Novembro 27, 2024
Arimatea

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A Polícia Federal identificou os aparelhos dos presidentes da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e do Superior Tribunal de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, dentre os celulares de autoridades alvos de invasão de hackers.

No caso de Rodrigo Maia, embora o celular tenha sido invadido, não há indícios de captura de dados, segundo investigadores. As informações ainda estão em apuração.

Rodrigo Maia desconhecia a invasão e disse que não foi informado a respeito. “Ainda não fui notificado”, afirmou o presidente da câmara à TV Globo.

João Otávio de Noronha disse que recebeu na tarde desta quinta-feira (25) uma ligação do ministro da Justiça, Sérgio Moro, avisando que ele está na lista das autoridades hackeadas.

Moro informou que o material obtido vai ser descartado para não devassar a intimidade de ninguém.

"Estou tranquilo porque não tenho nada a esconder. E também usava muito pouco o Telegram", afirmou Noronha.

Nesta quinta-feira, o ministro Sérgio Moro afirmou em uma rede social, que o Ministério da Justiça e a Polícia Federal (PF) vão identificar as centenas de vítimas e informá-las sobre as invasões, sejam elas autoridades ou não.

Mais cedo, o Ministério da Justiça informou que celulares do presidente Jair Bolsonaro também foram alvos de invasão de hackers.

Por meio de nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que Bolsonaro foi "devidamente comunicado" sobre o fato por uma "questão de segurança nacional".

A nota não informa se os hackers conseguiram obter alguma informação dos aparelhos usados pelo presidente.

Os acusados de envolvimento na invasão de celulares de autoridades foram presos na última terça-feira (23). Foram detidos três homens e uma mulher, detidos na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

G1
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Um grupo de homens fortemente armados invadiu o terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na tarde desta quinta-feira (25), e roubou de 700 quilos a uma tonelada de ouro, avaliada em cerca de US$ 30 milhões (cerca R$ 113 milhões).

Eles entraram no aeroporto com duas viaturas clonadas da Polícia Federal, sem placas, uma modelo Triton e a outra, uma Pajero Dakar. No terminal, roubaram um carro-forte da Brink's com ouro. Os quatro homens estavam com roupas de policiais federais, distintivos, encapuzados, com pistolas, fuzil e carabinas.

Segundo informações iniciais da polícia, um carro ficou na portaria e o outro entrou no terminal de cargas. O grupo rendeu o chefe da logística, colocou a carga no carro e levou o refém.

De acordo com informações iniciais da Polícia Rodoviária Federal, os bandidos mantiveram a família do supervisor da logística refém na noite anterior e tiveram acesso a informações privilegiadas.

Depois, as viaturas clonadas foram abandonadas no Jardim Pantanal, na Zona Leste de São Paulo, os ladrões entraram em uma camionete S-10 e em uma ambulância com a carga roubada. O helicóptero da polícia não pode sobrevoar a região do aeroporto, o que dificulta as buscas.

A carga estava indo para Zurique e Nova York e o Departamento de Investigações Criminais (Deic) deve assumir a ocorrência.

A Brink's informa que está colaborando com as autoridades competentes para apuração do ocorrido na tarde desta quinta-feira, 25/7, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

G1
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O DEM informou nesta quinta-feira (25) que expulsou do partido Walter Delgatti Neto, um dos quatro presos pela Polícia Federal nesta semana por suspeita de invadir celulares de autoridades.

Delgatti Neto era filiado ao DEM. De acordo com a decisão judicial que autorizou as prisões, há fortes indícios de que os quatro presos se uniram para cometer os crimes.

A nota do DEM, assinada pelo presidente nacional do partido, Antonio Carlos Magalhães Neto, afirmou que a sigla não tem como controlar as ações de todos seus filiados.

"Diante do envolvimento do filiado Walter Delgatti Neto com o ataque hacker a celulares de autoridades, revelada durante a Operação Spoofing, determinei a expulsão do investigado pelo descumprimento dos deveres éticos previstos estatutariamente", afirmou Magalhães Neto (veja a íntegra da nota no final desta reportagem).

O advogado de um dos outros investigados relatou nesta quarta (24) que Delgatti disse a seu cliente que pretendia vender os dados extraídos dos celulares para o PT.

Após a divulgação das declarações do advogado, o PT emitiu nota na qual afirma que o inquérito que apura a atuação de supostos hackers se tornou uma "armação" contra o partido.

Veja a íntegra da nota do DEM:

Nota Oficial

Diante do envolvimento do filiado Walter Delgatti Neto com o ataque hacker a celulares de autoridades, revelada durante a Operação Spoofing, determinei a expulsão do investigado pelo descumprimento dos deveres éticos previstos estatutariamente.

Enfatizo, ainda, que Walter Delgatti não tem participação ativa na vida partidária da legenda.

É importante ressaltar que o Democratas não pode se responsabilizar pelas atitudes dos milhares de filiados ao partido e que condenamos, de maneira veemente e dura, o cometimento de qualquer ato de irregularidade por quem quer que seja - filiado ao DEM ou outras legendas.

O Democratas Nacional espera que a justiça esclareça os fatos e que os envolvidos no processo criminoso sejam punidos de forma efetiva e com todo rigor.

Antonio Carlos Magalhães Neto

Presidente Nacional do Democratas

G1
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A mãe do bebê de 11 meses, deixado em uma calçada enquanto ela dava ré no carro, foi ouvida nesta quarta-feira (24), na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Infância e a Juventude, em João Pessoa. De acordo com a delegada Joana D'arc, Beatriz Fernandes contou que acreditava que a criança estava dentro do carro no momento que entrou no veículo. Após o depoimento, a delegada informou que vai concluir o inquérito e, em seguida, enviar à Justiça.

Em reportagem do Fantástico, no último domingo (21), Beatriz Fernandes contou que a situação aconteceu em um momento de estresse extremo. O caso foi no dia 21 de julho. A mãe do bebê foi até a casa do pai para deixar a criança. Quando estacionou o carro, tirou a filha da cadeirinha e colocou no calçada.

"Eu não estava pensando, estava extremamente nervosa e lembrei das coisas da minha filha que estavam no carro e precisava pegar". As imagens foram registradas por uma câmera de segurança. Beatriz entra no carro e começa a dar ré no veículo, perto da criança. Ela conta em entrevista que queria manobrar o carro para tirar de frente da garagem, mas havia um tambor de lixo na frente. "Mas no mesmo segundo eu vi que ela estava na calçada, pela câmera de ré", conta.

Em depoimento, Beatriz Fernandes diz que foi um ato impensado e que entrou no carro para atender o telefone e, de tão contrariada que estava, esqueceu que a criança estava fora do carro.

A delegada perguntou porque ela engatou a ré e ainda andou um pouco com o carro. Beatriz repetiu a mesma versão da entrevista e disse que imediatamente viu a criança pela câmera de ré.

Beatriz Fernandes ainda contou que os momentos de desencontros de horários com o pai da criança nos dias de visita são constantes. O pai da bebê, o advogado Eduardo Aníbal, está com a guarda da criança há mais de 40 dias.

Ele disse que o juiz já havia esclarecido que o horário de visita não precisava ser exato. "Até porque eu trabalho e tem várias outras questões. Eu tinha contatado ela e disse que ia pegar a criança entre 12h e 12h30. Foi quando ela disse que tinha saído do local combinado e eu não ia ver minha filha", contou. O advogado foi até uma delegacia, no mesmo dia, e prestou um boletim de ocorrência.

Beatriz, no entanto, diz que tentou falar com Eduardo desde 8h do sábado. As 12h30 ela disse que não precisava mais ele ir buscá-la, já que, segundo ela, ele ainda não havia saído de casa. "No domingo eu passei o dia tentando falar com ele", revela.

Tanto Beatriz quanto Eduardo contam que não conseguem se organizar com os horários de visita combinado para a guarda compartilhada. Naquele fim de semana, o pai deveria ficar com a filha desde o sábado.

"Não teve um dia desde que isso aconteceu que eu não tenha me arrependido. Eu sei que eu jamais faria aquilo de novo. Não teve um dia que eu não pense onde ela está, com quem ela está, se ela dormiu, se ela está comendo direito. Eu estava nervosa, não foi pensado, quem foi que nunca errou?", desabafa Beatriz.

No entanto, conforme a delegada Joana D'arca, embora o tempo em que a criança ficou sozinha seja muito curto, a imagem é clara e configura abandono de incapaz. Agora, Beatriz só pode ver a filha no berçário e nos fins de semana, na presença dos pais dela. O inquérito será concluído e entregue à Justiça.

G1 PB
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Os Estados Unidos impuseram sanções econômicas a dez pessoas –inclusive três enteados de Nicolás Maduro– ligadas ao governo da Venezuela.

Com isso, elas perdem acesso ao sistema bancário.

Os dez são acusados de formar uma quadrilha para superfaturar contratos com o governo em troca de propinas.
Isso teria acontecido com construção de casas, alimentação subsidiada e até mesmo compra de ouro de garimpeiros, de acordo com a Secretaria do Tesouro dos EUA, o órgão que impôs as sanções.

O homem acusado de ser líder da quadrilha é um colombiano, Alex Nain Saab Moran, que ficou conhecido com um dos seus sobrenomes, Saab.

Casas populares
Saab começou a aproveitar suas relações relações com o regime de Maduro em 2009. Ele pagava propina para autoridades do governo e, assim, ganhava contratos que superfaturava.

Ele tinha um sócio, e os dois criaram uma companhia naquele para concorrer em licitações para construção de casas.

Eles venceram um primeiro certame para construir 25 mil residências. De acordo com os EUA, receberam o triplo do valor do custo.

Em 2011, Saab deu a três enteados de Maduro (Walter, Yosser e Yoswal Gavidia Flores) e um primo deles um contrato de terraplanagem em um local onde seriam construídas casas.

A relação de Saab com os quatro foi essencial para conseguir contratos superfaturados com o governo, de acordo com o Tesouro dos EUA –os parentes de Maduro tinham acesso frequente ao líder e aos seus auxiliares mais próximos, de acordo com os EUA e também receberam propina.

Comida subsidiada
O governo venezuelano criou, em 2016, um programa para vender comida subsidiada para os mais pobres. O nome em espanhol é Comités Locales de Abastecimiento y Producción (Clap).

O Clap, segundo os EUA, serviu para beneficiar aliados e punir adversários políticos.

Saab comprava comida de um distribuidor estrangeiro. Ele empacotava os alimentos fora da Venezuela e depois enviava os mantimentos ao país com uma alta taxa de lucro.

Ele fez isso com empresas que ele mesmo controlava diretamente ou com seus familiares.

Para conseguir operacionalizar esse esquema, ele também pagava propina, incluindo para um governador de estado e um ministro, dizem os EUA.

“A rede corrupta que controla o programa Clap permitiu que Maduro e sua família roubassem o povo venezuelano. Eles usaram comida como uma forma de controle social para beneficiar os seus apoiadores e punir os oponente, enquanto embolsavam centenas de milhões de dólares por meio de esquemas fraudulentos”, afirmou Steven Mnuchin, secretário de Tesouro dos EUA.

Acusado era atravessador no mercado de ouro
Em 2018, o governo da Venezuela tinha pouca moeda forte (como dólares ou euros), e começou a usar ouro para pagar contratos.

Saab assinou um contrato com um banco estatal de desenvolvimento. Ele passou a comprar outro de garimpeiros locais –o governo os pressionava a fazer isso.

Parte do ouro era refinado e revendido ao Banco Central da Venezuela e depois exportado aos Emirados Árabes e à Turquia.

Saab tinha uma empresa na Turquia, onde ele comprava bens em nome de clientes venezuelanos e os revendia com lucro.

G1
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O ministro Sérgio Moro afirmou nesta quinta-feira (25), em uma rede social, que o Ministério da Justiça e a Polícia Federal (PF) vão identificar e comunicar as centenas de vítimas de invasões de celulares dos supostos hackers que foram presos nesta semana em São Paulo. Segundo o titular da Justiça, haverá notificação para as vítimas de hackeamento, sejam elas autoridades ou não.

Na terça-feira (23), a PF prendeu, na Operação Spoofing, quatro suspeitos de envolvimento na invasão de celulares de autoridades. O próprio Moro foi um dos alvos dos supostos hackers.

Investigadores da Polícia Federal informaram nesta quarta (24) que já têm condições de afirmar, com base na apuração prévia, que aproximadamente 1 mil diferentes números telefônicos foram alvo do mesmo modus operandi usado para supostamente invadir o celular de Sérgio Moro.

Na internet, o ministro disse nesta quinta-feira que a invasão dos celulares não ocorreu por "falta de cautela" das vítimas. Ele destacou que o hackeamento se deu por uma vulnerabilidade no sistema do aplicativo de mensagens Telegram.

"A vulnerabilidade foi explorada por hackers criminosos e pessoas inescrupulosas. As centenas de vítimas, autoridades ou não, que tiveram a sua privacidade violada por meio de crime, serão identificadas e comunicadas pela Polícia Federal ou pelo MJSP [Ministério da Justiça]", escreveu Moro em uma das mensagens publicadas na internet.

"Pelo apurado, ninguém foi hackeado por falta de cautela. Não se exigia nenhuma ação da vítima. Não havia sistema de proteção hábil. Há uma vulnerabilidade detectada e que será corrigida graças à investigação da Polícia Federal", complementou o ministro em outro post.

G1
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A quinta chamada da lista de espera da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), pelo Sistema de Seleção Unificada 2019.2, foi divulgada nesta quinta-feira (25). As matrículas devem ser feitas presencialmente na coordenação do curso para qual o candidato foi aprovado.

Para realizar a matrícula, os convocados devem entregar cópias dos seguintes documentos (podendo optar por trazer os documentos autenticados ou os originais para que o servidor possa atestar a autenticidade): certificado de conclusão do Ensino Médio e Histórico Escolar; RG e CPF; prova de quitação com o Serviço Militar (no caso de candidatos do sexo masculino); Registro de Nascimento ou Certidão de Casamento; prova de quitação com o TRE, para maiores de 18 anos; e uma fotografia 3×4 recente.

As matrículas acontecem nos dias 26, 29 e 30 de julho, das 7h às 12h, na coordenação do curso para o qual foi aprovado e só será permitida aos estudantes que apresentarem todos os documentos exigidos no edital, não sendo permitida a complementação de documentos posteriormente.

G1 PB
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O "Future-se", programa anunciado na semana passada pelo Ministério da Educação para criar um novo modelo de gestão das universidades e institutos federais, fará a contratação, "num primeiro momento", apenas de organizações sociais (OS) já qualificadas pelo MEC ou por outros órgãos do governo federal.

Em entrevista ao G1, Arnaldo Barbosa de Lima Junior, secretário de Educação Superior (Sesu), explicou na tarde de sexta-feira (19) que o programa vai trabalhar com uma estratégia de "plano plurianual de objetivos", e que, no primeiro ciclo, serão incluídas as OS que já podem oferecer serviços dentro das atividades definidas no escopo do projeto de lei.

O que é uma organização social?

  • As OS são entidades de caráter privado, mas que ganham esse status social caso cumpram uma série de requisitos, como eficácia comprovada e fins sociais;
  • Elas foram criadas pela chamada Lei das Organizações Sociais, de 1998, e geram debate até hoje sobre a eficácia do modelo de gestão privada dentro de órgãos públicos;
  • O MEC nega que a proposta do "Future-se" vá privatizar as universidades federais e diz que o projeto não inclui a cobrança de mensalidades;
  • O modelo de OS já foi adotado em áreas como a saúde e a cultura, mas ainda não foi disseminado no setor educacional;
  • A melhoria, no caso da saúde, já foi atestada em alguns casos, como em hospitais da periferia da cidade de São Paulo, mas há também exemplos de corrupção, como um esquema de desvio de dinheiro público investigado pela Polícia Federal na Operação Calvário.

O texto preliminar do PL, divulgado na tarde de sexta-feira, diz que poderão participar do "Future-se" as OS que tenham atividades dirigidas às seguintes áreas:

  • ensino
  • pesquisa
  • desenvolvimento
  • inovação
  • proteção
  • preservação do meio ambiente
  • cultura
  • saúde

Além disso, o documento estipula que essas atividades precisam estar "relacionadas às finalidades do Programa". As instituições que escolherem aderir ao "Future-se" deverão aceitar o uso das OS contratadas pelo MEC e pelas universidades para realizar uma série de atividades de apoio.

O texto, que ainda é preliminar, está em consulta pública até 15 de agosto. A proposta divulgada na consulta pública (leia a íntegra aqui) é um resumo da minuta do PL, que pode ser baixado aqui.

Novos processos de qualificação
Lima reiterou que o MEC ainda vai analisar as respostas da consulta pública antes de finalizar o texto, e afirmou que organizações sociais que sejam criadas inclusive dentro das próprias universidades federais "vão poder [participar] num segundo momento", e que "as OS que quiserem entrar no futuro terão que fazer o seu termo de adesão".

O secretário garantiu que o programa "sempre vai premiar os melhores", e que ainda não estão definidos detalhes sobre quantas OS serão contratadas, se haverá uma rede de OS que atuará em mais de uma universidade, ou se uma mesma universidade poderá usar mais de uma OS.

"Pode ser uma [organização social], cinco, dez, pouco importa. Importa trabalhar em rede, com profissionais de conduta, da governança. A gente não vai adotar qualquer uma", disse Arnaldo Barbosa de Lima Junior.
"Independentemente do PL [projeto de lei], a qualificação sempre estará aberta. Fundações de apoio podem ser qualificadas", reiterou o secretário.

Ao G1, ele citou como exemplos de OS que já estão qualificadas e, portanto, poderão ser incluídas no primeiro ciclo do programa, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), uma organização social que já existe no MEC desde 2013 e dá apoio a universidades em ações de inovação; e o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), que desde 2000 se qualificou como OS e está vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e ao próprio MEC.

Pelo teor da consulta pública divulgada pelo MEC, os contratos teriam duração de quatro anos.

Resposta das fundações de apoio
A questão do uso das OS foi alvo de críticas porque várias universidades federais já são gerenciadas por fundações de apoio. Na terça-feira (16), na véspera do lançamento do programa, reitores que receberão uma prévia do programa pelo MEC afirmaram que, segundo a pasta, as fundações atuais não têm a estrutura necessária para se constituírem como organizações sociais.

Na quarta, após o lançamento oficial do programa, o Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies) divulgou um comunicado dizendo que "estranha que as 96 fundações de apoio à pesquisa científica, que apoiam hoje mais de 130 universidades públicas, não tenham sido mencionadas" no programa.

Na manhã desta quarta (24), o Confies se reúne no Rio de Janeiro para avaliar o teor da proposta do governo. Pelo menos 29 fundações já tinham confirmado presença até a tarde de terça (23).

Natureza jurídica não muda
O secretário do MEC ressaltou que, apesar de a pasta estar propondo um novo modelo de gestão às universidades, não se trata de um novo modelo jurídico, e que todas as instituições, independentemente de aderirem ou não ao "Future-se", seguirão sendo autarquias da administração pública indireta.

De acordo com Lima, a proposta não é mudar a natureza das universidades, mas mudar a legislação para expandir o leque de alternativas atuais das autarquias.

"É um arcabouço legal pra dar mais credibilidade", explicou Arnaldo Barbosa Lima, afirmando, ainda, que algumas atividades previstas no programa já são realizadas pelas universidades, mas a mudança na lei vai oferecer "segurança jurídica" a essas ações.

O que é o 'Future-se'?
O "Future-se" é um programa lançado pelo MEC que pretende criar um novo modelo de gestão para as universidades e institutos federais.

A adesão é voluntária, mas, se a universidade quiser participar, ela precisa aceitar os termos impostos pelo ministério, que incluirão uma série de critérios ainda a serem definidos para a avaliação da gestão, que passaria a ser feita com o apoio das organizações sociais.

Em contrapartida, as instituições teriam acesso a novas fontes de recursos, como fundos de investimento que poderão contar com dinheiro privado, cessão dos "naming rights" de edifícios e campi para empresas por retorno financeiro e programas de incentivo à inovação e à comercialização de produtos desenvolvidos dentro da instituição.

G1
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Em 13 anos, o uso abusivo de bebida alcoólica aumentou no país, chegando a atingir 17,9% da população adulta. De acordo com dados reunidos pelo Ministério da Saúde, no ano passado, o percentual era 14,7% maior do que o registrado em 2006 (15,6%). O dado consta da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada hoje (25).

No período, o maior crescimento se deu entre as mulheres. O percentual (11%), porém, continua sendo mais baixo do que o dos homens (26%). No início da análise, os percentuais eram de 7,7% e 24,8%, respectivamente.

Conforme destaca o ministério, entre mulheres, considera-se uso abusivo de álcool a ingestão de quatro ou mais doses em uma mesma ocasião, nos últimos 30 dias. Já no caso de homens, o comportamento se configura quando há ingestão de cinco ou mais doses.

O comportamento é visto com mais frequência entre grupos populacionais mais jovens e tende a diminuir à medida que a idade avança. Segundo a Vigitel, há preponderância entre homens de 25 a 34 anos (34,2%) e mulheres de 18 a 24 anos (18%). Já entre mulheres com mais de 65 anos, o percentual é de somente 2%, o que representa 5,2% a menos do que em homens da mesma idade (7,2%).

O uso abusivo de bebidas alcoólicas é um fator de risco que contribui para a ocorrência de acidentes de trânsito e para a suscetibilidade a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), que abrangem câncer, doenças respiratórias crônicas e cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC). Na perspectiva da Organização Mundial da Saúde (OMS), não há volume de álcool que possa ser classificado como "seguro", uma vez que a substância é tóxica para o organismo humano.

Mortalidade
O Ministério da Saúde calcula que 1,45% do total de óbitos registrados entre 2000 e 2017 pode ser "totalmente atribuído" à ingestão abusiva de bebidas, como doença hepática alcoólica. A estatística prova que a vulnerabilidade dos homens está diretamente relacionada à embriaguez. Eles morrem aproximadamente nove vezes mais do que as mulheres por causas ligadas exclusivamente ao álcool.

Em coletiva, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, afirmou que "a melhor estratégia" do poder público é orientar a população por meio de campanhas que evidenciem os malefícios das bebidas alcoólicas. Atualmente, o governo federal oferece, por meio da Política Nacional de Saúde Mental, atendimento a pessoas que sofrem de dependência do álcool (alcoolismo). O atendimento é disponibilizado gratuitamente, das unidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

Agência Brasil
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Enquanto parte dos brasileiros incorporou mais frutas e hortaliças à dieta e tem se exercitado mais, outra parcela da população está ficando mais obesa.

De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada hoje (24) pelo Ministério da Saúde, a taxa de obesidade no país passou de 11,8% para 19,8%, entre 2006 e 2018.

Foram ouvidas, por telefone, 52.395 pessoas maiores de 18 anos de idade, entre fevereiro e dezembro de 2018. A amostragem abrange as 26 capitais do país, mais o Distrito Federal.

Para o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, apesar de ter havido melhora no cardápio, o brasileiro ainda compra muitos itens calóricos e sem tanto valor nutricional. "Temos ainda um aumento maior de obesidade porque ainda há consumo muito elevado de alimentos ultraprocessados, com alto teor de gordura e açúcar." Segundo ele, o excesso de peso é observado sobretudo entre pessoas de 55 e 64 anos e com menos escolaridade.

O estudo mostra que, no período, houve alta do índice de obesidade em duas faixas etárias: pessoas com idade que variam de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos. Nesses grupos, o indicador subiu, respectivamente, 84,2% e 81,1% ante 67,8% de aumento na população em geral.

A capital com o menor índice de obesidade foi São Luís, com 15,7%. Na outra ponta, está Manaus, com 23% de prevalência.

O ministério destacou que, no ano passado, ocorreu uma inversão quanto ao recorte de gênero. Diferentemente do padrão verificado até então, identificou-se um nível maior de obesidade entre as mulheres. A percentagem foi de 20,7% contra 18,7% dos homens.

Além de conferir a prevalência de obesidade, a Vigitel reúne dados sobre o excesso de peso. Os pesquisadores concluíram que mais da metade da população brasileira (55,7%) se encontra nessa condição, índice que resultou de um crescimento de 30,8%, acumulado ao longo dos 13 anos de análise. Em 2006, a proporção de brasileiros com excesso de peso era de 42,6%.

Nesse quesito, o grupo populacional com predominância é o de pessoas mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos. As mulheres apresentaram um crescimento mais significativo do que os homens. O delas aumentou 40%, ao passo que o deles subiu 21,7%.

Mudança de hábitos
A pesquisa também constatou que os brasileiros têm seguido uma linha de hábitos mais saudável. O consumo regular de frutas e hortaliças, por exemplo, passou de 20% para 23,1%, entre 2008 e 2018, uma variação de 15,5%.

A recomendação é da ingestão de, no mínimo, cinco porções diárias desses alimentos, cinco vezes por semana, segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com base nessa referência, a Vigitel considera que as mulheres têm se alimentado melhor, já que 27,2% delas mantêm o consumo recomendado. Entre homens, a taxa é de 18,4% e, entre brasileiros, de 23,1%.

Mexendo o corpo
Outro registro positivo diz respeito à prática de atividades físicas no tempo livre. A taxa subiu 25,7%, na comparação de 2009 com 2018. O salto foi de 30,3% para 38,1%.

A dedicação a uma rotina de exercícios que dure ao menos 150 minutos semanais, é algo mais comum entre homens (45,4%) do que mulheres (31,8%). Adultos com idade entre 35 e 44 anos geraram o aumento mais expressivo na última década, de 40,6%.

A taxa global de inatividade física sofreu queda de 13,8% em relação a 2009. O percentual de inatividades das mulheres é de 14,2% e o dos homens, ligeiramente inferior, de 13%.

Ao mesmo tempo em que muitos deixam o sedentarismo, um número maior de pessoas também afasta da mesa refrigerantes e bebidas açucaradas. Ao todo, de 2007 a 2018, o índice de consumo desses produtos caiu 53,4% entre adultos das capitais.

Em material distribuído à imprensa, o ministério ressalta que uma das medidas do governo federal para promoção de uma alimentação adequada é um acordo fechado com representantes da indústria alimentícia, que se comprometeram a reduzir a quantidade de açúcar em produtos.

Segundo a pasta, o acordo, feito em novembro de 2018, deve atingir mais da metade das bebidas adoçadas, biscoitos, bolos, misturas para bolos, produtos lácteos e achocolatados que chegam às prateleiras dos mercados.

A previsão é de que 144 mil toneladas de açúcar deixem de ser usadas nos produtos até 2022.

Diabetes
No documento, o ministério ressalta que nos últimos anos os entrevistados da pesquisa Vigitel têm demonstrado um conhecimento mais amplo sobre saúde,o que facilita a descoberta de doenças como diabetes.

Na avaliação da pasta, outro fator que tem contribuído para os diagnósticos é o acesso às Unidades Básicas de Saúde (UBS), na Atenção Primária. De 2006 para 2018, houve um aumento de 40% no volume de pessoas diagnosticadas com a doença.

O balanço mais recente, feito no ano passado, contabilizou 7,7% da população adulta brasileira com o quadro de diabetes confirmado, proporção que era de 5,5% em 2006. As mulheres têm um percentual maior de diagnóstico: 8,1%. O índice dos homens é de 7,1%.

Segundo o ministério, no intervalo de 2008 a 2018, o acesso a medicamentos para diabetes aumentou em mais de 1.000%. No ano passado, foram distribuidos 3,2 bilhões de medicamentos a 7,2 milhões de pacientes. Em 2008, o quantitativo foi de 274 milhões de unidades entregues a 1,2 milhão de pacientes.

Atualmente, o SUS [Sistema Único de Saúde] oferta de forma gratuita o tratamento medicamentoso para a doença, entre eles, cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas NPH e regular. Em 2018, a pasta investiu R$ 726 milhões na aquisição dos medicamentos.

Agência Brasil
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