Novembro 25, 2024
Arimatea

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O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira, que vai fazer o possível para reverter a sentença de Adélio Bispo, autor da facada que o então candidato sofreu em Juiz de Fora (MG). Ele foi considerado inimputável pelo juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz Fora, que converteu a prisão preventiva dele em internação por tempo indeterminado .

— Tenho a convicção de quem foi, mas não posso falar, que eu não quero fazer um pré-julgamento de ninguém. E estou tomando as providências jurídicas do que eu posso fazer. Vou recorrer. Normalmente, pode o Ministério Público recorrer também. Eu vou entrar em contato agora com o meu advogado — disse o presidente.

Bolsonaro comentou, no entanto, que vai se informar sobre os custos de prosseguir com a ação contra Adélio e de um novo laudo sobre ele.
— Custa para mim. Porque eu tenho a causa pessoal, eu que tenho que me defender. E custa caro isso aí. Um outro laudo custa caro se fazer também. Eu vou tentar fazer o que é possível, porque eu acho... Eu vou ter que tomar... Nem que tenha que gastar alguma coisa, para tomar providência nesse sentido. Porque esse cara não pode ficar nessa situação que está aí - comentou o presidente, na saída do Alvorada, rumo a São Paulo, para a abertura da Copa América.

Bolsonaro ainda comparou sua situação com o caso Celso Daniel. Prefeito de Santo André (SP), o petista foi assassinado em 2002. Após ser sequestrado, ele foi encontrado morto com 11 tiros em uma estrada vicinal da Rodovia Regis Bittencourt, no município de Juquitiba (SP). As circunstâncias do crime nunca foram esclarecidas.

— Quase que eu fui, guardadas as devidas proporções, um outro Celso Daniel. Quando é que o PT, o partido do Lula, falou em apurar o caso Celso Daniel? É um caso que escancara, às vistas de qualquer um que foi, sim, um crime encomendado em cima do Celso Daniel, que ele foi torturado antes, para dizer onde estavam os dossiês. O que é que o PT fez no tocante a esse assunto? Ficou quieto. Porque ali poderia colocar um ponto final na carreira (de Lula), que não tinha começado em 2002, quando ele se elegeu presidente da República.

Bolsonaro repetiu que "não tem dúvida de que acertaram com Adélio a tentativa de matá-lo".

— Os advogados continuam defendendo ele, pessoal caro. O próprio advogado falou aí, há poucos dias, perguntado quem está pagando, que não quer que fale. (...) É um crime contra um candidato à Presidência da República que atualmente tem mandato e devemos ir até as últimas consequências nessa situação — comentou.

Ao ser questionado sobre as críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao governo na tarde desta sexta-feira, ele encerrou a entrevista dizendo que precisava ir para São Paulo.

O Globo
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Vinte seis anos após ser declarado " persona non grata " pela Câmara Municipal de Santa Maria , no Rio Grande do Sul, Jair Bolsonaro retorna ao município para uma visita como presidente da República. Em 22 de junho de 1993, os vereadores aprovaram por unanimidade uma moção de repúdio ao então deputado federal, nunca revogada. Nesta semana, uma moção de apoio foi proposta diante da nova passagem de Bolsonaro pelo município.

Bolsonaro retorna a Santa Maria neste sábado para a Festa Nacional da Artilharia. Ele estará acompanhado do vice, Hamilton Mourão.

Então deputado federal, Bolsonaro foi declarado "persona non grata" após uma entrevista a um jornal da cidade em que defendeu o fechamento do Congresso e a volta da ditadura militar. As declarações fizeram o deputado passar, em quatro dias, de ilustre visitante a "persona non grata".

Dias antes da visita do parlamentar, organizada por um grupo de militares, os vereadores haviam concedido a ele o título de "visitante ilustre". Bolsonaro estava no início da carreira política, aos 38 anos, exercendo o primeiro mandato na Câmara em Brasília.

A iniciativa da homenagem a Bolsonaro tinha sido do então presidente da Casa, Adi Forgiarini, que era do mesmo partido do deputado (PRP).

Entretanto, as opiniões de Bolsonaro levaram a Câmara a cassar a homenagem e, em seu lugar, aprovar uma moção de repúdio e um ato considerando-o pessoa que não era bem-vinda à cidade.

A nota de repúdio justifica o ato dizendo discordar dos pensamentos de Bolsonaro de que a democracia era "podre" e que a volta da ditadura era preciso para resolver uma "defasagem salarial dos militares".

O ato foi proposto pelo então vereador e hoje deputado federal Paulo Pimenta (PT). O mal-estar deixado por Bolsonaro foi tão grande que o repúdio foi aprovado por unanimidade. O texto, que o tornou "persona non grata" dizia:

"Que a Casa considere "persona non grata" de Santa Maria o deputado Jair Bolsonaro, que esteve recentemente nesta cidade e defendeu a volta de um "regime forte" para o país". Entendemos que esta postura não tenha apoio nem no meio dos militares. Entendemos que nenhum militar verdadeiramente preocupado com os destinos do país apoiaria a volta de um regime aos moldes de 1964 porque nunca a história do país foi tão enxovalhada deviso aos crimes que em seu nome foram cometidos", dizia o ato votado pelos vereadores em 1993.

A moção de apoio apresentada nesta semana na Câmara Municipal homenageia Bolsonaro por sua atuação no combate à corrupção.

A Presidência foi procurada mas não se manifestou.

O Globo
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou na quinta-feira (13) mais um lote da vacina pentavalente da empresa indiana "Biologicals E. Limited". É a segunda vez que isso ocorre em menos de um mês. Novamente, o lote suspenso é da vacina pentavalente. Ele "obteve resultado insatisfatório no ensaio de aspecto", segundo a agência.

O "ensaio de aspecto" é a análise do órgão regulador que verifica cor, odor e características da embalagem de um produto. Ele identifica qualquer tipo de alteração na textura ou a presença de partículas, por exemplo.

Lotes interditados não são distribuídos.

Justificativa
Em nota enviada ao G1, a Anvisa justificou que a vacina em questão não tem registro no Brasil, mas "foi importada pelo Ministério da Saúde de forma excepcional para uso nos programa de imunizações", algo previsto na resolução 203/2017.

Essa norma estabelece os critérios para que produtos não registrados no Brasil possam ser importados. São quatro as situações em que isso pode ocorrer:

  • Quando não houver disponibilidade do produto no mercado nacional nem alternativas terapêuticas registrada na Anvisa;
  • Em casos de emergência de saúde pública de importância nacional ou de importância internacional;
  • Para imunobiológicos integrantes do Programa Nacional de Imunizações que sejam adquiridos pelo Fundo Rotatório da Organização Pan-americana da Saúde (Opas) ou da Organização Mundial de Saúde (OMS);
  • Doações oriundas de organismos internacionais multilaterais ou agências oficiais de cooperação estrangeira.

A Anvisa explicou, ainda, que a interdição vale somente para um lote específico, e não para todas as vacinas do mesmo fabricante. O lote suspenso é o de número 220103417C, fabricado em abril de 2017 e válido até outubro de 2019.

Até o fechamento desta reportagem, a empresa "Biologicals E. Limited" não se pronunciou. A farmacêutica é especializada na produção de vacinas de baixo custo.

A vacina pentavalente, como o próprio nome indica, protege o paciente contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, a bactéria "haemophilus influenza" tipo B (responsável por infecções no nariz e na garganta) e hepatite B. As crianças devem tomar três doses da vacina aos 2, 4 e 6 meses de idade.

G1
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O prazo para as escolas selecionadas responderem a uma parte amostral do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2019 termina hoje (14) às 17h59. São 7.735 escolas selecionadas, que receberam um e-mail com as orientações e o link para o Sistema Saeb.

O Saeb inclui avaliações que são aplicadas desde o ensino infantil até o médio. Os resultados servem para a elaboração de um diagnóstico da qualidade do ensino brasileiro. Os resultados, combinados com dados do censo escolar, permitem o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A avaliação deste ano será realizada de 21 de outubro e 1º de novembro

Essa edição do Saeb terá aplicações censitárias, ou seja, provas para todos os estudantes, e amostrais, dirigidas a um grupo específico de escolas. A aplicação será censitária em todas as escolas públicas localizadas em zonas urbanas e rurais que tenham 10 ou mais estudantes matriculados no 5º e 9º anos do ensino fundamental e na 3ª e 4ª séries do ensino médio.

Aplicação amostral
A aplicação será amostral em escolas privadas, com oferta do 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª e 4ª séries do ensino médio. Também haverá uma amostra de escolas com estudantes do 9º ano do ensino fundamental para aplicação dos testes de ciências da natureza e ciências humanas.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) também selecionou uma amostra de escolas com oferta do 2º ano do ensino fundamental para aplicação dos testes de língua portuguesa e matemática.

Em todos os casos, a escola precisa ter 10 ou mais estudantes matriculados nas turmas da população-alvo. De forma inédita, haverá também uma amostra de instituições públicas ou conveniadas com o setor público que tenham turmas de creche ou pré-escola da etapa da educação infantil.

Segundo o Inep, as escolas da amostra não terão resultados divulgados individualmente. A divulgação será dos resultados gerais da rede de ensino por unidade da Federação, por região e Brasil.

As escolas selecionadas que tiverem dúvidas podem acessar o Guia de Orientações do Sistema ou entrar em contato com o Inep. É necessário informar o código da escola no Censo Escolar.

Agência Brasil
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Terminam nesta sexta-feira (14) as inscrições para a edição do segundo semestre do Programa Universidade para Todos (Prouni) para 2.082 bolsas de estudo integrais ou parciais em cursos de graduação da Paraíba. As inscrições seguem até as 23h59 e podem ser feitas no site do ProUni.

No total, são 169.226 vagas em todo país, sendo 68.087 de bolsas de estudo integrais e 101.139 vagas com bolsa de estudos parcial, de 50% do valor da mensalidade. Na Paraíba, são 1.094 bolsas integrais e 988 parciais.

Quem pode ter bolsa do Prouni?
Podem participar candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2018 com pelo menos 450 pontos nas provas objetivas e nota acima de zero na redação, e que ainda não tenham diploma do ensino superior.

Quem tem renda familiar bruta mensal por pessoa de até 1,5 salário mínimo poderá concorrer às bolsas de estudo integral. Já o requisito para concorrer à bolsa parcial é ter renda familiar bruta mental per capita de até 3 salários mínimos.

Além das exigências acima, é preciso ainda preencher um dos seguintes requisitos:

  • ter cursado o ensino médio completo na rede pública, ou na rede privada como bolsista integral;
  • ser pessoa com deficiência;
  • ser professor da rede pública de ensino, desde que concorra a bolsas exclusivamente nos cursos de licenciatura (nesse caso, não existe limite de renda familiar).

Resultados
Os resultados da primeira chamada serão divulgados em 18 de junho, no site do Prouni. A segunda lista será divulgada em 2 de julho, no mesmo endereço.

O candidato pré-selecionado deverá comparecer à instituição de ensino superior onde irá estudar para comprovar os dados informados na inscrição.

Caso sobrem vagas, haverá uma lista de espera em 18 de julho.

Calendário do Prouni 2019

  • Inscrições: 11 a 14 de junho
  • Resultado da 1ª chamada: 18 de junho
  • Comprovação de informações para aprovados na 1ª chamada: 18 a 28 de junho
  • Resultado da 2ª chamada: 2 de julho
  • Comprovação de informações para aprovados na 2ª chamada: 2 a 11 de julho
  • Lista de espera: 18 de julho

G1 PB
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O presidente Jair Bolsonaro minimizou, nesta sexta-feira, a retirada de pontos do texto original enviado pelo governo do relatório apresentado na quinta à Comissão Especial que discute a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, como a de estados e municípios. Segundo ele, parlamentares perceberam que alguns governadores queriam a aprovação da proposta sem assumir eventuais desgastes e, por isso, foi natural que de dentro do Congresso tenha vindo "uma onda" para desvincular a reforma de servidores estaduais e municipais. As declarações ocorreram durante café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto.

— Se a gente forçar a barra, a gente pode não aprovar nada — comentou o presidente, acrescentando que considera natural ceder em alguns itens, desde que seja "no limite curto" da economia prevista pela equipe econômica. Bolsonaro contou que havia feito essas considerações em conversa com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Guedes, por sua vez, fez duras críticas à retirada da capitalização do parecer apresentado na comissão especial. Segundo ele, houve um recuo que pode 'abortar a Nova previdência', mas afirmou que respeitará a decisão do Congresso.

Questionado se tem um plano B para o caso de a reforma não ser aprovada, ele comparou o cenário ao da ausência da noiva em um casamento marcado. Segundo o presidente, não seria o caso de perguntar durante a cerimônia se alguém gostaria de ocupar o lugar vago.

Bolsonaro disse não crer que o governo vá "perder a batalha da Previdência" e reafirmou a confiança na aprovação da proposta. Em seguida, afirmou que não acredita em contagem de votos, lembrando que presenciou pesquisas sobre isso nos tempos de deputado federal nos corredores da Câmara.

— Nossa base é diferente das de antigamente. Nós vamos pelo convencimento — declarou.

O presidente afirmou ainda que a prioridade do governo após a eventual aprovação das novas regras do sistema previdenciário é a reforma tributária. Em seguida, mencionou o pacote anti-crime apresentado pelo ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro.

Ele disse que deverá levar à reunião do G-20, no Japão, no fim do mês, uma mensagem para recuperar "a confiança que o Brasil perdeu", argumentando que os escândalos de corrupção ocorridos no país foram um "péssimo cartão de visitas.

G1
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O ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou nesta sexta-feira (14) que o diálogo com procuradores e advogados é comum durante o processo, negou conluio com o Ministério Público e afastou a possibilidade de deixar o cargo. Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", ele falou pela primeira vez sobre mensagens atribuídas a ele e ao chefe da força-tarefa da Lava a Jato, em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol. Os diálogos, obtidos por ação de um hacker, foram publicados pelo site The Intercept.

"Essa interlocução é muito comum. Sei que tem outros países que têm práticas mais restritas, mas a tradição jurídica brasileira não impede o contato pessoal e essas conversas entre juízes, advogados, delegados e procuradores", disse Moro.

Segundo ele, "é normal trocar informação, claro, dentro da licitude. Mas, assim, o que tem que se entender é que esses aplicativos de mensagens, eles apenas aceleram a comunicação. Isso do juiz receber procuradores, delegados, conversar com delegado, juiz receber advogados, receber demanda de advogados, acontece o tempo todo".

O ministro explicou que, às vezes, o Ministério Público avisa que vai pedir uma prisão preventiva e o juiz diz a ele que é necessária uma prova robusta. "Assim como o advogado chega lá e diz: 'Vou pedir a revogação da prisão preventiva do meu cliente'. Às vezes o juiz fala: 'Olha, o seu cliente está em uma situação difícil, seria interessante demonstrar a correção do comportamento do cliente, afastar essa suspeita'."

Moro contestou que tenha existido conluio com o MP na condução da Lava Jato. "Não tem nada, nunca houve esse tipo de conluio." Segundo ele, "muitas diligências requeridas pelo Ministério Público foram indeferidas, várias prisões preventivas. O pessoal tem aquela impressão de que o juiz Moro era muito rigoroso, mas muitas prisões preventivas foram indeferidas, várias absolvições foram proferidas. Não existe conluio. Agora, a dinâmica de um caso dessa dimensão leva a esse debate mais dinâmico, que às vezes pode envolver essa troca de conversas pessoais ou por aplicativos. Mas é só uma forma de acelerar o que vai ser decidido no processo".

Manutenção no cargo
Moro afastou a possibilidade de deixar o cargo de ministros, por causa dos vazamentos.

"Não, eu me afastaria se houvesse uma situação que levasse à conclusão de que tenha havido um comportamento impróprio da minha parte. Acho que é o contrário. Agora estou em uma outra situação, estou como ministro da Justiça, não mais como juiz, mas tudo o que eu fiz naquele período foi resultado de um trabalho difícil. E nós sempre agimos ali estritamente conforme a lei. Qualquer situação, despido o sensacionalismo, está dentro da legalidade."

Caso do triplex
O ex-juiz afirmou que o processo do caso do triplex do ex-presidente Lula não corre risco, por causa dos vazamentos. "Eu fico numa situação delicada porque eu não posso reconhecer a autenticidade dessas mensagens, porque é assim, em vez de eles apresentarem tudo, e que a gente possa verificar a integridade desse material, eles estão com essa ideia de apresentar paulatinamente. E eu não excluo a possibilidade de serem inseridos trechos modificados, porque eles não se dignaram nem sequer a apresentar o material a autoridades independentes para verificação."

"Agora, do contrário, eu fico impossibilitado de fazer afirmações porque eu não tenho o material e, por outro lado, eu reconheço a autenticidade de uma coisa e amanhã aparece outra adulterada. Alguns diálogos, algumas mensagens lá me causam bastante estranheza. Não sei, por exemplo, como é que atribuíram aquelas mensagens a Moro, de onde que veio isso, esse Moro, da onde que veio o Deltan. Eu vejo nas mensagens lá que às vezes está Deltan e às vezes está Dallagnol. Então, como é que foi isso? Aquele material não é o material original? Será que não teve outra coisa que foi editada ali dentro?", disse ao jornal.

Repasse de informação a procurador
Segundo Moro, a iniciativa de repassar informação a Dallagnol, sobre um informante de suposto crime, é uma iniciativa prevista em lei.

"A mensagem que diz que é mais delicada em relação a mim, o que é? É uma notícia-crime. Alguém informa que tem informações relevantes sobre crimes e eu repasso para o Ministério Público. Isso está previsto expressamente no Código de Processo Penal, artigo 40, e também no artigo 7 da Lei de Ação Civil Pública diz que 'quando o juiz tiver conhecimento de fatos que podem constituir crime ou improbidade administrativa ele comunica o Ministério Público'. Basicamente é isso, eu recebi e repassei. Porque eu não posso fazer essa investigação."

Críticas ao vazamento
O ministro criticou a publicação de trechos de conversas atribuídas a ele, pelo site.

"Não é só uma invasão pretérita que um veículo de internet resolveu publicar o conteúdo. Nós estamos falando aqui de um crime em andamento. De pessoas que não pararam de invadir aparelhos de autoridades ou mesmo de pessoas comuns e agora têm uma forma de colocar isso a público, podem enviar o que interessa e o que não interessa. E também esse veículo (The Intercept Brasil) não tem nenhuma transparência com relação a esse conteúdo. Então vai continuar trabalhando com esses hackers?", questionou em entrevista ao "Estadão".

Conversa entre Lula e Dilma
O ministro disse ainda ao jornal que a divulgação de telefonema entre os ex-presidentes Dilma Rousseff e Lula, as vésperas da nomeação dele como ministro, não comprometeu a imparcialidade do processo.

"Veja, isso foi dito na época dos fatos, lá em 2016. Houve uma posição da polícia requerendo o levantamento do sigilo, houve uma posição do Ministério Público requerendo o levantamento do sigilo. E houve uma decisão que eu tomei de levantar o sigilo. Se isso foi tratado em mensagens, ali, teria sido tratado dessa forma. Mas não teve nenhum comprometimento ali de imparcialidade no processo. A posição é a que está no processo."

Outra entrevista
Moro também falou ao repórter Gabriel Palma, da TV Globo, que não cometeu "nenhum ilícito". "Estou absolutamente tranquilo sobre todos os atos que cometi enquanto juiz da Operação Lava-Jato", afirmou.

Segundo Moro, houve um descuido na troca de mensagens com Dallagnol, mas não houve anormalidade na situação.

"Aquele episódio em particular que afirmaram que seria a situação mais grave em relação a minha pessoa, é o simples repasse de uma notícia-crime. [...] Eu recebi aquela informação, e aí vamos dizer assim, foi até um descuido meu, apenas passei pelo aplicativo. Mas não tem nenhuma anormalidade nisso, não havia uma ação pena sequer em curso. O que havia era uma notícia 'olha, é possível que tenha um crime de lavagem' e eu passei ao Ministério Público", afirmou.

Operação Copa América
Moro participou nesta sexta do lançamento da Operação Copa América 2019.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, operações policiais serão reforçadas em aeroportos, hotéis, centros de treinamento e nos estádios dos cinco estados onde acontecerão os jogos.

O trabalho será monitorado por integrantes do Ministério da Justiça, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Brasileira de Inteligência, Ministério das Relações Exteriores e representantes dos estados em uma central de monitoramento em Brasília.

G1
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O presidente Jair Bolsonaro respondeu com ironia às declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pôs em dúvida o atentado a faca sofrido pelo então candidato ao Palácio do Planalto em Juiz de Fora (MG), em setembro do ano passado. Durante café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que a barriga de Lula "deve ter muita cachaça", rebatendo a menção do petista à ausência de sangue após o ataque contra ele. As declarações do petista foram dadas em entrevista transmitida na quinta-feira pela emissora TVT.

- Eu, sinceramente...aquela facada tem uma coisa muito estranha, uma facada que não aparece sangue, que o cara é protegido pelos seguranças do Bolsonaro - comentou Lula, na entrevista.

O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General Heleno, que participava do encontro do presidente com jornalistas, comentou as declarações de Lula.

- O presidente comentou que eu o trato de "senhor". Por que eu trato de "senhor"? Porque eu quero dar o exemplo de uma instituição que, na minha opinião, se não é a mais importante do país, está entre as três mais importantes. É o presidente de um Poder eleito pelo povo, que merece o respeito de toda a sociedade - disse Heleno, levantando a voz em seguida.

- Na minha opinião, e eu sempre tive essa opinião. É minha, hein? Não é do presidente, é minha: um presidente da República desonesto tinha que tomar uma prisão perpétua. Isso é um deboche com a sociedade. Um presidente da República desonesto destrói o conceito do país. Isto é o cúmulo, ele ainda aventar a hipótese da facada ser mentira. E será que o câncer dele foi mentira? E o câncer da dona Dilma foi mentira? Alguém disse pra ele isso aí, teve peito de dizer isso pra ele? Isso é uma canalhice típica desse sujeito - disse antes de finalizar:

- Típica desse sujeito. Não mereceu jamais ser presidente da República. O presidente da República é uma instituição quase sagrada. Eu tenho vergonha de um sujeito desse ter sido presidente da República - completou Heleno, que chegou a bater na mesa durante sua fala.

O Globo
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O presidente Jair Bolsonaro informou nesta sexta-feira (14) que decidiu demitir o presidente dos Correios, general Juarez Cunha. Segundo Bolsonaro, o militar se comportou como "sindicalista" e se manifestou contrário à privatização da estatal, avalizada pelo presidente da República.

A informação sobre a demissão foi dada por Bolsonaro ao final de um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto. O presidente disse que avalia nomes para o comando dos Correios.

Bolsonaro afirmou que uma possibilidade seria colocar o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz à frente dos Correios. Santos Cruz foi demitido nesta quinta-feira da Secretaria de Governo e substituído pelo general Luiz Eduardo Ramos.

Porém, o agora ex-ministro não deve assumir no momento nenhuma função no governo.

Privatização dos Correios
O general Juarez Cunha assumiu a presidência dos Correios em novembro do ano passado, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Foi mantido no cargo após a posse de Bolsonaro. Cunha defende a manutenção dos Correios como empresa pública.

Durante o feriado de Páscoa, Juarez Cunha escreveu em uma rede social que tinha "argumentos para demonstrar porque é importante para o país manter a empresa pública [os Correios], inclusive apresentando casos malsucedidos de privatização de correios pelo mundo".

G1
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A um grupo de executivos do setor energético, o Papa Francisco disse nesta sexta-feira (14) que estabelecer um preço para emissões de carbono é "essencial" para conter o aquecimento global – sua declaração mais clara até hoje em apoio à penalização de poluidores – e apelou para que os descrentes da mudança climática ouçam a Ciência, segundo a agência Reuters.

Entre os CEOs estavam representantes de gigantes como Eni, Exxon, Total, Repsol, BP, Shell, Sinopec, ConocoPhillips, Equinor e Chevron. Reunidos em um congresso de dois dias organizado pelo Vaticano, eles assinaram um termo de compromisso para conter o aquecimento global e suas consequências.

Francisco também pediu relatórios "abertos, transparentes, baseados na ciência e padronizados" sobre os riscos climáticos e uma "transição energética radical" do carbono para combustíveis limpos, para salvar o planeta.

Compromisso assinado pelos executivos
De acordo com um comunicado do Vaticano publicado nesta sexta-feira (14), os participantes do encontro reconheceram que são necessárias "mudanças radicais em todos os níveis" para realizar transição que envolva o "apoio dos mercados na adoção de combustíveis renováveis como fonte de energia".

A maioria dos executivos presentes assinou um termo de compromisso que diz:

"Como líderes do setor energético, da comunidade global de investimentos e outras organizações, nós reconhecemos que uma aceleração significativa na transição para um futuro de baixo carbono além das projeções atuais requer uma ação sustentada e de grande escala, além de soluções tecnológicas adicionais para manter o aquecimento global abaixo de 2º C, ainda que avançando na prosperidade humana e econômica."

Os signatários do documento concordam com o estabelecimento de regimes de precificação do carbono, seja com base em taxas, mecanismos de trocas ou outras medidas de mercado. Eles avaliam que esses instrumentos devem ser criados pelos governos, de forma a incentivar os investimentos, a pesquisa e o consumo sustentáveis.

"Isso requer um novo nível de liderança cooperativa", afirma o texto. "Nós assumimos este desafio."

O encontro a portas fechadas foi o segundo do tipo na Academia de Ciências do Vaticano. O primeiro foi em 2018 e teve ampla repercussão internacional. Além de executivos do setor, estiveram presentes estudiosos, representantes do setor financeiro e de tecnologia.

Preço do carbono
A fixação de preço para emissões de carbono, seja por impostos ou esquemas de troca de emissões, é usada por muitos governos para fazer os consumidores de energia pagarem pelos custos do uso de combustíveis fósseis, que contribuem para o aquecimento global, e para fomentar o investimento na tecnologia de baixo carbono.

Um grupo pequeno de manifestantes se reuniu diante de um portão do Vaticano. Um deles exibiu um cartaz dizendo "Queridos CEOs do Petróleo: Pensem em Seus Filhos" - informou a Reuters.

Francisco, que fez muitos apelos pela proteção ambiental e se contrapôs a líderes como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a respeito da mudança climática, disse que a crise ecológica "ameaça o próprio futuro da família humana".

Ele criticou implicitamente aqueles que, como Trump, negam que a mudança climática seja causada sobretudo pela atividade humana.

"Durante tempo demais, fracassamos coletivamente em ouvir os frutos das análises científicas, e as previsões apocalípticas não podem mais ser encaradas com ironia ou desdém", disse o Papa.

Os debates sobre mudança climática e transição energética precisam se basear na "melhor pesquisa científica disponível hoje". No ano passado, Trump rejeitou projeções de um relatório de seu próprio governo segundo o qual a mudança climática causará danos econômicos sérios à economia dos EUA.

"Diante de uma emergência climática, precisamos agir de acordo, de maneira a evitar perpetrar um ato de injustiça brutal contra os pobres e as gerações futuras", disse Francisco.

G1
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