Abril 20, 2025
Arimatea

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Foi na base da insistência, no grito da torcida de Brasília, e o Flamengo cumpriu seu dever diante do CSA, nesta quarta-feira, no Mané Garrincha. Diante de um adversário muito fechado e com um goleiro esperado, foram necessárias 25 finalizações para construir o placar de 2 a 0, pela nona rodada do Brasileirão. Vitinho e Gabigol, ambos de cabeça, fizeram a festa de mais de 35 mil rubro-negros na capital federal.

De olho na tabela
A vitória leva o Flamengo ao terceiro lugar na tabela, com 17 pontos - três a menos que o líder Santos e dois a menos que o Palmeiras (que tem dois jogos a menos). Já o CSA segue em penúltimo com apenas seis pontos, dois a mais que o lanterna Avaí.

Após a pausa para Copa do Mundo, o Flamengo recebe o Goiás, no Maracanã, dia 14 de julho. Na mesma data, o CSA vai até São Paulo encara o Corinthians, em Itaquera.

Água mole em pedra dura...
Foi uma vitória da persistência. Apesar da diferença de investimento e na tabela da classificação, o CSA fez um jogo duro na maioria do tempo e soube se fechar para neutralizar as ações do Flamengo. Quando o Rubro-Negro encontrava espaços, parava em Jordi. Foram seis defesas difíceis do goleiro.

De tanto insistir, o Flamengo foi premiado com dois gols de cabeça de Vitinho, após lindo passe de Everton Ribeiro, e Gabigol, em rebote após jogada de Willian Arão. No total, foram 25 finalizações contra nove do CSA e 15 chances reais de gol contra uma dos alagoanos. Bombardeio!

VAR: demorado e polêmico
O árbitro Douglas Marques das Flores (SP) fazia sua estreia em jogos de Série A de Brasileirão. Talvez por isso, se cercou de tanto cuidado ao ser acionado pelo VAR durante a partida. Ainda no primeiro tempo, um lance em que a bola bateu no braço de Willian Arão foi para revisão. O árbitro foi até o monitor rever o lance e, após mais de cinco minutos de paralisação, entendeu que não houve penalidade.

Aplausos merecidos
Vitinho foi, de longe, o jogador que mais tentou levar o Flamengo ao ataque ao longo da partida. Não à toa, finalizou oito vezes e travou um duelo contra Jordi. Quem tenta tanto, porém, também erra muito: foram sete passes errados em 33 tentativas. E, com o ferrolho do CSA, a torcida de Brasília passou a vaia-lo.

Quando os gritos das arquibancadas pediam por Berrío, o camisa 11 foi recompensado com lindo passe de Everton Ribeiro e acertou cabeçada para tirar o Flamengo do sufoco. De imediato, as vaias de transformaram em aplausos merecidos para o substituto do lesionado Diego.

Globo Esporte
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O Santos assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro ao vencer por 1 a 0 o clássico contra o Corinthians, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro. A vitória saiu dos pés do atacante Eduardo Sasha, agora artilheiro da competição, com cinco gols.

Classificação
Com 20 pontos, o Santos torce agora por um tropeço do Palmeiras, segundo com 19, contra o lanterna Avaí, quinta, em São Paulo, para se manter em primeiro – o rival ainda pode somar outros três pontos caso o resultado da partida contra o Botafogo seja homologado. O Corinthians permanece com 12, mas ainda corre o risco de perder o décimo lugar no fechamento da nona rodada.

Primeiro tempo
O Santos tentou acelerar o jogo nos primeiros minutos, mas encontrou um Corinthians bem posicionado e bem menos defensivo do que nas semifinais do Paulistão. O Peixe assustou em dois chutes de Jean Lucas, enquanto o Timão, mesmo tocando bem a bola, chegou apenas em um cruzamento de Danilo Avelar que quase enganou Everson. Os santistas cresceram quando passaram a explorar mais as laterais. Aos 26, Manoel evitou a finalização de Sasha após cruzamento da direita. Jorge, aos 38, levou perigo em cabeceio na área. Marinho também deu trabalho pela direita ao passar por Avelar e bater próximo ao gol.

Segundo tempo
O Santos voltou com mais velocidade e aumentou a pressão, sem deixar o Corinthians jogar. O gol do Peixe saiu aos 14 minutos. Após boa jogada entre Soteldo e Jorge, Sasha finalizou forte no canto esquerdo de Walter para abrir o placar. A desvantagem obrigou Carille a mexer no ataque com a entrada de Everaldo na vaga de Jadson e de Gustagol no lugar de Ramiro. Mas de nada adiantou. O Timão parou na marcação e nem sequer criou chances para empatar. Sasha ainda carimbou a trave em lindo chute da entrada da área já nos acréscimos.

Próximos jogos
Com a paralisação pela Copa América, Santos e Corinthians só voltam a jogar em julho. O Timão recece o CSA, dia 14, na Arena. O Peixe visita o Bahia, no mesmo dia, em Salvador. Os horários ainda serão determinados pela CBF.

Globo Esporte
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O Inter venceu o Bahia por 3 a 1 na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio, pela nona rodada do Brasileirão, e dorme no G-4. Mas teve polêmica na atuação do VAR no primeiro gol colorado, falhas de goleiros e gol de D’Alessandro para brindar os 450 jogos com a camisa vermelha. Os três pontos deixam o time gaúcho em quarto lugar – ao menos até o fim da rodada. Já o Tricolor cai para sétimo.

Como fica?
O Inter chega aos 16 pontos e sobe para o quarto lugar da competição. Aguarda o resultado de Atlético-MG x São Paulo, nesta quinta, para saber se fica no G-4 durante a pausa da Copa América. O Bahia fica com 14 e cai para sétimo. Ainda pode perder postos na conclusão da rodada.

Agenda
Inter e Bahia ganham um mês sem jogos para a disputa da Copa América. No retorno ao calendário, terão compromissos pelas quartas de final da Copa do Brasil no dia 10 de julho. O Colorado enfrenta o Palmeiras, em São Paulo, e o Tricolor duela com o Grêmio, na Arena. Pelo Brasileirão, voltam a campo no fim de semana seguinte. O Bahia recebe o Santos na Fonte Nova, e o Inter vai a Curitiba medir forças com o Athletico-PR.

Primeiro tempo
Quem chegou primeiro foi o Bahia, com Arthur Cayke e Fernandão. Só que aos 21 o Inter marcou. E na base da polêmica. Zeca cruzou da direita, Sobis escorou de cabeça e Rodrigo Lindoso desviou para o gol. Com a possibilidade do impedimento, o VAR foi acionado. Após demora de três minutos, o lance acabou validado. Mas os baianos ficaram contrariados. O Tricolor tentou o empate em chute de Douglas. E os donos da casa assustaram em dois lances seguidos, com Rafael Sobis e Nico López.

Segundo tempo
Rafael Sobis voltou do intervalo disposto a marcar. E Douglas disposto a impedi-lo em duas chances do atacante. Mas aos 15 minutos o goleiro do Bahia resolveu ajudar o adversário. Não conseguiu defender um chute de Sobis que quicou no chão e deixou a bola entrar: 2 a 0. Aos 32, o Bahia diminuiu. E foi a vez de Marcelo Lomba falhar, ao ficar indecisão em uma saída de gol. Arthur Cayke acreditou na jogada e passou para Fernandão finalizar sem goleiro. Mas o Inter tinha D'Alessandro, que decidiu a vitória. Ele recebeu de Patrick dentro da área e finalizou com maestria. Vitória colorada por 3 a 1.

Central do apito
O primeiro gol do Inter suscitou muita polêmica. Rodrigo Lindoso marcou em posição duvidosa. O árbitro Paulo Roberto Alves Júnior foi consultar o VAR. Após três minutos, validou o gol. O Bahia saiu de campo revoltado com a marcação, e o comentarista de arbitragem da Globo Sandro Meira Ricci foi chamado para analisar o lance.

Globo Esporte
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Alívio para um, amargura para outro. Em um jogo entre equipes que estavam em jejum no Brasileiro, o Fortaleza levou a melhor. Com dois gols de André Luís, o time comandado por Rogério Ceni venceu por 2 a 1 o Cruzeiro, no Castelão, se recuperou após três jogos e deixou a zona do rebaixamento. O resultado ampliou a crise no Cruzeiro, que chegou a seis jogos sem vitória no Brasileiro, nove na temporada, e pode começar a parada para a Copa América na zona do rebaixamento.

Primeiro tempo
Um começo bem agitado no Castelão. O Fortaleza abriu o placar logo no primeiro minuto, com André Luís. O Cruzeiro não demorou muito a responder com Sassá, em um chute de fora da área. A partir daí, em uma partida em boa parte equilibrada, as equipes tentaram avançar no placar, mas esbarraram nos goleiros e também em erros individuais. No último minuto, ele de novo: André Luís apareceu livre na área e cabeceou para o fundo do gol, garantindo o time da casa na frente do placar.

Segundo tempo
O segundo tempo foi marcado por um jogo mais aberto entre as equipes. O Cruzeiro buscando o empate, enquanto o Fortaleza, mais recuado, tentando o terceiro gol nos contra-ataques. O cenário ficou ainda mais evidente quando Nathan foi expulso. A partir de então, o Cruzeiro foi ainda mais para cima, explorando bastante as jogadas pelo alto. Mas, efetivamente, o perigo chegou duas vezes a Felipe Alves. A primeira vez em um chute de Thiago Neves, que o goleiro rebateu. E a segunda, e a grande defesa da partida, quando Dedé cabeceou no goleiro, e Felipe voou para salvar o Fortaleza e garantir a vitória de 2 a 1, encerrar a sequência ruim e ampliar a crise cruzeirense na temporada.

Noite dele!
André Luís fez a quarta partida pelo Fortaleza e chegou aos primeiros gols com a camisa do Tricolor. E que importância dos gols! Os primeiros de sua passagem pela capital cearense, os que garantiram a volta das vitórias ao Fortaleza e que tiraram a equipe da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

Que fase!
Já o Cruzeiro vive uma fase terrível. Chegou a nove jogos sem vitória na temporada, sendo seis no Campeonato Brasileiro. A equipe, campeã mineira nesta temporada, parou de apresentar o futebol que vinha mostrando em campo e vem caindo na tabela do Brasileiro. Se Chapecoense e Fluminense empatarem, nesta quinta, a Raposa entra na zona do rebaixamento na parada para a Copa América.

Agenda
Fortaleza e Cruzeiro agora param suas atividades dentro de campo por causa da parada para a Copa América. No Brasileiro, o time cearense recebe o Avaí, dia 14 de julho, no Castelão. Já o Cruzeiro encara o Botafogo, no Mineirão, no mesmo dia. Antes, tem o primeiro clássico com o Atlético-MG, também no Mineirão, pelas quartas de final da Copa do Brasil.

Globo Esporte
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Mesmo com oito desfalques, dois deles no aquecimento, o Grêmio foi ao Rio de Janeiro e derrotou o Botafogo por 1 a 0 no Nilton Santos. Em uma partida de poucas chances criadas, foi preciso uma cobrança de falta para tirar o zero do placar. Jean Pyerre, aos 35 minutos do segundo tempo, cobrou com capricho quase na linha da área e não deu chances para Diego Cavalieri. O Grêmio se garante longe do Z-4 na parada para a Copa América. Já o Botafogo pode sair do G-4.

Como fica?
Com o resultado, o Grêmio sobe para 11º, com 11 pontos, mas ainda pode cair na tabela ao fim da rodada. O Botafogo, por enquanto, fica em quarto, com 15 pontos. Mas também pode perder postos com o restante das partidas.

Agenda
Agora, o Brasileirão tem uma pausa de um mês para a disputa da Copa América. Botafogo e Grêmio voltam a campo no dia 14 de julho. Os cariocas enfrentam o Cruzeiro no Mineirão, enquanto os gaúchos recebem o Vasco. Ainda não está marcado o horário das partidas.

Primeiro tempo
A etapa inicial teve o Grêmio com a marcação adiantada, para tentar pressionar a saída de bola do Botafogo. Logo aos dois minutos, Diego Tardelli obrigou Diego Cavalieri a fazer grande defesa. O camisa 9 tricolor era quem mais levava perigo aos donos da casa. Aos poucos, o time de Eduardo Barroca começou a ficar com a bola e rondar a área de Paulo Victor, mas sem chegar a incomodá-lo.

Segundo tempo
O Grêmio voltou melhor nos primeiros minutos. Aos oito, Alisson pegou uma sobra na área do Botafogo e fuzilou, mas carimbou Joel Carli. Aos 18, o Tricolor reclamou de pênalti em Felipe Vizeu, mas o árbitro não embarcou. O jogo seguiu disputado, mas com pouca produção ofensiva. Até que Jean Pyerre acertou uma cobrança de falta no canto esquerdo de Diego Cavalieri, aos 35 minutos, e garantiu a vitória gaúcha no Rio.

Lance da partida
Botafogo e Grêmio se encaminhavam para um 0 a 0 sem muita emoção até os 35 minutos do segundo tempo. Jean Pyerre se aproximava da área a dribles e só foi parado com falta, muito próxima da linha. O própria meia tomou a bola e bateu com capricho, no canto esquerdo de Cavalieri, que não teve chance de defender.

Globo Esporte
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Em cerimônia com o presidente Jair Bolsonaro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Ministério da Saúde lançaram uma linha de financiamento de R$ 1 bilhão para instituições filantrópicas de saúde sem fins lucrativos que atendem no Sistema Único de Saúde (SUS).

O lançamento do novo "BNDES Saúde" ocorreu no Palácio do Planalto. O novo programa aprimora um antiga ação do banco voltada ao setor hospitalar, que esteve em vigor até setembro de 2018.

O programa tem a intenção, segundo o banco, de "aprimorar gestão das entidades filantrópicas de saúde", que respondem por metade dos atendimentos do SUS. A ação terá dois subprogramas para:

melhorias de gestão, governança e eficiência de operação
implantação, ampliação e modernização das instituições
De acordo com o BNDES, o financiamento do programa poderá ser feito de forma direta, indireta (por meio de agentes financeiros) ou mista, com uma parte dos recursos liberada pelo banco público e outra pelo banco repassador.

Juros e prazos
A taxa de juros final do programa será calculada com base na TLP acrescida de 1,3% e spread de risco no caso das operações diretas. O prazo máximo da operação de crédito pode chegar a 18 anos no apoio a investimentos de modernização ou ampliação das unidades.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou que a taxa de juros não chegará a 9% ao ano, enquanto, segundo ele, o mercado cobra taxas de 20% a 22% do setor.

De acordo com o governo federal, os hospitais filantrópicos disponibilizaram, em 2018, quase 129 mil leitos no SUS, número que representa 37,6% do total de leitos disponíveis no país.

A rede hospitalar conta, atualmente, com 2.147 entidades filantrópicas que prestam serviços ao SUS. As entidades atendem em 1.308 municípios de todas as regiões do país.

Segundo o BNDES, as entidades que conseguirem o financiamento poderão utilizar recursos para reestruturação de dívidas com bancos e fornecedores. No subprograma, voltado à melhoria de gestão, os hospitais terão de apresentar diagnóstico de sua situação e um plano de ação elaborados por empresa ou instituição independente.

O BNDES informou que os desembolsos do financiamento serão parceladas e condicionados ao cumprimento das metas acertadas no plano de ação.

A expectativa do banco é de que o programa melhore a "qualidade do serviço prestado à população com redução do tempo de atendimento e da taxa de mortalidade hospitalar". Os indicadores serão monitorados para permitir uma avaliação de efetividade do programa.

G1
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O Senado aprovou nesta quarta-feira (12) um projeto que estende em um ano e meio o prazo para os estados cumprirem as metas parciais do Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal.

O plano foi criado em 2016 e previu que os estados deveriam quitar as dívidas com a União em até 20 anos. Nesse período, porém, deveriam cumprir metas parciais.

Pelo projeto, que agora segue para a Câmara, as metas que não foram cumpridas até agora poderão ser cumpridas em até um ano e meio.

Entre as contrapartidas exigidas pela União para a adesão ao plano estão:

  • adoção do teto de gastos, por meio do qual os governos estaduais devem limitar o aumento das despesas à variação da inflação;
  • não aumentar salários nem nomear novos servidores;
  • não conceder renúncia fiscal.

De acordo com o relator da proposta, Otto Alencar (PSD-BA), dos 18 estados que aderiram ao plano, 14 estão irregulares por descumprimento das contrapartidas e, como punição, terão de devolver ao governo federal R$ 31 bilhões se o projeto não for aprovado.

O projeto também abre a possibilidade de Bahia e Distrito Federal poderem aderir ao acordo (o prazo de 20 anos será contato a partir de 2016, quando o plano foi assinado com os demais estados).

Inicialmente, o projeto retirava do cálculo do teto de gastos os precatórios, pagamentos estabelecidos por ordem judicial, devidos por municípios, estados ou pela União. O trecho não foi aprovado.

G1
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Após os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formarem maioria para limitar o alcance do decreto presidencial que extinguiu os conselhos federais , o Palácio do Planalto informou nesta quarta-feira (12) que o governo deve enviar um projeto de lei para garantir o fim dos órgãos colegiados, inclusive os que foram criados por lei.

Em sessão hoje, nove ministros do Supremo votaram no sentido de que o decreto presidencial não pode extinguir colegiados cuja existência conste em lei. O julgamento foi suspenso, porém, por um pedido de vista (mais tempo de análise) do presidente da Corte, Dias Toffoli, que prometeu retomar a análise do caso na sessão plenária de hoje (13).

O plenário encontra-se dividido, entretanto, sobre se o decreto deve ser integralmente suspenso via liminar ou se a medida cautelar deve suspender apenas para a parte da norma que trata dos colegiados mencionados em lei. Até o momento, cinco ministros votaram pela suspensão integral, enquanto quatro votaram pela suspensão apenas parcial, no ponto que se refere aos colegiados cuja existência consta em lei.

"Aquilo que foi julgado, há pouco, pelo Supremo Tribunal Federal é perfeitamente compreendido e, por considerar que o fato em si precisa ser reforçado, o senhor presidente há de retornar com um instrumento legal, provavelmente um projeto de lei, para apresentar essa modificação, partindo dessa feita, para o Congresso Nacional", disse o porta-voz do governo, Otávio Rêgo Barros.

A liminar pela suspensão integral do decreto foi pedida pelo PT em uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI). Para o partido, além de ser uma medida que atenta contra o princípio democrático da participação popular, a extinção dos conselhos federais somente poderia se dar por meio de lei aprovada no Congresso.

Agência Brasil
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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (12) um convite ao ministro Sérgio Moro para que explique as mensagens atribuídas a ele e publicadas no site Intercept, em que Moro, segundo o site, orientaria procuradores da Operação Lava Jato. O ministro já havia se oferecido para fazer a mesma coisa no Senado.

Como se trata de convite, e não convocação, o ministro não é obrigado a comparecer.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) havia apresentado à comissão um requerimento de convocação de Moro, que obrigaria o ministro a comparecer, sob risco de cometer crime de responsabilidade. No entanto, um acordo entre os parlamentares transformou o pedido de convocação em convite.

"Acho que é um debate que nós temos que fazer, no sentido de aprofundar o processo democrático brasileiro. Não é possível no futebol o juiz conversar com o capitão de um time adversário e determinar aquilo que vai apitar. Isso vale para o sistema jurídico brasileiro", afirmou o deputado.

O colegiado agendou a audiência com o ministro da Justiça o dia 26, em conjunto com outras duas comissões: a de Constituição e Justiça e a de Direitos Humanos e Minorias.

No Senado, também houve acordo para evitar uma convocação do ministro da Justiça, e assegurar que ele possa ir à Casa voluntariamente como convidado para falar do conteúdo das conversas que supostamente trocou com o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dall'Agnol.

Nesta terça, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou que Moro vai comparecer à CCJ da Casa no dia 19 para falar sobre o vazamento.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), encaminhou a Alcolumbre um ofício no qual o ministro da Justiça se colocava à disposição dos senadores para ser ouvido pela CCJ.

O que diz a Constituição
No domingo (9), o site Intercept publicou reportagens com trechos de conversas que teriam sido extraídas do aplicativo Telegram, entre 2015 e 2017. Nas conversas, Moro orientou ações e cobrou novas operações dos procuradores.

A Constituição diz que um juiz não pode aconselhar o Ministério Público nem direcionar seu trabalho. Deve apenas se manifestar nos autos dos processos para resguardar sua imparcialidade.

Moro e Bolsonaro em jogo do Flamengo
O presidente Jair Bolsonaro levou na noite desta quarta o ministro Sérgio Moro ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para assistir ao jogo entre Flamengo e CSA, pelo Campeonato Brasileiro.

Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o episódio que envolve o ministro em relação às publicações do site The Intercept. Nesta terça, encerrou uma entrevista em São Paulo quando recebeu uma pergunta sobre o assunto. Mas no mesmo dia recebeu Moro na residência oficial do Palácio da Alvorada e depois foi com ele, de lancha, para uma cerimônia da Marinha. Nesta quarta, ele também recebeu o ministro, em audiência no Palácio do Planalto. À noite, foi com o ministro ao jogo.

Na noite desta quarta, Bolsonaro e Moro estavam na tribuna do estádio quando um torcedor jogou uma camisa do Flamengo para o presidente, que a vestiu. Logo depois, Bolsonaro pediu aos torcedores que jogassem outra, para Moro poder usar. Um torcedor, então, jogou. E o ministro da Justiça vestiu (veja no vídeo acima).

Em outro momento, quando ainda não estavam usando a camiseta do clube, Bolsonaro e Moro ergueram os braços, e parte dos torcedores os aplaudiu.

Também compareceram ao jogo o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro Paulo Guedes (Economia).

G1
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As recentes invasões a celulares relatadas por juízes e procuradores poderiam ter sido evitadas com mecanismos de proteção e criptografia dos aparelhos desenvolvidos pelo Gabinete de Segurança Institucional ( GSI ), feito com tecnologia desenvolvida pela Agência Brasileira de Inteligência ( Abin ). É o que afirmam alguns "hackers" ouvidos pelo GLOBO e o GSI. O presidente, o vice-presidente e ministros de Estado possuem estes celulares protegidos à disposição, cabendo a eles optar pelo equipamento e operá-lo conforme suas necessidades funcionais.

O vazamento de supostos diálogos entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, tem provocado uma mudança de hábito no alto escalão do governo de Jair Bolsonaro. O presidente e integrantes do Executivo sempre preferiram usar aplicativos de mensagem, como WhatsApp e Telegram, para se comunicar e tratar até de assuntos confidenciais. Mas agora devem trocar os aparelhos pessoais pelos da Abin, que não dispõe dos aplicativos.No último dia 5, um hacker invadiu o celular de Moro. O site "The Intercept Brasil", que divulgou as mensagens do ex-juiz com o procurador Dallagnol, afirmou ter recebido o material de uma fonte anônima dias antes desta invasão.

De acordo com os especialistas no assunto, as ameaças cibernéticas são crescentes, cada vez mais difíceis de serem controladas, e deveriam ser encaradas como uma questão de Estado e de segurança nacional.

— Nenhuma comunicação sensível governamental poderia ser realizada por aplicativos comerciais como Whatsapp e Telegram, por e-mail ou até mesmo usando linhas convencionais de telefonia fixa e móvel. No último caso, a rede de telefonia permite interceptações que podem ser ilegalmente realizadas por atores que tenham acesso às infraestruturas de comunicação — explica Guilherme Damasio Goulart, consultor em Direito da Tecnologia e Segurança da Informação na BrownPipe Consultoria.

Goulart lembra que as autoridades brasileiras já foram alvos de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, no qual documentos restritos da Petrobras foram liberados, em caso revelado em 2013.

Celular da Abin tem restrições
Atualmente, o GSI possui um celular criptografado, mas com uma série de restrições de segurança. O aparelho não permite, por exemplo, a instalação de aplicativos como o Whatsapp, Twitter e Facebook, frequentemente utilizados pelo presidente e autoridades públicas. Além disso, só é possível se comunicar de forma criptografada com outros aparelhos similares.

Na avaliação de Camilo Gutierrez, chefe do Laboratório de Pesquisa da Eset América Latina, empresa especializada em detectar ameaças de segurança digital, a criptografia da comunicação, como no celular da Abin, impede o acesso ao fluxo de dados gerado pelo dispositivo, impedindo o acesso de seu conteúdo a pessoas externas. No entanto, não previne completamente o usuário das ameaças.

— O fato de não utilizar um aparelho com as informações criptografadas, pode deixar exposto seu conteúdo antes do acesso indevido a ele, ou seja, se alguém conseguir ter acesso ao celular poderá obter as informações nele armazenadas. No final, as tecnologias criptográficas ajudam a garantir a privacidade das informações — afirma.

Atualmente, o próprio Whatsapp possui uma criptografia de ponta a ponta, o que protegeria as mensagens em caso de invasão, tornando-as incompreensíveis para pessoas externas. No entanto, a prática de pessoas fazerem o backup das mensagens e fotos em nuvens (como Google Drive e Dropbox, por exemplo) torna o conteúdo vulnerável por meio de outras plataformas. Sendo assim, em uma possível tentativa, o invasor consegue ter acesso a todas as mensagens passadas.

Há ainda a vulnerabilidade da confirmação em duas etapas — todas as vezes em que o número de telefone associado ao aplicativo tiver de ser verificado, o usuário terá de inserir um código de seis dígitos criado por ele.

Segundo Vinícius Serafim, também técnico da BrownPipe Consultoria, a medida não seria tão eficaz no caso da invasão provocada no aparelho de Moro , uma vez que há a hipótese de a segurança da operadora de telefonia ter sido comprometida por um agente interno — funcionário — ou externo das operadoras. Nessa situação, o código adicional de segurança enviado por SMS poderia ter sido capturado pelo agente malicioso.

Para ele, a infraestrutura governamental segura de comunicação deveria ser obrigatória para os agentes estatais que lidem com informações sensíveis

— Um chefe ou ministro de Estado deve ter a consciência de que não pode usar a internet da mesma forma que uma pessoa comum. Suas preocupações com segurança devem ser maiores, por serem grandes alvos para agentes maliciosos. O simples fato de carregar um smartphone consigo faz com que diversas empresas, a maioria estrangeiras, consigam saber exatamente a sua localização, o que também deveria ser uma preocupação para a segurança nacional.

Veja dicas de segurança dos especialistas

  • Tenha uma solução de segurança instalada no dispositivo que permita detectar comportamentos estranhos no dispositivo móvel e que possam tornar-se vetores de infecção que levem um invasor a assumir o controle do celular do usuário;
  • Revise as permissões solicitadas pelos aplicativos e evite conceder permissões desnecessárias a aplicativos desconhecidos;
  • Sempre atualize o sistema operacional e os aplicativos do dispositivo para a versão mais recente disponível;
  • Faça backup de todos os dados no computador ou pelo menos os mais valiosos;
  • Use apenas lojas oficiais para baixar aplicativos, onde as chances de se infectar com malware são menores — não nulas;
  • Use o bloqueio de tela, tendo em mente que o padrão pode ser facilmente adivinhado e menos seguro que um PIN;
  • Criptografe o conteúdo do dispositivo;
  • Evite processos de root ou jailbreak do dispositivo, pois eles podem interferir nos processos de atualização de equipamentos e facilitar a instalação de malware;
  • Sempre use redes conhecidas e privadas, especialmente se informações confidenciais forem manipuladas.

O Globo
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