Novembro 28, 2024
Arimatea

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) poderão financiar o desenvolvimento e a produção de microchips e painéis solares. Essas atividades estão incluídas no novo Programa Brasil Semicondutores (Brasil Semicon), previsto no PL 13/2020, projeto de lei aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (21). Essa proposta segue para a sanção do presidente da República.

O projeto teve origem em iniciativa do deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM). O texto aprovado prevê investimentos em toda a cadeia produtiva do setor, visando oferecer maior competitividade aos chips fabricados no país.

Quando ainda estava em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a matéria recebeu parecer favorável do senador Omar Aziz (PSD-AM). Nesse relatório, ele destacou a importância dos setores de tecnologia da informação e comunicação (TIC) e de semicondutores para a economia mundial.

“Governos de diferentes países investem em medidas para diminuir a dependência das cadeias de suprimento externas de semicondutores, considerando que essa dependência, durante a pandemia da covid-19, resultou na paralisação da produção de diversas indústrias, pois são componentes com aplicabilidade em múltiplos processos produtivos”, enfatizou Omar Aziz.

Há estimativas de que o gasto global em TIC fique acima de US$ 5 trilhões em 2024. No ano passado, dos cerca de US$ 3,2 trilhões de dólares investidos no setor, apenas 1,6% (cerca de 50 bilhões) vieram para o Brasil. Ainda assim, o país está na décima posição global e em primeiro lugar na América Latina.

Padis
O projeto aprovado nesta quarta-feira também amplia a vigência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) até 2073. Antes dessa alteração, a previsão era que o programa terminaria em 2027. A nova data, também ampliada para a Lei de Informática, coincide com a concessão de benefícios para a Zona Franca de Manaus.

O texto inclui novas atividades, como o design de softwares para ambientes virtuais, como candidatas à desoneração de impostos. Também acaba com a exigência de lista prévia governamental para aquisição de insumos incentivados.

No caso dos financiamentos às empresas, a contrapartida aos investimentos poderá ser calculada sobre o faturamento total das empresas, e não apenas sobre as vendas internas, como ocorre atualmente.

Reavaliação periódica
Omar Aziz argumentou que as indústrias de TIC e de semicondutores aumentam a competitividade nacional, criam empregos de alto valor agregado e geram renda. Por isso, ele defendeu uma reavaliação periódica dos incentivos ao setor de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

O senador amazonense concordou com o término do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital (PATVD). O programa estava previsto na Lei 11.484, de 2007, e envolvia subsídios que foram questionados na Organização Mundial do Comércio (OMC) pela União Europeia e pelo Japão.

Agência Senado
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Foi convocada para esta quinta-feira (22), às 15h30, sessão solene do Congresso Nacional para a promulgação da Emenda Constitucional 133, que estabelece novas regras para os partidos políticos na aplicação de recursos destinados a candidatos negros. A nova emenda constitucional teve origem na aprovação da PEC 9/2023. A sessão será no Plenário do Senado Federal.

O texto que será promulgado perdoa os débitos dos partidos que descumpriram a aplicação mínima de recursos em candidaturas de pretos e pardos nas eleições passadas. Mas, para que os débitos sejam efetivamente cancelados, esses valores deverão ser investidos em candidaturas de pretos e pardos nas quatro eleições a serem realizadas a partir de 2026.

A emenda também obriga os partidos políticos a destinarem 30% dos recursos do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário às candidaturas de pessoas pretas e pardas. Essa cota não inclui os valores correspondentes aos recursos não aplicados nas eleições passadas. A exigência da aplicação de 30% dos recursos nessas candidaturas já é válida para as eleições deste ano.

O texto estende, ainda, a imunidade tributária de partidos políticos (e seus respectivos institutos ou fundações) a sanções de natureza tributária, exceto as previdenciárias.

Refis para partidos
A emenda cria um programa de refinanciamento de dívidas semelhante ao Refis, mas específico para partidos políticos, seus institutos ou suas fundações. O objetivo é que a dívida original seja submetida apenas à correção monetária — e que sejam perdoados juros e multas acumulados.

Os partidos poderão parcelar as dívidas previdenciárias em até 60 meses e os demais débitos em até 180 meses. Os partidos, seus institutos ou suas fundações poderão usar recursos do Fundo Partidário para pagar as multas e outras sanções por descumprimento da lei eleitoral e os débitos de natureza não eleitoral.

Os recursos desse fundo poderão ser utilizados para atender a outras determinações da Justiça Eleitoral, como a devolução ao Tesouro de recursos públicos ou privados, inclusive os de origem não identificada.

As novas regras valerão para os órgãos partidários nacionais, estaduais, municipais e zonais e para as prestações de contas de exercícios financeiros e eleitorais, independentemente de terem sido julgados ou de estarem em execução, mesmo que transitados em julgado.

Agência Senado
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O governador João Azevêdo esteve, nesta quarta-feira (21), na sede do Banco do Brasil, em Brasília, ocasião em que assinou contrato de conta único com a instituição financeira, atendendo a Lei 14.133. O gestor também recebeu, no Escritório de Representação Institucional, representantes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), oportunidade em que discutiu o lançamento do programa ‘Acredita’ na Paraíba.

O governador João Azevêdo fez uma avaliação positiva da celebração do contrato com o Banco do Brasil. “Tivemos uma reunião extremamente produtiva com a diretoria do Banco, uma oportunidade de fortalecermos a parceria com a instituição, que colocou os seus serviços à disposição do Estado, possibilitando, por exemplo, operações de crédito”, comentou.

Com a celebração do contrato de conta única, o Banco do Brasil ficará responsável pela centralização dos recursos arrecadados e aplicados pelo estado.

Na reunião com representantes do MDS, o gestor paraibano tratou da parceria com o governo federal para o lançamento do programa Acredita, que tem o objetivo de incentivar o empreendedorismo. O gestor destacou ações já em andamento pelo governo, a partir do programa Empreender e destacou a importância de fortalecer a política pública de incentivo à geração de renda e qualificação da mão de obra.

O secretário de Inclusão Socioeconômica do MDS, Luiz Carlos Farias, destacou que o programa Acredita conta com o apoio de diversos Ministérios, Sistema S, Confederação Nacional do Transporte (CNT), além de empresas nacionais. “O Acredita não é apenas um programa de crédito, mas de qualificação para o emprego e para o empreendedor, auxiliando quem tem perfil para empreender”, explicou.

Participaram das reuniões , os auxiliares da gestão estadual Gilmar Martins (secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão), Pollyana Dutra (secretária do Desenvolvimento Humano), Marialvo Laureano (secretário da Fazenda), Fábio Brito (procurador-geral do Estado), Deusdete Queiroga (secretário da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos), Luciano Galdino (secretário da Representação Institucional), Adauto Fernandes (secretário executivo da Representação Institucional) e Ronaldo Guerra (chefe de Gabinete do Governador).

Também estiveram presentes Alisson Ramos Santos (diretor de Apoio ao Empreendedorismo do MDS), Fernanda Norat (coordenadora do MDS) e Andressa Nascimento (assessora do MDS). A reunião no Banco do Brasil contou com as presenças de José Ricardo Sasseron (vice-presidente de Negócios, Governo e Sustentabilidade Empresarial), Euler Antônio (diretor de Negócios de Governo), Cleiton Santos (assessor da vice-presidência de Governo), Maria Cristina Vieira (assessora do Comitê da vice-presidência de Governo) e Daniela Pavinski (gerente de Soluções).

Governo da Paraíba
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João Azevêdo destaca capacidade de investimentos e equilíbrio financeiro da Paraíba ao celebrar a 1ª colocação no Nordeste no Ranking de Competitividade

O governador João Azevêdo participou, nesta quarta-feira (21), em Brasília, do painel “Competitividade no Setor Público: Dados e Evidências como Pilares da Transformação”, promovido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), ocasião em que destacou as ações do governo que fizeram a Paraíba se consolidar como o estado mais competitivo do Nordeste.

Na oportunidade, o chefe do Executivo estadual ressaltou a capacidade de investimentos da Paraíba em função do equilíbrio fiscal e financeiro. “Planejamento e governança caminham juntos em nossa gestão para definir as ações de governo, resultado do ajuste financeiro que fez com que saíssemos da 18ª para 10ª posição no PIB, que nos colocou como rating A pela Secretaria do Tesouro Nacional e rating AAA pela S&P Global Ratings. Além disso, nós realizamos plenárias do Orçamento Democrático em que a população de todo o estado é ouvida e aponta as prioridades da cada região”, frisou.

O gestor também celebrou os excelentes resultados da Paraíba no Ranking de Competitividade dos Estados. “Em vários eixos, a Paraíba ficou no top 10. Nós continuamos sendo a melhor segurança pública do Norte/Nordeste, na infraestrutura, subimos seis posições na Educação, fruto do compromisso e da dedicação de todo time de governo que faz com que a população da Paraíba seja beneficiada com essas ações”, acrescentou.

A Paraíba se destacou, no Ranking de Competitividade, em pilares como Segurança Pública, Infraestrutura, Solidez Fiscal, Inovação e Sustentabilidade, evidenciando avanços significativos em áreas fundamentais para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e para o desenvolvimento econômico.

Ranking de Competitividade dos Estados - é baseado na avaliação de pilares e indicadores que medem o desempenho dos estados em dois conjuntos principais de critérios: os critérios ESG (ambiental, social e governança) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Este estudo é amplamente reconhecido por fornecer uma visão detalhada e confiável sobre a capacidade de gestão e o potencial de desenvolvimento de cada estado.

Com esses resultados, a Paraíba demonstra sua eficácia em implementar políticas públicas voltadas para o progresso e a qualidade de vida de seus cidadãos, destacando-se como um exemplo positivo no cenário nordestino e nacional.

O ranking elaborado pelo Centro Liderança Pública é reconhecido como uma ferramenta crucial para auxiliar na tomada de decisões estratégicas por líderes públicos.

Governo da Paraíba
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A Caixa Econômica Federal paga nesta quinta-feira (22) a parcela de agosto do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 4.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 681,09. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 20,76 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,12 bilhões.

Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família. O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Cadastro
Desde julho do ano passado, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, cerca de 170 mil famílias foram canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.

Em compensação, outras 200 mil famílias foram incluídas no programa neste mês. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas), que se concentra nas pessoas mais vulneráveis com direito ao complemento de renda, mas que não recebem o benefício.
Regra de proteção

Cerca de 2,74 milhões de famílias estão na regra de proteção em agosto. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 371,04.

Auxílio Gás
O Auxílio Gás também será pago nesta quarta-feira às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 2. O valor foi mantido em R$ 102, por causa das reduções recentes no preço do botijão.

Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia cerca de 5,8 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Agência Brasil
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O ex-presidente argentino Alberto Fernández mandou várias mensagens e fez um apelo à ex-mulher, Fabiola Yañez, no dia em que ela deu seu primeiro depoimento à Justiça sobre as fotos em que aparece com hematomas, fruto de uma suposta agressão do então companheiro, no dia 28 de junho.

O site de notícias argentino Infobae teve acesso a uma conversa entre o ex-casal, horas antes da ex-primeira-dama falar em uma audiência online com o juiz Julián Ercolini sobre as mensagens e fotos encontradas no celular da ex-secretária de Fernández, María Cantero, durante perícia realizada na investigação sobre possíveis atos de corrupção no governo.

Em mensagem enviada 15 minutos antes da audiência começar, Fernández pede:

"Você não deveria ter que passar por isso. (...) Meu conselho é que fale o mínimo possível. Essa é a melhor garantia de que não se torne notícia".

Quatro horas antes, em seu primeiro contato, o ex-presidente da Argentina pede que a ex-mulher atenda o advogado Juan Pablo Fioribello e avisa: "O assunto é muito grave". Um dia antes, o profissional havia sido chamado para uma conversa reservada sobre o conteúdo encontrado no celular da secretária, que mostrava a violência contra a ex-primeira-dama.

Sem resposta, na mesma hora, Fernández fez uma chamada de áudio pelo próprio aplicativo de mensagens para Yañez. Os dois conversaram por 10 minutos. Cerca de uma hora depois, ele mandou um longo pedido de desculpas:

"Sinto muito por tudo. Percebo que está muito magoada, nunca quis que as coisas fossem como foram. Sempre te amei e passamos por um momento conturbado que certamente não me deixou te dar a atenção que você merecia. Hoje estou muito triste por tudo. Não tenho vontade de viver. Sonhava outra coisa ao seu lado. Te peço perdão pelo dano que, sem querer, te causei. Beijo grande".

Sete minutos depois, Fabiola responde apenas: "Já falei com o Juan Pablo. Fique tranquilo. Vou fazer o que me disse para fazer".

Mais de duas horas depois, ela volta a tentar falar com o ex-marido, que não atende duas ligações nem responde suas mensagens. Apenas uma hora e meia depois, Fernández aparece novamente dizendo que lamenta e dando o conselho antes da audiência.

Neste dia, ao ser confrontada pelo juiz com as fotos e mensagens que enviou à secretária do ex-marido e questionada se gostaria de apresentar uma denúncia sobre violência de gênero, Yañez se recusou a prestar queixa e também a ver as imagens mandadas a Cantero em 2021.

Com a decisão da ex-primeira-dama, o contato entre eles seguiu tranquilo. A situação só mudou, segundo o Infobae, quando, no dia 3 de agosto, o ex-presidente soube que o jornal "Clarín" iria publicar as mensagens e fotos enviadas pela ex e passou a pressioná-la.

No dia 6, Fabiola procurou o juiz Ercolini e deu a entender que estava sendo ameaçada para não fazer a denúncia. Fernández foi denunciado por violência doméstica e assédio e proibido de deixar o país.

As acusações contra Alberto Fernández
Alberto Fernández, ex-presidente da Argentina, foi formalmente acusado por lesões graves, ameaças e abuso de poder contra a ex-mulher no dia 14 de agosto depois que a ex-primeira-dama Fabiola Yañez denunciou o ex-presidente por violência doméstica no início de agosto.

Fernández chegou a ser alvo de buscas e teve o passaporte cassado. Ele nega o crime.

De acordo com o jornal "El Clarín", o promotor federal Ramiro González ampliou as acusações contra Fernández por violência de gênero após o depoimento de Yañez. Ela relatou o caso durante uma audiência, na terça-feira (13).

Em um primeiro momento, o ex-presidente era investigado por lesões leves contra a ex-primeira-dama. Agora, a investigação também enquadra lesões graves duplamente qualificadas, com abuso de poder e autoridade. Ele também foi acusado de ameaças coercitivas.

No depoimento, a ex-primeira-dama afirmou que era alvo de episódios diários de violência reprodutiva, institucional, verbal, física e doméstica, além de constantes traições. Ela também disse que foi forçada por Fernández a fazer um aborto.

Diante do relato de Yañez, a promotoria entendeu que a ex-primeira-dama foi vítima durante oito anos de um crime maior do que lesões leves.

O Ministério Público da Argentina também determinou que outras quatros pressoas sejam ouvidas como testemunhas no caso, incluindo uma ex-secretária de Fernández e um médico que cuidava da saúde da família.

Entenda a denúncia
Yañez, de 43 anos, e Fernández, de 65, noivaram em 2016 e tiveram um filho em 2022, chamado Francisco. Atualmente, a ex-primeira-dama vive em Madri com o filho, enquanto o ex-presidente mora em Buenos Aires.

A agência AFP informou que a denúncia surgiu após o vazamento para a imprensa de mensagens entre Yañez e a secretária particular de Fernández, María Cantero. Nestas mensagens, a ex-primeira-dama teria relatado agressões sofridas do então presidente, inclusive com fotografias.

Além disso, o celular de Cantero passou por uma perícia durante as investigações de um outro caso que envolve Fernández. O ex-presidente é suspeito de envolvimento em um esquema de corrupção durante o governo dele.

O advogado de Yañez, Juan Pablo Fioribello, afirmou que a ex-primeira-dama entrou em contato com o juiz Julián Ercolini para denunciar as agressões. O magistrado é o mesmo que acompanha as investigações de corrupção

O relato da ex-primeira-dama
Yañez participou de uma audiência com o Ministério Público na terça-feira, diretamente do Consulado da Argentina em Madri. Na conversa, ela informou datas e locais onde as agressões teriam acontecido.

Ela afirmou que o relacionamento dos dois começou há mais de 14 anos, sendo que os dois noivaram durante uma viagem para Paris, em 2016. Segundo a ex-primeira-dama, ela era alvo de assédio psicológico antes de os dois morarem juntos.

“Eu devia permanecer atenta às suas chamadas telefônicas que se repetiam a ponto de eu não poder interagir com terceiros e ter uma vida normal, como sair com amigas porque eu tinha de responder às suas mensagens a cada três minutos”, afirmou.

Yañez disse que ficou grávida em 2016, mas contou que a gestação foi rejeitada por Fernández. Segundo ela, o ex-presidente a forçou cometer um aborto.

“Ele me dizia: ‘não posso contar a ninguém que terei um filho com você em tão pouco tempo’ e ‘é preciso resolver isso. Você tem de abortar’.”

Depois do aborto, a ex-primeira-dama disse que decidiu se mudar para Londres. No entanto, Fernández prometeu que iria ser uma nova pessoa e que queria se casar com ela. Os dois retomaram o relacionamento. Yañez afirmou que o assédio e a perseguição ressurgiram pouco tempo depois.

A ex-primeira-dama relatou ainda que foi vítima de violência física dentro da residência presidencial argentina de Olivos.

“Tínhamos discutido muito, como já era habitual e, para acabar com a discussão, ele me bateu, virando do seu lado da cama para o meu com um soco terrível. Gritei: ‘o que você me fez?!’, mas ele não disse nada. Virou e, com esse soco, terminou a discussão”, revelou.

Ela contou também que foi alvo de violência mesmo após engravidar novamente, em 2022. Yañez afirmou ainda, que no fim do mandato de Fernández como presidente, ela passou a ser vítima de socos diários.

“Ele abusava do poder e do cargo para me submeter, para me vulnerar e para me silenciar, exercendo violência inclusive quando eu estava grávida do seu próprio filho.”

g1
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Ninguém pode reclamar de um jogo morno no Allianz Parque. O Botafogo abriu 2 a 0, cedeu o empate e viu o nível de sufoco bater no teto quando Gustavo Gómez fez o terceiro gol do Palmeiras - que levaria a decisão da vaga nas quartas da Conmebol Libertadores para os pênaltis. O lance acabou anulado por toque no braço do zagueiro. O Botafogo segue no torneio continental!

Primeiro tempo sem gols
O primeiro tempo entre Palmeiras e Botafogo manteve um ritmo forte, mas gol que é bom, nada. O clube carioca começou melhor e deu as cartas nos primeiros 15 minutos de jogo, mas o Palmeiras soube se recolocar na partida e pressionar o gol de John, ainda que de forma previsível, com Estêvão predominando pela direita. As chances mais claras surgiram em chute de Savarino na trave e cabeceio de Flaco López, nas costas de Bastos, para fora.

No segundo tempo, em compensação...
Nem um, nem dois, nem três: o segundo tempo no Allianz Parque teve quatro gols, dois de cada lado (e outro anulado)! O Botafogo ampliou sua vantagem na eliminatória com Igor Jesus, e Savarino deixou os cariocas com uma folga ainda maior na sequência. Ao menos, era o que se pensava. A partir dos 40 minutos, o Palmeiras colocou três bolas na rede em oito minutos, mas apenas os gols de Flaco López e Rony foram validados. O gol de Gustavo Gómez, que levaria a decisão aos pênaltis, foi anulado por toque no braço, após revisão do VAR. O resultado garante o avanço do Botafogo no placar agregado, por 4 a 3!

E agora?
O Palmeiras se despede da Libertadores e perde a chance de se isolar como maior campeão da Libertadores no futebol brasileiro. O Botafogo, por sua vez, segue em busca do título inédito e aguarda a definição de seu adversário, que sairá do confronto São Paulo x Nacional (URU), nesta quinta-feira.

De volta às quartas
Com o avanço nesta quarta-feira, o Botafogo retorna às quartas de final pela primeira vez desde 2017 - justamente a última participação alvinegra, antes de 2024, na Libertadores. Na ocasião, o time comandado por Jair Ventura enfrentou o Grêmio após desbancar o Nacional-URU nas oitavas, mas foi eliminado pelo Tricolor na Arena.

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O Fortaleza venceu o Rosario Central por 3 a 1 nesta quarta-feira, na Arena Castelão, e garantiu vaga nas quartas de final da Sul-Americana. O Rosario saiu na frente com Mallo no início do segundo tempo. Lucero deixou tudo igual minutos depois. Na sequência, Pikachu fez o gol da vitória no Castelão. Nos acréscimos, Lucas Sasha definiu o placar em 3 a 1.

PRIMEIRO TEMPO
O primeiro tempo não foi bonito de assistir. O Fortaleza não teve nenhuma finalização contra o gol de Broun. João Ricardo tampouco precisou fazer alguma defesa contra o Rosario. O Laion insistia em jogadas pela direita com Pikachu, mas o camisa 22 não conseguia vencer a defesa argentina. Breno Lopes não conseguia as jogadas de velocidade e Lucero não teve nenhuma oportunidade na frente. O Rosario só teve um chute de fora da área de Ibarra. Até passou perto, mas foi direto pela linha de fundo. Um primeiro tempo de pouca inspiração e muita transpiração das duas equipes.

SEGUNDO TEMPO
No segundo tempo, a partida melhorou. Aos dois minutos, Mallo conseguiu abrir o placar na bola parada. Mas o Fortaleza se recuperou logo. Aos seis minutos, Lucero recebeu ótimo passe de Pikachu e deixou tudo igual. Aos 32, foi a vez de Pikachu marcar o dele após belo passe de Tinga. Era a virada do Laion. Com o resultado, Vojvoda pode fechar mais o Tricolor, enquanto o Rosario buscava o empate de todas as formas. No fim, Sasha ainda fez o terceiro e o time cearense conseguiu o resultado para garantir a vaga nas quartas de final da Sula.

E AGORA?
O Fortaleza agora enfrenta o Corinthians nas quartas de final da Sul-Americana. Por ter melhor campanha, o Timão decide o mata-mata em casa, com a primeira partida sendo na Arena Castelão. As datas do confronto ainda não estão definidas.

Assim não pode...
Após a vitória do Fortaleza sobre o Rosario Central por 3 a 1 nesta quarta-feira, pelas oitavas da Sul-Americana, a porta de um dos vestiários da Arena Castelão foi danificada. Após o jogo, foi possível ver buracos deixados na estrutura de entrada do vestiário do time argentino.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para desconto de dívidas de produtores rurais do Rio Grande do Sul. O texto foi publicado nesta quinta-feira (22) no Diário Oficial da União e ocorre um dia após reunião entre o petista e o governador gaúcho, Eduardo Leite.

De acordo com o governo, os recursos vão beneficiar a liquidação e renegociação das operações de custeio, investimento ou industrialização contratadas por produtores gaúchos que tiveram perdas materiais em decorrência das enchentes e das chuvas ocorridas neste ano, além da prorrogação de parcelas de empréstimos.

No último dia 12, Lula assinou decreto que regulamentou a concessão do desconto aos produtores rurais. Os descontos valem para os municípios que tiveram estado de calamidade pública ou em situação de emergência reconhecido pelo Poder Executivo Federal.

O texto também concede subvenção econômica em forma de desconto para produtores que tenham sofrido perdas iguais ou superiores a 30%, cuja parcelas tenham sido contratadas até o dia 15 de abril deste ano e tenham vencimento entre 1º de maio e 31 de dezembro de 2024.

Encontro entre Lula e Leite
Lula e Leite se encontraram na última quarta-feira (21), no Palácio do Planalto, em Brasília. Na ocasião, as autoridades discutiram a sequência das ações tomadas pelo governo federal de reconstrução do estado gaúcho. Além disso, o governador voltou a criticar o presidente.

“Não precisamos pensar igual, precisamos pensar na população. Se fomos capazes de pensar no Brasil e na população do Rio Grande do Sul neste momento, a gente supera as diferenças e entrega o que tem que ser entregue. O presidente falou que o governador tem que agradecer. Eu faço agradecimento, mas não deixo de demandar, não deixo de reclamar, não deixo de criticar, se for o caso, e entendo que é meu papel”, disse.

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Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gabriel Boric (Chile) intensificaram as discussões para a implementação de uma rota rodoviária de aproximadamente 2.300 km de extensão entre os dois países para ser possível ligar os oceanos Pacífico e Atlântico e, assim, aumentar a integração e a relação entre os países para facilitar o transporte de cargas e passageiros, como a redução em até 12 dias no trânsito de mercadorias. A iniciativa tem sido chamada de corredor bioceânico e tem o potencial de abrir mercado para 180 milhões de consumidores.

A criação da rota é um plano antigo. O objetivo dela é ligar portos do norte do Chile a Campo Grande (MS). A capital de Mato Grosso do Sul foi escolhida para ser um dos extremos do corredor por estar localizada no centro da América do Sul e ter vasta conectividade rodoviária com o restante do território brasileiro e países vizinhos, o que pode fazer com que a cidade se torne o centro redistribuidor de insumos e produtos para locais como o Porto de Santos (SP).

Além de Brasil e Chile, o Paraguai e a Argentina são sócios na obra. Os países discutem, também, como garantir que os serviços fronteiriços e logísticos sejam ágeis e modernos para assegurar a eficiência da construção de uma “megarodovia” como essa. Ainda não há data para a conclusão das obras.

O empreendimento promete diminuir os custos e a duração do transporte de cargas. Segundo estimativa feita pelo Ministério de Relações Exteriores em 2020, uma mercadoria chilena que entra no Brasil por via terrestre, por meio de São Borja (RS) ou Uruguaiana (RS), percorre 4.516 km para chegar a Campo Grande. Com o corredor bioceânico, essa distância seria reduzida para 2.396 km.

Em outra projeção feita pela pasta, os custos da exportação de carne do Brasil para o Chile poderiam passar de cerca de US$ 229 por tonelada para aproximadamente US$ 174 por tonelada com a carga sendo levada pelo corredor.

No início deste mês, Lula e Boric debateram o assunto durante viagem do brasileiro a Santiago.

“O Chile pode ser a ponta de saída de produtos brasileiros para o Pacífico e o Brasil pode suprir o mesmo papel para acesso das exportações chilenas ao continente africano. A conclusão desses corredores permitirá uma economia de, no mínimo, mil dólares para cada contêiner exportado para a Ásia e Pacífico, bem como a redução do tempo de transporte de mercadorias em pelo menos 15 dias”, explicou Lula sobre o corredor.

R7
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