Abril 20, 2025
Arimatea

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O principal medicamento para tratar a Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença rara, passará por um período de escrutínio no Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (12) que, por causa do seu alto custo, o remédio Spinraza (Nusinersena) será submetido a um projeto piloto para verificar sua efetividade na prática. Trata-se de um acordo de "compartilhamento de risco".

Embora o Spinraza tenha sido incorporado ao SUS no fim de abril deste ano, ele tem custo bastante elevado: cada paciente que precisa de tratamento representa, em média, um gasto de R$ 1,3 milhão por ano com o medicamento.

Nesse formato, o governo só paga pelo remédio caso a saúde do paciente melhore. Segundo o Ministério da Saúde, esse esquema é testado em 42 países atualmente. A pasta afirma que há incertezas quanto "ao custo/efetividade do medicamento incorporado ao SUS em condições reais".

De acordo com o ministério, em 2018, 90 pacientes receberam o medicamento após entrarem com pedido na Justiça.

A AME é causada por mutações em um gene específico, o SMN1, e atualmente o Spinraza é o único tratamento aprovado no Brasil.

O que é o projeto piloto
Conforme portaria publicada no Diário Oficial nesta quarta, o projeto piloto entra no sistema de "acordo de compartilhamento de risco para incorporação de tecnologias em saúde".

Isso quer dizer que o governo compartilha com a indústria farmacêutica fabricante do remédio - neste caso a Biogen - os riscos de o fármaco não ter sua eficiência médica comprovada.

Em vez de simplesmente comprar o produto da empresa e distribui-lo entre os pacientes, esse tipo de acordo prevê a definição do preço a ser pago somente após a apresentação de resultados concretos na população que o receber, por meio de evidências com estudos observacionais.

Não bastam, portanto, as evidências científicas já demonstradas antes da incorporação do medicamento no SUS. O Spinraza é administrado ao paciente em doses gradativamente menores e há estudos indicando sua eficácia ao interromper a evolução da doença para quadros mais graves.

O Ministério da Saúde incorporou o Spinraza no SUS para pacientes com AME de tipo 1, mas considera que as evidências científicas que atestaram a eficácia e segurança do remédio para os pacientes de tipos 2 e 3 "apresentam algumas incertezas, em função de um menor número de pacientes avaliados".

Por meio do projeto piloto, segundo o ministério:

  • Abre-se a possibilidade para administração do fármaco também a pacientes de tipos 2 e 3;
  • Serão coletadas evidências adicionais sobre o uso do medicamento em condições reais;
  • Possibilita-se a criação de uma norma geral para novos acordos de "compartilhamento de risco" com outros medicamentos;
  • Demanda-se da empresa fornecedora uma redução do preço do medicamento.

Além disso, será definido um número máximo de pacientes por ano que receberão o remédio com custeio do Ministério da Saúde. Superado esse número fixado previamente, será a farmacêutica a responsável por arcar com o custo de tratamento para os demais pacientes.

O que é a AME
É uma doença genética rara, degenerativa e que sem cura. Os pais que têm os genes recessivos causadores da doença podem transmiti-los aos filhos.

A AME afeta as funções neuromusculares: o corpo não consegue produzir corretamente uma proteína essencial para os neurônios motores. Com a morte desses neurônios, os pacientes perdem força muscular, perdem mobilidade, a capacidade de engolir e até mesmo respirar.

Existem os tipos 0, 1, 2, 3 e 4 da doença, sendo o primeiro de maior gravidade e o último, menos agressivo, com manifestação tardia e perda de função motora gradativa.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, a AME atinge uma em cada 10 mil crianças nascidas. É também a principal causa genética de mortes atualmente.

Por causa da sua complexidade, a doença exige um tratamento que envolve diversas especialidades médicas, como neuropediatras, pneumologistas, nutricionistas, gastroenterologistas, ortopedistas e psicólogos.

G1
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Duas maçãs e três porções de cenoura todos os dias. De acordo com pesquisa divulgada no sábado (8) em evento nos Estados Unidos, esta é uma excelente receita para diminuir suas chances de morrer de ataque cardíaco ou AVC.

O estudo, apresentado em congresso organizado pela Sociedade Americana de Nutrição e realizado em Baltimore, cruzou dados mundiais de consumo de frutas e legumes com as notificações de mortes em decorrência de doenças cardiovasculares ao longo de 2010.

A principal conclusão foi de que uma em cada sete mortes do tipo pode ser atribuída ao fato de a pessoa não ter ingerido fruta suficiente. E uma em cada 12 mortes também por problemas cardiovasculares seriam resultado de falta de legumes e verduras suficientes.

No total, apenas no ano de 2010, foram 1,8 milhão de mortes que poderiam ser evitadas, em todo o mundo, com melhor alimentação de frutas. E 1 milhão de mortes foram atribuídas a um consumo baixo de legumes.

No geral, o consumo baixo de frutas resulta em quase 1,3 milhão de mortes por AVC e mais de 520 mil mortes por doenças cardíaca coronária por ano em todo o mundo. Ao mesmo tempo, o consumo baixo de legumes e verduras é responsável por 200 mil mortes por AVC e mais de 800 mil por doenças cardíaca. É para se lembrar disso antes de recusar a salada ou afirmar que fruta não é sobremesa.

"Nossa pesquisa indica a necessidade de expandir os esforços para aumentar a disponibilidade e o consumo de alimentos protetores, como frutas e vegetais", afirmou à BBC News Brasil a especialista em nutrição Victoria Miller, pesquisadora da Universidade Tufts, nos Estados Unidos.

"Frutas, legumes e verduras são componentes modificáveis da dieta humana que podem afetar as mortes evitáveis globalmente."

Conforme pontua a pesquisadora, isso ocorre porque os vegetais são boas fontes de fibras, potássio, magnésio, antioxidantes e fenólicos - com bons resultados para reduzir a pressão arterial e o colesterol. Além disso, esses produtos também melhoram a diversidade das bactérias que vivem no trato digestivo.

Por fim, quem se alimenta bem de frutas e alimentos do tipo tem menor probabilidade de estar acima do peso ou serem obesas, reduzindo assim as chances de doenças cardiovasculares.

O cardiologista Dariush Mozaffarian, também da Universidade Tufts, lembra que em geral os esforços globais "tradicionalmente se concentram em fornecer calorias suficientes, suplementação vitamínica e redução de aditivos como sal e açúcar".

"Os resultados da atual pesquisa nos indicam que há uma necessidade de aumentar o foco, com um esforço para uma maior disponibilidade e consumo de alimentos ditos protetores, como verduras e legumes", afirma ele.

"Seria um caminho positivo com muito potencial para melhorar a saúde global."

Dados
A pesquisa realizada por Miller é parte do projeto Global Dietary Database, financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates. Os resultados foram apresentados hoje no evento Nutrition 2019, congresso anual da Sociedade Americana de Nutrição.

Para chegar às conclusões, os pesquisadores realizaram estimativas das ingestões médias diárias de frutas e outros vegetais a partir de pesquisas realizadas em 113 países - compreendendo, portanto, uma amostra correspondente a 82% da população mundial.

Em seguida, essas informações foram combinadas com os dados de causa mortis em cada um dos países participantes, além de dados sobre outros riscos de problemas cardiovasculares.

A pedido da BBC News Brasil, Miller extraiu os dados que retratam a situação do Brasil neste panorama mundial. No país, a ingestão baixa de frutas foi responsável por 17,4 % das mortes por doenças cardiovasculares. Já o consumo inadequado de legumes representou 7,5 %.

No total, isso significa 13 mil mortes por alimentação precária em frutas e quase 6 mil por conta de poucos legumes.

O impacto do consumo inadequado de frutas e hortaliças foi maior nos países com menor consumo de frutas e outros vegetais. É o que acontece em países do sul, centro e leste asiático, da Oceania e da África subsaariana - são locais com baixa ingestão de vegetais e altas taxas de mortes por acidente vascular cerebral e doenças coronarianas, por exemplo.

Na China, por exemplo, o baixo consumo de frutas é responsável por 20% das mortes - 541 mil casos em 2010. Na Somália, a mesma situação responde por 22% das mortes. Na África do Sul, por 21%.

Cenário bem diferente do encontrado no Canadá, onde o consumo de frutas é alto. Lá, a ingestão inadequada desse tipo de alimento responde por apenas 6% das mortes decorrentes de problemas cardiovasculares.

O consumo de frutas e hortaliças é mais baixo, e consequentemente maior agente causador de mortes, em adultos jovens. Quando a pesquisa tentou entender as diferenças por gênero, deparou-se com os homens em uma posição de risco maior, provavelmente indicando que mulheres tendem a se alimentar de mais frutas e legumes.

BBC
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Foi promulgada e entrou em vigor nesta quarta-feira (12) uma lei que obriga os estabelecimentos de ensino da Paraíba a fornecerem diploma em Braille para alunos com deficiência visual na conclusão do ensino médio e do ensino superior. A promulgação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).

Conforme o texto da justificativa lei, de autoria de Ricardo Barbosa (PSB), o objetivo é garantir a efetividade da inclusão de estudantes deficientes visuais, uma vez que “a conclusão do ensino médio ou ensino superior para qualquer aluno é uma grande conquista”.

O texto ainda informa que com a promulgação da lei e concedido o certificado em Braille, “o formando terá o privilégio de saber o que está escrito em seu diploma”.

G1 PB
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Os estudantes selecionados na chamada regular do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) podem, a partir de hoje (12), fazer matrícula nas instituições de ensino para as quais foram selecionados. O prazo vai até o dia 17. Cabe aos candidatos verificar os dias, horários e locais de atendimento definidos por cada instituição em edital próprio.

Os estudantes selecionados podem pleitear auxílio para pagar transporte, moradia e outras despesas nas próprias instituições de ensino superior, de acordo com determinados critérios, como renda familiar. Os programas de assistência estudantil são implementados diretamente pelas instituições.

Lista de espera
As vagas que não forem preenchidas serão ofertadas para os estudantes em lista de espera. Quem não foi selecionado em nenhuma das duas opções de curso feitas na hora da inscrição na chamada única e quiser integrar a lista tem até o dia 17 para fazer a adesão, no site do Sisu.

O candidato deve acessar o sistema e, em seu boletim, clicar no botão que corresponde à confirmação de interesse em participar da lista de espera do Sisu. O estudante poderá manifestar interesse para a primeira ou segunda opção de curso. Ao finalizar a manifestação, o sistema emitirá uma mensagem de confirmação.

Esses estudantes serão convocados a partir do dia 19. A convocação para a matrícula será feita pelas próprias instituições de ensino. Nessa etapa caberá aos próprios candidatos acompanhar a convocação na instituição na qual estiverem pleiteando uma vaga.

Sisu 2019
Nesta edição, o Sisu oferece 59.028 vagas em 76 instituições públicas de ensino em todo o país. A seleção é feita com base no desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018. Para participar é preciso ter obtido nota acima de zero na redação do exame. Ao todo, 640.205 estudantes se inscreveram no programa, de acordo com balanço divulgado pelo MEC.

Agência Brasil
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O presidente americano Donald Trump disse nesta quarta-feira (12) que vai se reunir no final do mês com o russo Vladimir Putin, à margem da cúpula do G20 em Osaka, no Japão.

"Vou me reunir com Putin no G20", confirmou Trump aos jornalistas na Casa Branca.

Atualmente, Estados Unidos e Rússia divergem em vários assuntos da agenda internacional, desde a crise na Venezuela, passando pelos conflitos na Síria e na Ucrânia.

Trump havia afirmado no mês passado que planejava ter um encontro com Putin, mas até a terça (11) o governo russo ainda não confirmava que haveria uma reunião entre os dois durante o evento do G20.

O Kremlin deixou claro que espera receber uma proposta formal para um compromisso entre os dois líderes, ainda que esteja tentando reconstruir as relações com os EUA.

France Presse
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O ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, afirmou que o envio de tropas da Guarda Nacional do país à fronteira com a Guatemala deve começar nesta quarta-feira (12), informou a agência de notícias Reuters.

A medida faz parte do acordo migratório firmado com os Estados Unidos na semana passada, e prevê que 6 mil membros da guarda sejam mandados à fronteira sul do país para conter o fluxo de pessoas vindo da América Central.

"A partir de hoje e nos próximos dias, o envio de tropas vai progredir rapidamente", disse Ebrard durante uma coletiva de imprensa nesta quarta, da qual também participou o presidente mexicano Andrés Manuel Lopez Obrador.

O acordo com os americanos evitou a escalada das tarifas de importação de 5% sobre os produtos mexicanos — que o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu impor, a menos que o México fizesse mais para conter a imigração ilegal para os Estados Unidos.

O México também concordou com um cronograma de 45 dias para mostrar que os esforços crescentes de fiscalização foram eficazes.

"Muitas coisas têm que acontecer em 45 dias", disse Ebrard. "Nós vamos fazer o que dissemos que vamos fazer". Detalhes de quanto o México gastará com as novas medidas de segurança na fronteira serão divulgados na sexta-feira (14), segundo o ministro.

Já Lopez Obrador disse que parte do dinheiro necessário para pagar pelo programa de migração reforçada virá da venda do antigo avião presidencial — a um preço mínimo de US$ 150 milhões (cerca de R$ 575 milhões) — e da venda de outras aeronaves usadas no governo anterior.

Ebrard disse que o México implementou um grupo de trabalho com a Guatemala, Honduras e El Salvador para coordenar esforços para conter a onda de pessoas que fogem da violência e da pobreza na América Central.

Na sexta-feira (14), o México se reunirá com autoridades de imigração dos EUA para debater detalhes do novo plano, com o objetivo de garantir um compromisso, por parte dos americanos, com procedimentos de asilo mais rápidos.

A Unicef, agência de assistência infantil das Nações Unidas, será convidada a prestar assistência na fronteira sul, concentrando-se em menores não acompanhados que fogem da América Central, afirmou Ebrard.

Reuters
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Um ataque de mísseis comandado por forças houthis iemenitas nesta quarta-feira (12) ao aeroporto de Abha, na Arábia Saudita, deixou 26 feridos, informou a agência de notícias Reuters.

Entre os atingidos estão três mulheres e duas crianças, de nacionalidades saudita, iemenita e indiana, disseram as autoridades. Oito pessoas foram hospitalizadas e as outras têm machucados leves.

O reino árabe e os rebeldes houthis são adversários no conflito do Iêmen, que começou há cerca de 5 anos e já causou uma crise humanitária no país. Os houthis são, por sua vez, alinhados com o Irã.

Para a coalizão militar liderada pelos sauditas no Iêmen, o ataque de quarta (12), que poderia vir a ser um crime de guerra, provou o apoio do Irã ao que chamou de terrorismo através das fronteiras. Em comunicado, afirmou que vai responder de forma "firme" ao ato.

"Este ataque também prova que a milícia terrorista adquiriu novas armas especiais, [além de provar] o contínuo apoio e a prática do terrorismo transfronteiriço pelo regime iraniano", disse o comunicado.
A autoria do ataque foi reivindicada pelos houthis em seus canais de mídia. O Irã não se pronunciou imediatamente. O país persa recebe, nesta quarta-feira, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que tenta mediar as tensões no Golfo entre iranianos e os Estados Unidos.

De acordo com o comunicado da coalizão, o míssil atingiu o saguão de desembarque do aeroporto, que é usado em rotas domésticas e regionais e fica a cerca de 200km da fronteira da Arábia Saudita com o Iêmen.

O tráfego aéreo funciona normalmente, segundo informou à Reuters o órgão de aviação civil do reino árabe.

Já o centro de mídia houthi afirmou que o míssil destruiu a torre de controle. O porta-voz da coalizão não respondeu imediatamente a um pedido de comentário e a Reuters não pôde verificar a alegação de forma independente.

Um porta-voz militar do grupo iemenita disse que o ataque de quarta (12) foi uma resposta aos "crimes" da coalizão contra o Iêmen. "Os sistemas americanos mais modernos não conseguiram interceptar o míssil", afirmou em comentários feitos pelo centro de mídia do grupo.

Na terça-feira (11), também por meio de um porta-voz, o grupo rebelde iemenita afirmou que atacaria todos os aeroportos da Arábia Saudita — e que os próximos dias revelariam "grandes surpresas".

Embates
Os houthis já atacaram cidades sauditas com drones e mísseis, a maioria dos quais foi interceptada. Em março de 2018, um egípcio foi morto em Riad, na Arábia Saudita, por estilhaços de mísseis.

O porta-voz houthi não respondeu de forma imediata, entretanto, quando questionado se o projétil desta quarta-feira (12) havia sido interceptado pelos mísseis Patriot da Arábia Saudita antes de atingir o aeroporto.

A aliança liderada pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos interveio no Iêmen em 2015 para tentar restaurar o governo internacionalmente reconhecido que foi expulso do poder na capital, Sana'a, pelos houthis no final de 2014. Outros países, como Egito e Bahrein, também fazem parte da coalizão. Ambos manifestaram apoio aos sauditas nesta quarta-feira (12).

O ataque ocorreu em meio a um cenário de alta tensão entre os Estados Unidos e o Irã, depois da decisão de Washington de endurecer as sanções contra Teerã e reforçar sua presença militar no Golfo.

No mês passado, dois ataques de drones armados atingiram estações de petróleo da Arábia Saudita, que foram reivindicadas pelos houthis. A Arábia Saudita acusou o Irã de ordenar o ataque — mas Teerã e os rebeldes negam.

O conflito é amplamente visto na região como uma guerra indireta entre a Arábia Saudita e o Irã. Os houthis negam ser marionetes do país persa e dizem que sua revolução é contra a corrupção.

A escalada da violência pode ameaçar uma frágil iniciativa de paz liderada pela ONU na cidade portuária de Hudeida, no Iêmen, que administra a maior parte das importações comerciais e de ajuda ao país empobrecido e é uma tábua de salvação para milhões de iemenitas.

G1
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O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, anunciou nesta quarta-feira (12), ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, que a instituição financeira vai devolver R$ 3 bilhões ao governo federal.

Esses recursos, contudo, não podem ser contabilizados como receitas primárias, ou seja, para uso no orçamento da União em gastos dos ministérios. Os valores são classificados como financeiros e, deste modo, podem ser utilizados apenas para o abatimento da dívida pública.

"Essa é uma determinação do ministro Guedes [a devolução dos recursos]. Não é discussão de 'management' [gerenciamento]. É uma decisão de governo que nós vamos devolver o dinheiro", declarou Guimarães. Segundo ele, a estratégia da instituição financeira é de devolver outros R$ 17 bilhões até o fim de 2019.

O ministro Paulo Guedes, lembrou que, durante a campanha eleitoral, no ano passado, sua equipe informou que iria "despedalar" os bancos públicos, ou seja, devolver recursos emprestados.

"Houve muitos empréstimos da União aos bancos públicos que cometeram excessos com recursos públicos, como BNDES e Caixa. E essas 'pedaladas' acabaram levando ao 'impeachment' da presidente [Dilma]. E nossa responsabilidade é devolver esses recursos à União, e dentro, inclusive, das exigências do TCU", declarou.

Segundo o ministro da Economia, é a primeira vez que a Caixa devolve dinheiro para a União. "É a primeira vez que a Caixa devolve dinheiro para a União. Isso merece até uma celebração", diz Guedes.

Saldo
Em janeiro deste ano, Guimarães informou que a Caixa tem uma dívida com o governo de cerca de R$ 40 bilhões por meio do chamado IHCD (Instrumento Híbrido de Capital e Dívida) sem prazo de pagamento, e acrescentou que isso não seria justo.

Também informou, naquele momento, que a instituição financeira buscaria abrir o capital (venda de ações) de suas subsidiárias – empresas controladas pela Caixa Econômica Federal – para pagar esse débito.

As subsidiárias que serão vendidas, segundo ele informou em janeiro, são de seguridade, cartões, loterias e de administração de ativos de terceiros (asset management). Em 2015, o governo chegou a anunciar a abertura de capital da Caixa Seguradora, mas o processo acabou não indo adiante.

A Caixa é uma empresa 100% pública, que não tem capital aberto, isto é, ações negociadas em bolsa de valores – ao contrário do Banco do Brasil e da Petrobras, por exemplo, empresas de economia mista, com capital público e privado.

De acordo com o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, os bancos públicos devem, em Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD), R$ 83,3 bilhões.

  • R$ 37,2 bilhões da Caixa Econômica Federal (após o pagamento de R$ 3 bilhões anunciado),
  • R$ 36 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
  • R$ 8,1 bilhões do Banco do Brasil,
  • R$ 1 bilhão do Banco do Nordeste e
  • R$ 1 bilhão do Banco da Amazônia.

G1
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Cerca de 2,2 milhões de trabalhadores ainda não sacaram os valores do abono salarial (PIS-Pasep) do calendário 2018-2019, segundo o Ministério da Economia. O prazo para os trabalhadores sacarem o abono salarial relativo ao ano-base 2017 termina em 28 de junho. São mais de R$ 6,5 bilhões disponíveis que ainda não foram sacados em todo o país.

O PIS é pago na Caixa Econômica Federal. O Pasep é pago para servidores públicos por meio do Banco do Brasil. O valor do abono varia de R$ 84 a R$ 998, dependendo do período trabalhado formalmente em 2018.

O abono salarial ano-base 2017 começou a ser pago em julho de 2018, de forma escalonada. O calendário de recebimento leva em consideração o mês de nascimento, para trabalhadores da iniciativa privada, e o número final da inscrição, para servidores públicos.

Desde então, mais de 22,4 milhões de trabalhadores já retiraram os valores, somando mais de R$ 17 bilhões liberados, segundo o governo (veja ao final da reportagem os saques por regiões).

Agora os recursos estão disponíveis para os nascidos em qualquer mês. O saque poderá ser realizado em agência bancária. Depois de 28 de junho, o recurso volta para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Quem tem direito
Tem direito ao abono salarial quem recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais com carteira assinada e exerceu atividade remunerada durante, pelo menos, 30 dias em 2017. É preciso ainda estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter os dados atualizados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ano-base 2017.

Trabalhadores da iniciativa privada retiram o dinheiro na Caixa Econômica Federal, e os servidores públicos, no Banco do Brasil. É preciso apresentar um documento de identificação e o número do PIS/Pasep.

No caso do PIS, para quem é correntista da Caixa, o pagamento foi feito 2 dias antes do restante dos outros trabalhadores. Já no caso do Pasep, o crédito em conta para correntistas do Banco do Brasil foi efetuado a partir do 3º dia útil anterior ao início de cada período de pagamento.

Valor depende dos meses trabalhados
O valor do abono é associado ao número de meses trabalhados no exercício anterior. Portanto, quem trabalhou um mês no ano-base 2017 receberá 1/12 do salário mínimo. Quem trabalhou 2 meses receberá 2/12 e assim por diante. Só receberá o valor total quem trabalhou o ano-base 2017 completo.

Por exemplo, se o período trabalhado foi de 12 meses, vai receber o valor integral do benefício, que é de um salário mínimo (R$ 998). Se trabalhou por apenas um mês, vai receber o equivalente a 1/12 do salário (R$ 84), e assim sucessivamente.

Rendimentos do PIS
De acordo com a Caixa, quando o saque do PIS não é efetuado, o valor é incorporado ao saldo de quotas. Ao final do exercício financeiro (28 de junho), após a atualização do saldo, os rendimentos são disponibilizados para saque no novo calendário. Os rendimentos variam conforme o saldo existente na conta do PIS vinculada ao trabalhador.

Para saber se tem direito e como sacar
Para sacar o abono do PIS, o trabalhador que possuir Cartão do Cidadão e senha cadastrada pode se dirigir aos terminais de autoatendimento da Caixa ou a uma casa lotérica. Se não tiver o Cartão do Cidadão, pode receber o valor em qualquer agência da Caixa, mediante apresentação de documento de identificação.

Informações sobre o PIS também podem ser obtidas pelo telefone 0800-726-02-07 da Caixa. O trabalhador pode fazer uma consulta ainda no site www.caixa.gov.br/PIS, em Consultar Pagamento. Para isso, é preciso ter o número do NIS (PIS/Pasep) em mãos.

Os servidores públicos que têm direito ao Pasep precisam verificar se houve depósito em conta. Caso isso não tenha ocorrido, precisam procurar uma agência do Banco do Brasil e apresentar um documento de identificação. Mais informações sobre o Pasep podem ser obtidas pelo telefone 0800-729 00 01, do Banco do Brasil.

Sudeste concentra maior parte
A região Sudeste concentra a maior parte das pessoas que têm direito ao abono e ainda não sacaram o dinheiro, com mais de 1,1 milhão de trabalhadores. Isso representa mais de R$ 3,1 bilhões disponíveis.

A região Norte é a que tem o menor número de pagamentos pendentes, totalizando cerca de 148 mil pessoas e R$ 367 milhões em caixa.

Na região Sul, 440 mil trabalhadores ainda não fizeram o saque, e R$ 1,2 bilhão em benefícios ainda estão disponíveis.

Já na região Nordeste, 353 mil não retiraram o dinheiro, com um total de aproximadamente R$ 1,2 bilhão à espera dos trabalhadores.

A região Centro-Oeste tem quase 235 mil benefícios não pagos, cerca de R$ 603 milhões.

Cotas do PIS-Pasep
Em maio, o governo anunciou que vai reabrir a autorização para saques de quem tem cotas do Fundo PIS-Pasep.

Segundo o secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, a liberação dos saques deve injetar mais de R$ 20 bilhões na economia e beneficiar cerca de 14 milhões de pessoas.

Durante o governo do presidente Michel Temer, a equipe econômica fez uso da medida para estimular a economia, autorizando o saque de cotas do PIS e Pasep até o dia 28 de setembro do ano passado por beneficiários de todas as idades.

O dinheiro do Fundo PIS-Pasep foi sacado por 11,4 milhões de cotistas com menos de 60 anos, no total de R$ 10,7 bilhões. Outros 4,2 milhões de pessoas não buscaram o dinheiro dentro no prazo. Quem não sacou, no entanto, não perdeu o direito aos recursos.

Agora, voltaram os critérios anteriores para o saque que são idade a partir de 60 anos, aposentadoria, invalidez (inclusive do dependente), morte do cotista (habilitando o herdeiro a sacar) e algumas doenças graves, como câncer, aids, Parkinson e tuberculose (incluindo o dependente).

Nesses casos, é possível fazer os saques a qualquer momento, sem necessidade de seguir cronograma, e o prazo continua aberto por tempo indeterminado.

Tem direito ao Fundo PIS-Pasep quem trabalhou com carteira assinada na iniciativa privada ou foi servidor público civil ou militar entre 1971 e 1988.

Os fundos do PIS e do Pasep funcionaram de 1971 a 1988 e davam direito ao trabalhador de receber o rendimento das cotas e sacar o dinheiro em caso de aposentadoria, doença grave ou ao completar 70 anos.

A partir de outubro de 1988, após a promulgação da Constituição, a arrecadação do PIS-Pasep passou para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o seguro-desemprego e abono salarial, e para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que faz empréstimos a empresas.

Como as cotas do Fundo PIS-Pasep vigoraram durante um período específico, muitos beneficiários desconhecem esse direito e, no caso de morte do cotista, muitos herdeiros também não sabem que têm direito ao dinheiro. Por isso, o governo ampliou o limite de idade e estipulou calendários para incentivar os saques e injetar dinheiro na economia.

G1
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O dólar opera em queda nesta quarta-feira (12), com investidores mais otimistas com o avanço da agenda de reformas um dia depois de o Congresso aprovar crédito suplementar para que o governo contorne a regra de ouro.

Às 15h02, a moeda norte-americana caía 0,07%, vendida a R$ 3,8474.

Investidores também seguiam monitorando os desdobramentos do vazamento de supostas conversas do ministro da Justiça, Sergio Moro, especialmente o impacto que isso pode ter sobre a tramitação da Previdência.

No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou em queda de 0,87%, vendida a R$ 3,85. No mês, a moeda acumula queda de 1,9% e, no ano, de 0,62%.

O Banco Central anunciou para esta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.

Cenário externo
Do panorama externo, investidores monitoravam a aversão ao risco com renovadas tensões ligadas à disputa comercial entre Estados Unidos e China, após o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmar na véspera que não tem interesse em avançar a menos que a China concorde com quatro ou cinco "importantes pontos" que ele não especificou.

Por outro lado, tal cenário potencialmente beneficia ativos emergentes, uma vez que intensifica a pressão sobre o Federal Reserve para que reaja à deterioração na economia global cortando juros, avaliou à Reuters o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.

O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investidores. Isso motivaria uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real. Mas se, ao contrário, o Fed decidir não aumentar os juros agora, recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, tendem a não migrar para aos Estados Unidos, o que afastaria essa pressão de alta do dólar em relação a outras moedas.

G1
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