O Corinthians martelou, criou, parou algumas vezes no goleiro adversário, mas conseguiu vencer o CSA por 1 a 0, na tarde deste domingo, em Itaquera, pela décima rodada do Brasileirão. A equipe de Fábio Carille dominou toda a partida, finalizou 27 vezes e chegou ao gol só no fim, com Vagner Love, em lindo gol sem chances para defesa de Jordi. O CSA se defendeu bem e apostou em contra-ataques, mas não resistiu à pressão. O desempenho ofensivo surpreendeu Fábio Carille, que admitiu: o Corinthians criou mais do que o normal.
O resultado leva o Corinthians aos 15 pontos, mais perto da parte de cima da tabela, enquanto o CSA continua na zona de rebaixamento, com apenas seis pontos somados em dez rodadas. Só o Avaí está pior na competição, com quatro.
VAR em ação
O comentarista Paulo Cesar de Oliveira viu erro do árbitro Wagner Reway contra o Corinthians. Aos seis minutos do segundo tempo, Danilo Avelar caiu na grande área após disputa com Celsinho. Após avaliação do VAR, comandado por Carlos Eduardo Nunes Braga, o árbitro deu sequência ao jogo sem revisar o lance em vídeo. Para PC, foi pênalti.
Primeiro tempo
O Corinthians teve a bola (66% de posse), não correu muitos riscos na defesa, mas encontrou, de novo, dificuldades para criar chances perigosas de gol. A maioria dos passes foi trocada no campo de defesa, entre Fagner, Gil, Manoel e Danilo Avelar. Sem abrir o jogo pelas pontas, o Timão passou a finalizar sem tanto critério – foram 13 no primeiro tempo. As mais perigosas foram de Ralf, num chute de fora da área, e de Vagner Love, que perdeu a melhor chance do Corinthians ao tentar uma cavadinha na hora errada – Alan Costa chegou a tempo de salvar o CSA. Nos contra-ataques, os alagoanos confiaram em Apodi, mas o lateral/velocista não esteve em jornada inspirada.
Segundo tempo
O Corinthians se lançou mais o ataque, mas só aos 15 minutos Fábio Carille fez a mudança necessária: tirou Ralf, sem função na marcação de um time que não atacava, e lançou Régis. Boselli também entrou, e o Corinthians começou a achar espaços. A melhor chance antes do gol, porém, foi na bola parada – cobrança de Sornoza no ângulo direito de Jordi, que buscou (como um gato!) e mandou a bola para escanteio. Pouco depois, aos 32, Love recebeu de Boselli e soltou a bomba sem chances para o goleiro. Alívio para a torcida presente em Itaquera.
Reestreia em grande estilo
O zagueiro Gil teve boa atuação e quase fez seu gol logo no primeiro jogo após o retorno ao Corinthians. Ao lado de Manoel, mostrou segurança e teve pouco trabalho diante do pior ataque do Campeonato Brasileiro – o CSA só fez três gols em dez partidas.
Próximos jogos
O CSA volta a campo no próximo sábado para enfrentar o Atlético-PR, às 19h (de Brasília), no Rei Pelé. O Corinthians recebe o Flamengo no domingo, às 16h, na Arena Corinthians.
Globo Esporte
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Santa Cruz e Botafogo-PB fizeram um jogo parelho no Arruda, na noite deste domingo, pela 12ª rodada da Série C do Brasileiro. Com boas chances de gol para os dois lados, a rede só foi balançada nos minutos finais. O Alvinegro paraibano abriu o placar em contra-ataque aos 44 minutos, e o Tricolor pernambucano empatou em cobrança de falta aos 49. O resultado manteve as duas equipes fora do G-4 do Grupo A.
PRIMEIRO TEMPO
A partida foi movimentada já desde os primeiros minutos do primeiro tempo, com os dois times bucando o gol. De um lado, Pipico era a peça mais perigosa do Santa Cruz. Do outro, o Botafogo-PB levava perigo nas cobranças de falta de Marcos Aurélio. O campo encharcado por conta das chuvas que caíram em Recife no sábado e no domingo atrapalhavam um pouco o andamento da partida. Mas houve chances. Teve Cesinha salvando praticamente de cima da linha um gol certo de Enercino para o Belo. E teve Saulo fazendo grande defesa em finalização de Pipico para a Cobra Coral. Mas a rede não balançou até o intervalo.
SEGUNDO TEMPO
O jogo seguiu com boas oportunidades para os dois lados na segunda etapa. Logo no início, Anderson salvou o Santa após cabeceio forte de Nando. E o Tricolor reclamou de dois pênaltis: primeiro, Misael foi derrubado na área por Neilson; depois a bola tocou a mão de Enercino dentro da área - mas o árbitro deixou o jogo seguir nos dois lances. Os donos da casa tiveram mais volume de jogo em alguns momentos e parecera mais perto de abrir o placar. Mas foi o Belo, aos aos 44 minutos, que foi às redes. Em contrataque rápido, Kelvin foi acionado pela direita, avançou desde o meio de campo e, mesmo tendo a opção de tocar para Marcos Aurélio no meio da área, optou pela finalização; a bola ainda bateu em João Victor e no travessão antes de estufar a rede. Parecia a vitória sacramentada para os paraibanos. Mas aí, aos 49 minutos, Charles foi para uma cobrança de falta de muito longe. Até o goleiro Anderson foi para a área do Botafogo-PB. Mas o volante bateu direto, um bomba, e acertou o canto esquerdo de Saulo, dando números finais à partida.
OMO FICA A SITUAÇÃO?
Com o empate, Santa Cruz e Botafogo-PB seguem empatados na tabela de classificação, agora com 17 pontos. O time paraibano tem um saldo de gols melhor (1 a -2) e, por isso, está à frente, na quinta colocação, enquanto os pernambucanos aparecem em sexto. Mas ambos podem ser ultrapassados caso o Náutico vença o Ferroviário nesta segunda-feira, no encerramento da rodada #12.
O QUE VEM PELA FRENTE?
O Santa Cruz volta a campo na próxima quinta-feira, quando vai até São Luís, enfrentar o Sampaio Corrêa no Castelão, em partida marcada para as 20h. Já o Botafogo-PB tem compromisso no sábado, às 17h, no Almeidão, contra o ABC.
Globo Esporte
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A equipe comandada por Paulinho Kobayashi venceu o Treze por 2 a 1, no Estádio Amigão, com uma boa atuação e dominando as ações do jogo na casa do adversário. O Cavalo de Aço saiu na frente com gols de Manoel, aos 6 minutos do primeiro tempo, e Gabriel Cajú, aos 6 minutos do segundo tempo. O Galo ainda tentou uma reação no fim do jogo, mas o golaço de Bismarck, aos 32 do segundo tempo, foi a única alegria que o torcedor trezeano teve na tarde deste domingo.
PRIMEIRO TEMPO
Na primeira etapa de jogo o Imperatriz tratou de controlar o jogo e anular Marcelinho Paraíba e Eduardo, os dois principais jogadores desta equipe do Treze. Logo aos 6 minutos do primeiro tempo, o atacante Manoel recebeu na área e fuzilou para abrir o placar, sem dar chances para Mauro Iguatu. Após o gol, o Cavalo de Aço cresceu no jogo e foi dominante, embora tenha desperdiçado diversas oportunidades de gol.
SEGUNDO TEMPO
Assim como no primeiro tempo, a segunda etapa mal tinha começado quando o Imperatriz ampliou o placar. Gabriel Cajú recebeu na área e bateu para o gol, superando Mauro Iguatu, aos 6 minutos da etapa final. O Treze, por sua vez, melhorou após a entrada de Bismarck no lugar de Marcelinho Paraíba. E o camisa 20 presenteou o torcedor com um golaço. Aos 32 minutos, ele recebeu na entrada da área e bateu colocado, no ângulo. A partir daí, o Galo cresceu no jogo e passou a ameaçar muito mais o Imperatriz. A reação, seguida da pressão, porém, não foi suficiente para o Treze empatar.
COMO FICA A TABELA?
Com a vitória, o Imperatriz chega aos 18 pontos e entra no G4. Porém, ainda fica de olho e torce por um empate entre Santa Cruz e Botafogo-PB, que jogam neste momento. Além disso, o Cavalo de Aço vai certamente torcer por uma vitória do Ferroviário sobre o Náutico, que entram em campo nesta segunda-feira.
O Treze, por sua vez, volta à lanterna do G4, com apenas 9 pontos conquistados e um saldo de gols negativo.
PRÓXIMOS COMPROMISSOS
Na próxima rodada o Galo vai até o Estádio dos Aflitos, no Recife, para encarar o Náutico, a partir das 18h do próximo domingo. Já o Imperatriz vai até Aracajú para enfrentar o Confiança, no Estádio Batistão, também no próximo domingo, mas a partir das 16h.
Globo Esporte
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O presidente da República, Jair Bolsonaro, foi na manhã desta segunda-feira (14) à Câmara dos Deputados participar de uma sessão solene em homenagem ao aniversário do Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro.
É o terceiro evento do tipo na Câmara da qual ele participa em um mês e meio. O primeiro foi no fim de maio, quando ele fez uma visita de surpresa para acompanhar uma sessão no plenário que homenageou o humorista Carlos Alberto de Nóbrega.
Na ocasião, Bolsonaro atravessou a pé o trecho que separa o Palácio do Planalto do Congresso Nacional. Ele repetiu o trajeto pé nesta segunda. Os dois prédios se situam ao redor da Praça dos Três Poderes e ficam a uma distância de cerca de 300 metros um do outro. Normalmente, os políticos fazem o percurso de carro.
Na semana passada, em meio à expectativa de votação da reforma da Previdência, Bolsonaro foi à Câmara de novo, mas para participar de um culto evangélico. Em seguida, acompanhou uma sessão solene no plenário em comemoração aos 42 anos da Igreja Universal.
Reforma da Previdência
Além dessas três sessões solenes e de quando tomou posse, Bolsonaro foi ao Congresso outras três vezes desde que assumiu a Presidência da República em janeiro.
A primeira, em fevereiro, foi para levar a proposta de reforma da Previdência, que acabou aprovada na semana passada em primeiro turno na Câmara.
A segunda visita para entregar um projeto ocorreu em março. O presidente levou ao Congresso o projeto de mudanças nas regras de aposentadorias dos militares das Forças Armadas.
A terceira ida ao Congresso foi no mês passado, em junho. Bolsonaro entregou um projeto de lei que muda trechos do Código Brasileiro de Trânsito. Dentre as alterações, está a ampliação – de 20 para 40 pontos – do limite para suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
G1
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O ministro Augusto Heleno, chefe do gabinete de Segurança Institucional, disse ao blog que a reforma da Previdência ainda é a grande prioridade do governo federal no segundo semestre.
Na avaliação do Planalto, seria melhor a Câmara votar o segundo turno da reforma ainda em julho, para aproveitar o ambiente da votação expressiva que a proposta teve no primeiro turno (379 votos contra 131) - e que surpreendeu até o governo.
Para Heleno, questionado pelo blog, a previdência é “decisiva” para tudo que vai acontecer nos próximos anos. Por isso, ainda será a prioridade da agenda econômica no segundo semestre, até que a votação esteja concluída.
“Para a bola começar, só depois da aprovação da reforma da Previdência. No Senado, é mais fácil, mas, sem dúvida, a Previdência ainda é a prioridade. Só quando estiver totalmente votada”, afirmou o ministro.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao blog que não queria correr o risco de pautar uma matéria como a Previdência sem a garantia de quórum.
Por isso, nesta semana, na véspera do recesso parlamentar, Maia só vai pautar o que tiver acordo entre base e oposição.
Maia e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) também vão tocar a reforma tributária nesta semana. Ribeiro, que é o relator, quer encontrar o economista Bernard Appy para afinar a base do texto a ser discutido na comissão especial, já instalada.
G1
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O Plenário da Câmara dos Deputados reúne-se hoje, em sessão extraordinária marcada para as 18 horas, para tentar concluir a votação do projeto da nova Lei de Licitações (PL 1292/95), que cria modalidades de contratação, exige seguro-garantia para grandes obras, tipifica crimes relacionados ao assunto e disciplina vários aspectos do tema para as três esferas de governo (União, estados e municípios).
O Plenário precisa votar os destaques apresentados ao parecer do deputado Augusto Coutinho (Solidariedade-PE), cujo texto-base foi aprovado no final de junho.
De acordo com a proposta, a inversão de fases passa a ser a regra: primeiro julgam-se as propostas, e depois são cobrados os documentos de habilitação do vencedor.
Outra novidade é a possibilidade de o poder público optar pela continuidade de um contrato mesmo após constatada irregularidade na licitação ou na execução contratual. A ideia é não prejudicar o atendimento à população pela ausência de um serviço, obra ou material. Nesse caso, será obrigatória a cobrança de indenização por perdas e danos, sem prejuízo da aplicação de penalidades e da apuração de responsabilidades.
O projeto também cria o diálogo competitivo, modalidade de licitação para obras, serviços e compras de grande vulto, caracterizando-se por conversas com licitantes previamente selecionados por meio de critérios objetivos. Após essa fase, eles devem apresentar sua proposta final.
Além de ser aplicado a objetos que envolvam inovação tecnológica ou técnica, o diálogo competitivo poderá ser usado ainda em contratação de parceria público-privada, em concessão de serviço público e em concessão de serviço público precedida de execução de obra pública (usinas hidrelétricas, por exemplo).
Acordos internacionais
Na quarta-feira (17), estão na pauta do Plenário diversos projetos de decreto legislativo que referendam acordos internacionais assinados pelo Brasil.
Entre os projetos que podem ser votados estão um que aprova acordo de cooperação técnico-militar com a Ucrânia (PDC 875/17) e outros dois de cooperação técnica com o Caribe (PDC 101/15) e Moçambique (PDC 734/17).
Agência Câmara
Portal Santo André em Foco
O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) disse no Twitter que condenado ‘terá que fazer uma escolha, mantém-se vinculado ao mundo do crime ou obtém benefícios’.
“Queremos ressocializar os presos”, escreveu Moro. “Mas quem se mantém vinculado a grupo criminoso não quer ressocialização. Então o condenado terá que fazer uma escolha, mantém-se vinculado ao mundo do crime ou obtém benefícios.”
Segundo o ministro, ‘aquele condenado por integrar organização criminosa ou por praticar crime através de grupo criminoso não obterá benefícios durante o cumprimento da pena se houver elementos de prova que indiquem que ainda compõe a associação criminosa’.
Ao reiterar a importância da aprovação do projeto de lei anticrime, Moro disse que são ‘medidas simples, mas eficazes contra a corrução, o crime organizado e os crimes violentos’.
“Uma das propostas mais importantes visa obrigar os membros de organizações criminosas a romperem os vínculos criminosos.”
.”Com a medida que propomos, enfraqueceremos as facções criminosas que controlam o crime fora e dentro das prisões. Isso é urgente”, defende o ministro.
Ele informou que durante a semana reuniu-se com o procurador Nacional Antimáfia e Antiterrorismo da Itália, Federico Cafiero. “Na Itália, segundo o procurador geral Antimáfia, os mafiosos submetidos ao cárcere duro só recebem benefícios prisionais se colaborarem com a Justiça. É ainda mais rigoroso. A colaboração é a prova do rompimento do vínculo criminoso.”
Estadão
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Além de um placar expressivo, com 71 votos a mais do que o necessário para sua aprovação, a votação pela Câmara, na semana passada, da reforma da Previdência teve outra peculiaridade: a ausência de grandes manifestações contrárias. Protestos marcaram a votação de mudanças nas aposentadorias nos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
No último dia 9, pesquisa Datafolha mostrou que a reforma deixou de ser rejeitada pela maioria dos brasileiros. A fatia dos que se opõem às mudanças nas aposentadorias e pensões caiu de 51% para 44% entre abril e julho.
Além do apoio popular, a queda de receita dos sindicatos, com o fim do imposto sindical, é apontada por lideranças como uma das causas da baixa mobilização contra a reforma da Previdência enquanto os deputados votavam a proposta do governo Bolsonaro, na semana passada.
O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), dirigente da Força Sindical, disse que foi difícil fazer um protesto contrário em razão da falta de dinheiro. O esvaziamento dos cofres também foi apontado como empecilho por líderes petistas e pessoas ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT). No governo Michel Temer (MDB), o Congresso acabou com a contribuição sindical automática.
Apesar de os protestos terem sido mais tímidos que os do passado, os sindicatos marcaram presença. Na quarta-feira, um pequeno grupo se manifestou diante de uma das entradas da Câmara. As portas foram fechadas e houve um princípio de confusão. No plenário, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) protestou contra o fechamento do acesso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), respondeu:
— Cabe à Câmara, respeitando cada cidadão, cumprir a determinação de não deixar a Casa ser invadida.
Na sexta-feira, um grupo convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) fechou a Esplanada dos Ministérios quando a Câmara já votava os último destaques. Pneus foram queimados em frente ao Congresso.
Durante a semana, a maior pressão veio das corporações. Grupos de policias federais, civis e militares, além de guardas municipais, encheram os corredores da Câmara.
O Globo
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Na contramão de afirmações do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, enviou à Câmara dos Deputados um ofício em que menciona a instalação de radares em 4.204 pontos de rodovias federais ainda este ano. O número representa pouco mais da metade de um pacote de oito mil equipamentos de fiscalização de trânsito previstos em edital lançado durante o governo de Michel Temer. Em março, Bolsonaro havia informado que o edital tinha sido cancelado por ele.
O documento assinado pelo ministro chegou ao Congresso em 12 de junho, endereçado ao gabinete do deputado Ivan Valente (PSOL-RJ), conforme antecipou o jornal “O Estado de S. Paulo”. Tratava-se de uma resposta a um requerimento do parlamentar, enviado também ao Ministério da Justiça, com pedido de informações sobre os radares em rodovias federais.
Em uma das seis perguntas enviadas à pasta de Tarcísio Freitas, Valente questiona qual o estágio das negociações para a contratação de empresas de manutenção e instalação de radares.
Na resposta, o ministro da Infraestrutura explica que o Departamento Internacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) vem celebrando contratos relativos ao edital lançado por Temer em 2016, mas que foi necessária uma reavaliação, em razão da atual situação fiscal do país. Essa análise, de acordo com Freitas, considerou os pontos mais críticos das rodovias, onde há mais acidentes por excesso de velocidade, e a disponibilidade orçamentária da pasta. Foi o principal critério, segundo ele, para reduzir, em 2019, as instalações de oito mil para 4.204 radares.
Ao tratar do assunto, há três meses, Bolsonaro afirmou que existe um sistema abusivo de cobrança de multas de trânsito com o objetivo de aumentar a arrecadação do governo, o que o teria levado a cancelar integralmente o edital do governo anterior.
“Após revelação do Ministério da Infraestrutura de pedidos prontos de mais de oito mil novos radares eletrônicos nas rodovias federais do país, determinei de imediato o cancelamento de suas instalações. Sabemos que a grande maioria destes tem o único intuito de retomo financeiro ao estado”, escreveu Bolsonaro em 31 de março.
Freitas salienta, no ofício à Câmara, que acidentes rodoviários são causados por motivos diversos, mas admite que, no caso de excesso de velocidade, é “fato” que “a instalação dos equipamentos eletrônicos controladores e redutores nos pontos críticos definidos é uma medida eficiente, associada com outros investimentos na manutenção da malha rodoviária”, como adequação dos traçados das pistas, melhora na sinalização e campanhas educativas.
Moro defendeu aparelhos
O ministro da Justiça, Sergio Moro, já havia contrariado a posição de Bolsonaro ao responder ao mesmo requerimento. Um ofício elaborado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e enviado à Câmara em maio, com o aval de Moro, reconheceu que os radares têm “potencial para colaborar” com a redução da violência no trânsito no Brasil.
Para Valente, as respostas dos ministros aos requerimentos de seu gabinete mostram que tanto os profissionais do Dnit quanto os da PRF estão insatisfeitos com a posição de Bolsonaro quanto ao edital.
Os radares que fiscalizam excesso de velocidade em rodoviais federais têm sido alvo recorrente do presidente. Recentemente, Bolsonaro também atacou os radares móveis, classificados por ele como “armadilhas para pegar motoristas”.
A proposta de acabar com a operação dos equipamentos volantes foi mencionada em uma das transmissões ao vivo que Bolsonaro faz semanalmente, com a promessa de que ele consultaria a população sobre o tema através das redes sociais.
A contrariedade com que o presidente aborda a fiscalização foi objeto de uma ação que tramita na 5ª Vara Federal em Brasília. O processo foi movido pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) e levou à proibição do cancelamento do edital aberto em 2016. Em resposta à decisão judicial, o governo se propôs a assinar um acordo com o Ministério Público Federal (MPF) para criar um cronograma que garantisse as novas instalações.
O Globo
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O presidente Jair Bolsonaro criticou, neste sábado, uma taxa ambiental cobrada para visitar uma praia no arquipélago de Fernando de Noronha , em Pernambuco, e disse que o valor "explica porque quase inexiste turismo no Brasil". Ele comentou na rede social um vídeo em que um homem filma a Praia do Sancho, considerada uma das melhores do mundo por sites de viagem.
No Facebook, Bolsonaro citou ser cobrado o valor de "R$ 106 para frequentar uma praia em Fernando de Noronha" e que isto sobe para turista estrangeiro, indo a R$ 212. "Isso é um roubo praticado pelo GOVERNO FEDERAL (o meu Governo). Vamos rever isso", escreveu o presidente, referindo-se a uma portaria do Ministério do Meio Ambiente que instituiu o pagamento da taxa. Ele finaliza a publicação pedindo que se "denuncie práticas porventura semelhantes em outros locais".
O pagamento dessa taxa citada por Bolsonaro, cobrada desde 2012, permite acesso ao Parque Nacional Marinho, que engloba algumas das praias mais conhecidas de Noronha, como a do Sancho e a Baía dos Porcos. O valor pago pelo turista para visitar a praia é válido por dez dias. O parque é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), do Ministério do Meio Ambiente.
Além desta citada por Bolsonaro, ao entrar na ilha de Fernando de Noronha, o visitante deve pagar uma taxa de permanência chamada Taxa de Preservação Ambiental - TPA. Diferentemente da paga para acessar o Parque Marinho, a TPA é cobrada e arrecadada pelo Governo Estadual de Pernambuco, que administra o Distrito de Fernando de Noronha. A taxa varia de acordo com a quantidade de dias que o turista permanecerá em Noronha e começa em R$ 73,52.
Procurados pelo GLOBO, ICMBio e Ibama orientaram a reportagem a procurar o Ministério do Meio Ambiente, que não respondeu até o momento. O governo de Pernambuco disse que não se pronunciaria sobre o assunto.
Refúgio para espécies em extinção
Criado em 14 de setembro de 1988, o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PARNAMAR-FN), caracterizado como um santuário para muitas espécies, é, desde 2001, reconhecido e tombado pela UNESCO como Patrimônio Natural Mundial da Humanidade.
De acordo com a unidade, o parque foi cirado com o "objetivo de valorizar os ambientes naturais e de beleza cênica local, protegendo os ecossistemas marinhos e terrestres, preservando a fauna, a flora e os demais recursos naturais".
Ainda de acordo com o parque, a área é considerada uma das mais importantes para a reprodução de aves marinhas do Atlântico. A região é ainda "um refúgio perfeito para diversos grupos ameaçados de extinção, como cetáceos (baleias), tartarugaso ouriço-satélite, coral-de-fogo e tubarão-limão".
O Parque Nacional Marinho abriga cerca de 230 espécies de peixes e 15 de corais, além de golfinhos-rotadores, diversas espécies de tubarões e raias.
O Globo
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