Novembro 22, 2024
Arimatea

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A Universidade Federal de Goiás (UFG) anunciou o desenvolvimento de uma nanopartícula capaz de capturar a cocaína em circulação na corrente sanguínea e, assim, evitar os efeitos da droga, até mesmo quando consumida em quantidades que causam “overdose” e podem levar à morte.

A nanopartícula é administrada por meio de medicamento intravenoso. Testes feitos com ratos nos laboratórios do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Fármacos, Medicamentos e Cosméticos da UFG, o FarmaTec, indicam a capacidade de captura de até 70% da cocaína no organismo e o retorno quase imediato da pressão arterial e dos batimentos cardíacos ao estado normal.

“A pressão arterial e os batimentos cardíacos começam a voltar ao normal cerca de dois minutos após a administração da nanopartícula que desenvolvemos”, diz a farmacêutica Sarah Rodrigues Fernandes, em material de divulgação da UFG. Ela é autora da pesquisa, que resultou em sua dissertação de mestrado defendida há três semanas no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da universidade.

“Ao capturar a cocaína, a nanopartícula mantém a droga aprisionada em seu interior. Não permite que a droga se difunda pelo cérebro ou outras regiões do organismo. Possibilita, então, que haja tempo para uma terapia de resgate”, explica à Agência Brasil a farmacêutica Eliana Martins Lima, orientadora do trabalho e professora de nanotecnologia aplicada à área farmacêutica.

A cocaína aprisionada na partícula é retida pelo fígado na passagem da corrente sanguínea e é destruída no metabolismo feito pelo órgão.

“O que nós buscamos com isso foi viabilizar uma forma de que, no momento em que o paciente começa a perder sinais vitais, seja possível ao médico ou ao Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] salvá-lo, reduzindo aquela dose tóxica que está na corrente sanguínea”, acrescenta a orientadora, que trabalhou como professora visitante no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

Inovações

O experimento bem-sucedido traz duas inovações. Além de obter resultados quase imediatos para diminuir os efeitos da cocaína, a pesquisa muda e acrescenta o modo de usar nanotecnologia em terapias com medicamentos.

Desde os anos 1990, a nanotecnologia é utilizada para levar de forma mais eficaz partículas aos alvos no organismo que precisam de recuperação e proteção. O experimento mostra que a nanotecnologia também pode ser proveitosa para buscar e aprisionar substâncias e reverter um quadro crítico.

As chamadas partículas nanométricas, obtidas a partir de componentes químicos orgânicos naturais (lipídeos) e de moléculas de baixa massa (polímeros), são extremamente pequenas (1 nanômetro é 1 milhão de vezes menor que o milímetro) e, por isso, eficientes na circulação sanguínea.

Comercialização

A eventual disponibilização do medicamento para uso no socorro de pessoas em processo de overdose depende de parceria entre a universidade e laboratórios farmacêuticos. Até poder ser utilizado em seres humanos, o medicamento deve ser submetido a testes clínicos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A produção de medicamento é investimento de médio a longo prazo. Além dos testes, a indústria farmacêutica precisa custear os laboratórios de fabricação em massa e fazer a comercialização. O laboratório que venha a se associar para a produção deverá fazer o registro para a venda.

“Nosso papel como universidade pública é formar pessoas altamente qualificadas, jovens cientistas, pesquisadores e, no meio desse caminho, produzir conhecimento novo. É muito importante, agora, que as indústrias farmacêuticas, percebam a capacidade de contribuir com esse processo de inovação e, dessa forma, identifiquem que vão conseguir manter um espaço importante no mercado”, diz Eliana.

Agência Brasil
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A edição de 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já atingiu a marca de 3 milhões de inscritos. O balanço foi divulgado pelo Ministério da Educação e contabiliza os inscritos até as 22h de ontem. As inscrições foram abertas no último dia 6 e vão até o dia 17 de maio, pela internet. As provas do Enem serão aplicadas em dois domingos, 3 e 10 de novembro.

Do total de inscritos, 63% estão isentos do pagamento da taxa de inscrição. A taxa para o Enem é de R$ 85 e deve ser paga até o dia 23 de maio. O participante terá até 17 de maio para atualizar dados de contato, escolher outro município de provas, mudar a opção de língua estrangeira e alterar atendimento especializado e/ou específico. Após esse prazo, não serão mais permitidas mudanças.

O candidato que precisar de atendimento especializado e específico deve fazer a solicitação durante a inscrição. O prazo para pedidos de atendimento por nome social vai de 20 e 24 de maio.

Quem já concluiu o ensino médio ou vai concluir este ano pode usar as notas do Enem, por exemplo, para se inscrever em programas de acesso à educação superior como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Programa Universidade para Todos (ProUni) ou de financiamento estudantil.

A prova também pode ser feita pelos chamados treineiros – estudantes que vão concluir o ensino médio depois de 2019. Neste caso, os resultados servem somente para autoavaliação, sem possibilidade de o estudante concorrer efetivamente às vagas na educação superior ou para bolsas de estudo. Esses participantes devem declarar ter ciência disso já no ato da inscrição.

Dicas de Estudo
Para reforçar o conhecimento dos candidatos, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) oferece várias estratégias gratuitas, como o Questões Enem, no qual os estudantes têm acesso a um atualizado banco de dados que reúne provas de 2009 até 2018. O site permite a resolução das questões online, com o recebimento do gabarito. Já pelo perfil EBC na Rede, é possível acompanhar a série Caiu no Enem.

Agência Brasil
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O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) lançou seu plano de integridade. A iniciativa reúne um conjunto de medidas para monitorar as atividades do órgão com o objetivo de prevenir e combater irregularidades, bem como práticas de corrupção.

Uma das frentes de atuação será a capacitação e conscientização de servidores. Outro esforço será o de estabelecer uma política de gestão de riscos e controles internos.

Em evento hoje na sede do órgão para discutir a iniciativa, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, destacou a necessidade das equipes adotarem o plano na prática e aplicarem as medidas previstas como forma mais eficaz de fiscalizar as atividades e os repasses financeiros do fundo para combater irregularidades.

“Ninguém, nem o servidor da CGU, vai conhecer mais os riscos do que vocês mesmos. A gente pode funcionar como um orientador do modelo, como um a pessoa que vai ditar como o sistema funciona, mas não vamos ter o nível de conhecimento que vocês têm da área de vocês”, disse Rosário.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, enfatizou a importância da busca pela integridade em ministérios. “O combate à corrupção e a busca por eficiência, uma coisa alimenta a outra. Quanto mais controle, mais transparência, mais institucionalidade, melhor a gestão e a eficiência. Temos que ter instituições fortes”, defendeu.

Executivo Federal
A adoção do plano de integridade pelo FNDE faz parte do programa geral do Executivo Federal. A iniciativa previa que todos os órgãos da administração pública implementassem planos e medidas até março deste ano. Entre essas estão sistemas de ouvidorias, fluxos para o recebimento e encaminhamento de denúncias, adoção de mecanismos para fiscalizar irregularidades, como nepotismo.

Conforme Wagner Rosário, na Esplanada falta um ministério a cumprir a meta estabelecida. Do total de órgãos públicos federais (187), 52% criaram seus planos. Além dos planos pelos órgãos, o ministro informou que a CGU vem fiscalizando licitações por meio de sistemas de inteligência artificial.

Estados e municípios
O titular da CGU destacou que além do governo federal, outro desafio é implementar medidas deste tipo em estados e municípios. Uma medida da CGU foi disponibilizar um sistema de ouvidoria a esses órgãos, o que foi feito em mais de 800 instituições públicas nessas esferas da federação.

Agência Brasil
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Os programas de pós-graduação mais bem avaliados do país, com notas 6 e 7, não serão atingidos pelo bloqueio de bolsas promovido pelo Ministério da Educação (MEC). A informação foi dada pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Anderson Correia, em entrevista coletiva realizada em Brasília nesta quinta-feira (9).

Segundo Correia, a suspensão atingiu cerca de 3,5 mil bolsas ociosas, o que equivale a 1,75% do total de 200 mil benefícios deste tipo cadastrados na Capes. O diretor de gestão da instituição, Anderson Lozi, classificou a decisão como “o menor impacto possível”. De acordo com o presidente da Capes, a medida também não vai abranger bolsistas no exterior.

Anderson Correia justificou a decisão como parte dos cortes que o governo federal está promovendo em todas as pastas e áreas do Executivo Federal. A economia com a suspensão seria de R$ 50 milhões. De acordo com Correia, mais medidas estão sendo estudadas como a redução de novas bolsas de programas mal avaliados.

O presidente da instituição afirmou que há possibilidade de um desbloqueio no futuro. “Cabe lembrar que estas ações podem ser revertidas mais a frente caso haja descontingenciamento em razão da economia do país”, pontuou.

Perguntado por jornalistas sobre casos em que as bolsas não estariam ativas porque estariam sendo repassadas a novos alunos, o presidente da Capes informou que o órgão pode fazer uma avaliação. “Geralmente, as universidades alocam alunos no começo de cada semestre, ou fevereiro ou em agosto. Não é comum a entrada de novos alunos em maio. Mas se houver exceções, podemos estudar caso a caso”, disse.

Bloqueio
Nesta semana, o Ministério da Educação bloqueou bolsas não ativas de cursos de todo o país. O presidente da Capes afirmou que a medida atingiu aquelas consideradas “ociosas”, tendo sido preservadas as vigentes. A iniciativa gerou questionamentos por parte das universidades federais e entidades de professores e estudantes.

Em nota, a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) ponderou que o bloqueio “tem deixado a comunidade acadêmica, especialmente os pós-graduandos, aflitos e temerosos com o futuro, uma vez que essas bolsas de estudos são a única fonte de renda para os estudantes que estão se preparando para dedicar integralmente a produção científica do país, contribuindo para o desenvolvimento nacional."

Agência Brasil
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O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta sexta-feira (10) que o governo federal "não vê necessidade" de modificar o decreto que alterou regras sobre armas e munições no país.

Segundo o ministro, as equipes técnicas da Presidência e da Casa Civil analisaram o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na terça-feira (7) e não foram encontradas "inconstitucionalidades" no texto.

O decreto, entre outras medidas, facilitou o porte de arma para um conjunto de profissões, como advogados, caminhoneiros e políticos eleitos – desde o presidente da República até os vereadores. O direito ao porte é a autorização para transportar a arma fora de casa.

Além disso, o decreto permite que equipamentos de uso restrito das polícias militares, da Polícia Federal e do Exército sejam agora comprados – e usados – por civis que cumprirem os requisitos, amplia a quantidade de munições que podem ser adquiridas por ano, permite que menor pratique tiro esportivo sem necessidade de aval da Justiça, e abre o mercado para a importação.

A medida suscitou debates no meio político e jurídico. O partido Rede Sustentabilidade acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu a anulação do decreto. Para a sigla, o decreto é inconstitucional por ferir o princípio da separação de poderes porque, na avaliação do partido, as regras deveriam ter sido discutidas no Congresso Nacional.

Segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, a área técnica da Câmara dos Deputados elaborou um parecer no qual diz que há ilegalidades no decreto. Uma outra análise, feita por técnicos do Senado, diz que a norma "extrapolou o poder regulamentar".

Defesa do decreto
Questionado nesta sexta sobre as observações em relação a constitucionalidade do decreto, Onyx discordou das posições dos técnicos e disse que não há necessidade de alterar o decreto.

"O governo não vê necessidade de fazer nenhuma mudança [no decreto], primeiro, porque cabe ao presidente, por decreto, fazer esse grau de adequação", disse Onyx.

"A equipe técnica da Presidência da República e aqui da Casa Civil se debruçaram sobre o decreto e nós não conseguimos encontrar inconstitucionalidades. O decreto é constitucional", acrescentou.

O chefe da Casa Civil relatou que o governo conversará com a Câmara dos Deputados para "mostrar" que o decreto está "rigorosamente" dentro da Constituição.

Onyx afirmou que o decreto "ajusta" e "regulamentar" artigos do Estatuto do Desarmamento e que altera a organização sobre caçadores, atiradores desportivos e colecionadores, chamados de CACs

"Tudo isso está no âmbito de competência do presidente. Portanto nós não consideramos que possam haver inconstitucionalidades nestas questões", assegurou.

G1
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (10) que a "imagem distorcida" da Caixa Econômica Federal se deu em razão de indicações políticas feitas por governos anteriores para cargos no banco. De acordo com Bolsonaro, a prática "não tinha como dar certo".

Nos últimos anos, irregularidades na Caixa ganharam destaque no noticiário com as operações Lava Jato e Greenfield, que apuraram suspeitas de corrupção no banco.

Em janeiro de 2018, o então presidente Michel Temer, afastou quatro vice-presidentes do banco. Ele tomou a decisão após recomendações do Ministério Público Federal do Distrito Federal e do Banco Central. As recomendações tiveram como base suspeitas de corrupção investigadas pelo MPF e pela Polícia Federal.

Bolsonaro falou sobre as indicações técnicas para o banco em um evento com funcionários da Caixa, realizado em um hotel em Brasília, próximo ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

“Me elegi e a decisão foi a seguinte, como havia falando durante anos: não teremos indicações políticas. A imagem distorcida da Caixa era em função disso”, disse o presidente.

Segundo Bolsonaro, partidos políticos dividiam espaços em diretorias e vice-presidências da Caixa.

"Cada partido tinha uma diretoria, tinha uma vice-presidência, e, com todo o respeito, o presidente, para ser educado, não falava muito. Não tinha como dar certo”, declarou.

No meio do discurso, Bolsonaro defendeu as indicações técnicas no governo e a busca por melhorar a produtividade. Ele afirmou que é natural surgirem problemas, mas, segundo o presidente, serão contornados.

“Alguns problemas? Sim. Talvez tenha um tsunami a semana que vem, mas a gente vence esse obstáculo, aí, com toda a certeza. Porque somos humanos, alguns erram, uns erros são perdoáveis, outros, não. Assim é na nossa vida familiar também", disse Bolsonaro.

Agenda
Após o evento da Caixa, Bolsonaro viajou para o Paraná, onde cumprirá agendas em Foz do Iguaçu e Curitiba.

Em Foz do Iguaçu, Bolsonaro participa do lançamento da pedra fundamental da nova ponte entre Brasil e Paraguai. Em Curitiba, o presidente acompanha o início das operações de um centro integrado de inteligência e segurança pública.

G1
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Em um aceno à Câmara dos Deputados, interlocutores do presidente Jair Bolsonaro passaram a sondar o secretário de Transportes do estado de São Paulo, Alexandre Baldy, filiado ao PP, para o futuro Ministério das Cidades.

Ex-deputado federal, Baldy foi ministro das Cidades no governo Michel Temer. Após Bolsonaro tomar posse, em janeiro, no entanto, foi criado o Ministério do Desenvolvimento Regional, que unificou as pastas das Cidades e da Integração Nacional.

Conforme anunciou o relator da medida provisória (MP) da reforma administrativa, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), o Desenvolvimento Regional será dividido nas Cidades e na Integração.

De acordo com o governo, o atual ministro do Desenvolvimento, Gustavo Canuto, assumirá a Integração Nacional.

Baldy é próximo a Maia
Baldy é um dos políticos mais próximos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), além de ter excelente interlocução com parlamentares do "Centrão", entre os quais integrantes do PP, PRB, PR, e também da oposição, como o PCdoB.

O ex-ministro também é próximo da líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselman (PSL-SP).

Segundo o blog apurou, no governo, Baldy tem proximidade com ministros militares e uma eventual nomeação, se confirmada, pode funcionar como ponte entre Legislativo e Executivo.

O ex-ministro também tem relação com Bolsonaro, com quem trabalhou na Câmara quando presidiu a comissão de segurança pública, da qual o presidente fazia parte quando era parlamentar.

Recriação do ministério
O Ministério das Cidades era tido como um dos mais importantes por parlamentares, especialmente em períodos pré-eleitorais, já que políticos querem atender às bases com emendas e projetos em áreas como habitação.

Um dos focos de Baldy, quando ministro das Cidades, foi exatamente fortalecer o programa Minha Casa, Minha Vida, que atende a camadas de menor renda da população.

G1
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O governo da Venezuela anunciou a reabertura da fronteira com o Brasil a partir desta sexta-feira (10). O anúncio foi feito pelo vice-presidente econômico, Tareck El Aissami, que disse que, além das fronteiras com o Brasil, também seriam abertas as comunicações marítimas e aéreas com a ilha de Aruba.

As fronteiras entre Venezuela e Brasil estavam fechadas há quase três meses, assim como as comunicações marítimas entre a Venezuela e a ilha de Aruba, de acordo com informações da Reuters.

"O presidente Maduro anuncia à comunidade internacional a reabertura da fronteira terrestre com o Brasil a partir do dia de hoje. Gradualmente, iremos restabelecendo os mecanismos de controle fronteiriço para que esta fronteira seja cada vez mais uma fronteira robusta de desenvolvimento econômico produtivo e que beneficie a ambos os povos, a ambas as nações", anunciou El Aissami na televisão estatal VTV.

Um militar brasileiro que atua na fronteira com a Venezuela em Pacaraima (RR) informou à reportagem do G1 que, até as 12h43 desta sexta (10), não havia ocorrido nenhuma mudança no local.

Em seu anunciou, El Aissami disse que houve reuniões, "muitas delas públicas, outras secretas" com os atores importantes da fronteira: "as Forças Armadas do Brasil, nossa Força Armada Nacional Bolivariana, o governo de Roraima, a prefeitura de Pacaraima, senadores, setores produtivos".

"E hoje podemos anunciar, uma vez assumidos os compromissos necessários para não voltar a este lamentável episódio de 23 de fevereiro (a tentativa de entrar na Venezuela com ajuda humanitária), recebemos com prazer o compromisso das autoridades da fronteira e das autoridades de forma geral do governo do Brasil para transformar essa zona em uma zona de paz, uma fronteira de paz. Além disso, recebemos uma manifestação de respeito por nossa soberania e o compromisso com a não ingerência nos assuntos que competem aos venezuelanos", disse.

Sem mencionar a Colômbia, cujas ligações com a Venezuela também foram bloqueadas em fevereiro pelo governo de Maduro, El Aissami afirmou que outras fronteiras permaneceriam fechadas "até que as posições de hostilidade de agressividade fossem cessadas", diz a Reuters.

Fechamento da fronteira
O fechamento da fronteira foi determinado pelo governo de Maduro na noite de 21 de fevereiro, para tentar barrar a ajuda humanitária oferecida pelos EUA e por países vizinhos, incluindo o Brasil, que havia sido pedida pelo autoproclamado presidente interino Juan Guaidó. Maduro viu a oferta dessa ajuda como uma interferência externa na política da Venezuela.

No mesmo dia do anúncio do fechamento, venezuelanos correram para Pacaraima para comprar estoques de mantimentos.

Mesmo com o fechamento, venezuelanos continuaram cruzando a fronteira entre Santa Elena de Uairén, na Venezuela, e Pacaraima por rotas clandestinas, as chamadas "trochas", para estudar, comprar comida ou deixar o país.

Crise
No dia 30 de abril, a Venezuela teve novos embates entre o governo de Maduro e o autoproclamado presidente interino Juan Guaidó. O opositor afirmou ter apoio das forças militares do país e convocou a população às ruas. Autoridades do governo falaram em tentativa de golpe de Estado. Houve disparo de bombas de gás nas ruas da capital, Caracas, e cinco pessoas morreram, segundo informações da ONU.

Outro opositor, Leopoldo López, libertado de sua prisão domiciliar, se refugiou no edifício do corpo diplomático espanhol.

Dois dias depois, o presidente Nicolás Maduro marchou com militares para mostrar apoio das Forças Armadas. A cúpula militar reafirmou sua adesão a Maduro, e 25 rebeldes pediram asilo na embaixada brasileira, que foi concedido. Na quarta-feira (8), o governo anunciou a expulsão de 56 militares acusados de envolvimento no levante.

Também na quarta, foi preso o vice-presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Edgar Zambrano. O parlamentar, que é aliado de Guaidó, foi preso preventivamente por participação no levante militar, segundo anúncio feito nesta sexta (10) pelo Tribunal Supremo de Justiça do país.

G1
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O Papa Francisco instou as freiras de todo o mundo a se recusarem a se submeter aos abusos de poder do clero, insistindo que a opção por uma vida de serviço não as torna escravas.

"Estou ciente dos problemas, não apenas do abuso sexual das freiras, mas também do abuso de poder. Por favor, serviço, sim, servidão, não!", afirmou o pontífice argentino durante encontro com cerca de 800 freiras superiores no Vaticano. Ele foi aplaudido pelas religiosas.
A Igreja Católica, que tem quase 700 mil freiras ao redor do mundo, nos últimos meses foi abalada por investigações jornalísticas sobre a escravidão das freiras e até sua exploração sexual.

"Vocês não se tornaram freiras para serem servas de um clérigo!", insistiu o pontífice, que pediu um esforço mútuo para pôr fim a essa cultura, em particular pelas superiores.

"Se você quer ser uma empregada, faça com os doentes. Nesse caso é um serviço", acrescentou.

Denúncia de abuso obrigatória
Na quinta-feira (9), o Papa Francisco divulgou um decreto em que torna obrigatório padres e religiosos denunciarem às autoridades eclesiásticas suspeitas de casos de abusos sexuais. O documento “Vos estis lux mundi” (Vós sois a luz do mundo) também estabelece diretrizes de como as dioceses devem lidar com as suspeitas de abuso. No entanto, não consta uma orientação para que os casos sejam reportados às autoridades civis.

Em março, o papa já tinha publicado uma lei sobre a prevenção e o combate à violência sexual contra menores e pessoas vulneráveis, mas não falava sobre a investigação interna dos casos.

G1
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A agência de notícias estatal norte-coreana (KCNA) informou nesta sexta-feira (10) que o teste realizado na quinta-feira (9) pelo país foi de um "ataque de longo alcance". A simulação foi ordenada pelo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, garantiu a KCNA horas após a Coreia do Sul revelar que um lançamento de mísseis norte-coreanos de curto alcance.

Segundo o Estado-Maior sul-coreano, na quinta-feira (9), Pyongyang disparou aparentemente dois mísseis de curto alcance de Kusong, na província de Pyongan do Norte. Os mísseis, que percorreram 270 e 420 km, estão sendo analisados pelos militares sul-coreanos e seus aliados americanos.

"No posto de comando, o líder supremo, Kim Jong-un, foi informado sobre um plano de exercício de ataque de vários meios de longo alcance e deu a ordem para a realização" da simulação, segundo a KCNA. O comunicado da agência não dá detalhes sobre que tipo de arma foi testada, e evita usar as palavras "míssil", "foguete" e "projétil".

"A mobilização e ataque bem sucedidos, planejados para testar a habilidade de reação rápida das unidades de defesa [...] mostrou o poder destas unidades, que estavam totalmente preparadas para realizar de forma competente qualquer operação e combate", assinalou o texto.

Captura de cargueiro norte-coreano
O presidente dos EUA, Donald Trump, questiona a vontade de Kim Jong-un negociar seriamente a desnuclearização da península. O comunicado de Pyonyang ocorre no momento em que os Estados Unidos anunciaram a captura de um cargueiro norte-coreano.

Em Nova York, procuradores federais revelaram que o "Wise Honest" - um dos maiores navios cargueiros norte-coreanos, segundo Washington-, foi retido na quinta-feira (9) por violar as sanções internacionais ao exportar carvão e importar maquinaria.

O lançamento dos dois projéteis norte-coreanos coincidiu com a visita a Seul de um enviado dos Estados Unidos para tentar desbloquear as negociações sobre a crise nuclear entre Washington e Pyongyang. Na Casa Branca, Trump disse que observa o lançamento de mísseis "muito seriamente" e criticou este passo dado por Pyongyang.

"Eram mísseis pequenos, de curto alcance. Ninguém está contente com isso", disse o presidente a jornalistas. "A relação continua. Mas vamos ver o que acontece. Sei que querem negociar, falam sobre isso. Mas não penso que estão prontos para negociar", destacou.
Na reunião em Singapura, em junho de 2018, o líder norte-coreano se comprometeu com Trump a "trabalhar pela desnuclearização completa da península coreana". Mas as conversas emperraram após o fracasso do segundo encontro entre os dois chefes de Estado em fevereiro passado, no Vietnã. Nesta reunião, Kim pediu o fim das sanções contra seu país, em troca do início do processo de desnuclearização, uma proposta considera muito tímida por Trump.

Advertência sul-coreana
A edição desta sexta-feira do "Rodong Sinmun", jornal oficial do partido que governa Pyongyang, dedica a primeira página e parte da segunda ao lançamento de quinta-feira, com 16 fotos, uma delas de Kim observando o teste.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, considerou que os disparos poderiam complicar as discussões com os Estados Unidos. "Seja quais forem as intenções da Coreia do Norte, alertamos que esse ato pode tornar as negociações mais difíceis", declarou à televisão.

O ministro japonês da Defesa, Takeshi Iwaya, afirmou nesta sexta-feira que Tóquio chegou à conclusão de que os últimos lançamentos foram de "mísseis balísticos de curto alcance", o que viola as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

Garantias de segurança
Horas antes do teste, o enviado especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, desembarcou em Seul para discutir com as autoridades sul-coreanas a abordagem a ser adotada nas negociações nucleares com Pyongyang. Esta foi a primeira visita de Biegun ao país desde o fracasso da segunda cúpula entre o presidente americano Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong Un, em fevereiro.

O enviado especial americano se reuniu com seu colega sul-coreano Lee Do-hoon, mas sua agenda política não foi divulgada. Os dois países aliados - Washington tem 28.500 militares posicionados no Sul para fazer frente a possíveis ameaças do vizinho do Norte - trabalham juntos na estratégia de negociação com Pyongyang.

A base de mísseis Sino-ri, de onde teriam partido os disparos, existe a décadas e fica 75 km a noroeste da capital Pyongyang. O local abriga o equivalente a um regimento e é equipado com mísseis Nodong-1 de médio alcance, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos Internacionais. Qualquer lançamento realizado a partir de Sino-ri em direção a leste deveria atravessar a península coreana antes de cair no oceano, segundo especialistas.

'Mensagem clara'
Com os disparos desta quinta-feira, "a Coreia do Norte está enviando uma mensagem clara de que não ficará satisfeita com uma ajuda humanitária" de Seul, segundo Hong Min, pesquisador do Instituto Coreano para a Unificação Nacional. Pyongyang "diz: 'queremos garantias de segurança em troca de um processo de desnuclearização'", acrescenta.

Na semana passada, Pyongyang alertou os Estados Unidos para o risco de um "resultado indesejável", se o país não ajustar sua posição até o final do ano, depois de três meses de paralisia nas negociações sobre o programa balístico e nuclear da Coreia do Norte.

RFI
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