embaixador Kim Darroch e a primeira-ministra britânica, Theresa May.
As novas críticas de Trump vêm após o fato de May ter apoiado o embaixador Darroch.
Trump também atacou May em relação à forma com tem conduzido a saída do Reino Unido da União Europeia, dizendo que ela foi tola e "incapaz de conclui-lo". "Um desastre!", afirmou.
As críticas de Trump começaram quando um jornal britânico divulgou de mensagens confidenciais do embaixador, descrevendo o atual governo americano como "inepto” e "disfuncional”. Darroch dizia que, neste governo, "é preciso apresentar seus pontos de forma muito simples, até bem leve".
G1
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A chuva e as inundações continuam nesta terça-feira (9) em Washington DC e seus arredores. Centenas de moradores ainda sofrem com os cortes de energia, de acordo com a fornecedora Pepco.
Na segunda-feira (8), chuvas torrenciais provocaram inundações e afetaram os serviços de transporte. Várias ruas e estradas ficaram interditadas. As chuvas também provocaram atrasos em aeroportos e estações ferroviárias.
Imagens transmitidas pela televisão local e postadas nas redes sociais mostravam veículos submersos em áreas conhecidas na capital americana, como no Monumento de Washington, e também motoristas nos tetos de seus carros.
O principal alimentador de energia do prédio do Arquivo Nacional - onde estão alguns dos documentos históricos mais importantes dos Estados Unidos - foi inundado, causando uma queda de energia.
"A Declaração de Independência, a Constituição (...), juntamente com todos os outros registros valiosos mantidos no prédio, estão seguros e fora de qualquer perigo", garantiu a instituição em um comunicado.
Nem mesmo a Casa Branca escapou: imagens de vários correspondentes e televisões mostraram as poças que se formaram em um de seus porões.
Nenhuma morte foi relatada, apesar das numerosas chamadas de emergência recebidas pelas autoridades.
France Presse
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O ex-presidente argentino Fernando de la Rúa, de 81 anos, morreu nesta terça-feira (9), em um hospital na cidade de Escobar, na província de Buenos Aires, de acordo com a imprensa local. Ele tinha sido hospitalizado em estado grave na segunda-feira (8) com problemas cardíaco e renal.
De la Rúa, que foi presidente da Argentina entre 1999 e 2001, enfrentou vários problemas de saúde nos últimos anos. Ele precisou passar por cirurgias, uma delas na bexiga, além de uma angioplastia e da colocação de dois stents. Ele foi visto em público pela última vez em um jantar em dezembro do ano passado.
O governo argentina decretou três dias de luto nacional pela morte do ex-presidente, porém as diversas cerimônias públicas por causa do Dia da Independência, comemorado nesta terça, estão mantidas.
O corpo será velado no Salão dos Passos Perdidos do Congresso Nacional. Uma vez concluída as homenagens públicas, o caixão será levado a uma sala de velório do bairro portenho de Núñez para depois ser enterrado na cidade de Pilar, na província de Buenos Aires.
"Lamentamos a morte do ex-presidente Fernando de la Rúa. Sua trajetória democrática merece o reconhecimento de todos os argentinos", declarou o presidente Mauricio Macri.
História
O ex-presidente nasceu em 15 de setembro de 1937, na província de Córdoba. Ele estudou no Liceo Militar de Córdoba e se formou advogado aos 21 anos.
Filiado à União Cívica Radical (UCR), De la Rúa teve uma longa carreira política. Aos 35 anos de idade, em 1973, foi senador pela capital federal, tradicionalmente um distrito antiperonista e onde consolidou sua carreira como deputado (1991-1992) e três vezes senador (1973-1976, 1983-1989 e 1992-1996).
Em 1996, foi o primeiro prefeito de Buenos Aires eleito por voto direto, cargo até então designado pelo presidente, e seu trampolim para a Casa Rosada.
O ponto mais alto da trajetória na vida pública veio em 1999, quando, aos 62 anos, foi eleito presidente do país para um mandato de quatro anos.
Ele sucedeu o peronista histriônico Carlos Menem (1989-1999), que colocou em prática políticas neoliberais. Para chegar ao poder, contou com o apoio de coalizão de centro-esquerda e se apresentava como "a força moral contra a frivolidade e o engodo".
Fuga de helicóptero
De la Rúa tinha tom austero e dirigiu o país de forma pouco carismática. Durante sua gestão, ele lidou com uma das maiores crises econômicas e políticas da história da Argentina.
Em 2001, na esperança de conter a crise, De la Rúa convocou o ex-ministro da Economia Domingo Cavallo, responsável pela economia no período Menem e mentor da conversibilidade com paridade cambial entre o peso e o dólar, lançada em 1991.
A gestão da dívida do governo e o bloqueio de depósitos (chamado 'corralito'), ajudados pela oposição peronista, empurraram o seu governo para o abismo. Após sua saída da presidência, a Argentina declarou default.
De la Rúa se considerou vítima de um "golpe civil" seguido de "intensa perseguição judicial, midiática e política", como escreveu em seu livro "Operação Política: A Causa do Senado".
Nos dias 19 e 20 de dezembro de 2001, eclodiu uma revolta popular, cuja repressão deixou mais de 30 mortos no país, cinco deles na Plaza de Mayo, no centro de Buenos Aires. De la Rúa deixou a Casa Rosada de helicóptero, após assinar sua renúncia. Na época, essa imagem percorreu o mundo.
Casado com Inés Pertiné - neta, filha e irmã de militares-, teve três filhos, Agustina, Antonio e Fernando.
G1
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O acordo de livre-comércio que o Mercosul e a União Europeia (UE) assinaram no final de junho poderá significar para o Brasil uma economia anual de R$ 144 milhões na importação de remédios, segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).
"O Brasil importa R$ 3,6 bilhões em remédios da Europa. Pela metade, paga uma alíquota de importação de 8% e, com sua redução a zero, o país poderia economizar R$ 144 milhões", explicou à Agência Efe a Interfarma.
A UE e o Mercosul fecharam no dia 28 de junho em Bruxelas um acordo de livre-comércio que começou a ser negociado em 1999, e que abrange um mercado de 780 milhões de consumidores.
"Com o acordo comercial entre a UE e o Mercosul, é esperada uma redução significativa dos tributos vinculados ao comércio de diversos setores industriais. E no segmento farmacêutico, já existem tecnologias importadas pelo Brasil que chegam da Europa com impostos reduzidos", apontou a patronal.
Esses remédios, acrescentou a Interfarma, "são os mais recentes, e não existe no país uma inovação similar e, neste caso, o impacto tende a ser pequeno, pois as alíquotas de importação já estão próximas de zero".
Em contrapartida, "nos segmentos de mais concorrência do mercado, nos quais se enquadram as tecnologias maduras, existe uma proteção tributária mais significativa no país".
Nesse sentido, a Interfarma explicou que são remédios "com alíquota de importação superiores a 4% e que, sem essa proteção, os laboratórios serão forçados a encontrar soluções para lidar com um ambiente mais competitivo".
"Vale destacar que essa concorrência, como acontece em qualquer setor da economia, tende a favorecer o paciente com o aumento da oferta. Além disso, a redução dos tributos deve acontecer gradualmente durante 10 anos, o que dá ao mercado um período de adaptação", acrescentou a associação.
Alíquotas elevadas
Atualmente, as alíquotas referentes à importação de produtos das UE são elevadas, com uma taxa média de 5,27%, enquanto a média mundial sem incluir a UE é de 4,66%.
O acordo de livre-comércio entre Mercosul e UE também pode aumentar o PIB do Brasil em U$ 87,5 bilhões em 15 anos, de acordo com as projeções do Ministério da Economia.
A UE é o segundo maior parceiro comercial do Mercosul e o principal no segmento de investimentos. No entanto, o bloco sul-americano é o oitavo maior parceiro comercial extrarregional do bloco europeu.
Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, as trocas comerciais birregionais superaram os US$ 90 bilhões em 2018. Em 2017, os investimentos da UE no Mercosul somaram US$ 433 bilhões.
O Brasil, por sua vez, realizou transações comerciais com a UE em 2018 no valor de US$ 76 bilhões, com um superavit de US$ 7 bilhões.
Já valor das exportações ao bloco europeu chegou aos US$ 42 bilhões, 18% do total das vendas do país ao exterior.
Para entrar em vigor, o acordo assinado deverá ser ratificado pelos parlamentos dos países envolvidos.
EFE
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