Postos de saúde em diferentes locais do país estão com seus estoques zerados para a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite causada pela bactéria Haemophillus influenzae. A situação tem gerado apreensão em pais e mães de recém-nascidos, que devem receber três doses do imunizante: aos dois, aos quatro e aos seis meses de vida.
O Ministério da Saúde, responsável por garantir o abastecimento de vacinas no país, informa que a normalização deve ocorrer a partir de novembro. Segundo a pasta, o problema não é causado por falta de recursos e ocorre porque um estoque de pentavalente adquirido por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) foi reprovado em testes de qualidade feitos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Diante da situação, as compras com o fornecedor indiano Biologicals E. Limited foram interrompidas pela Opas. Segundo o Ministério da Saúde, não há disponibilidade imediata da vacina com outros fabricantes internacionais. O Brasil ainda não produz a pentavalente e precisa importá-la.
"O Ministério da Saúde solicitou a reposição do fornecimento à Opas. Quando os estoques forem normalizados, o Sistema Único de Saúde (SUS) fará uma busca ativa pelas crianças que completaram dois, quatro ou seis meses de idade entre os meses de agosto e novembro. O país demanda normalmente 800 mil doses mensais dessa vacina. O abastecimento está parcialmente interrompido desde julho, situação comunicada aos estados e municípios", informa a pasta em nota.
O texto acrescenta que, embora existam recursos disponíveis para aquisição da vacina, o Brasil depende do processo de fabricação e testagem para conseguir repor os estoques. O Ministério da Saúde afirma ainda que não há dados que revelem uma emergência epidemiológica das doenças cobertas pela vacina pentavalente. Ainda assim, a pasta assegura possuir doses suficientes para realização de bloqueios vacinais em caso de surtos inesperados.
O desabastecimento já foi sentido em pelo menos cincos estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Norte. Usuários têm usado as redes sociais para se queixar da situação. "Tenho um bebê de dois meses que não consegue tomar a vacina pentavalente que está em falta nos postos de saúde na região do Sapopemba, Vila Ema e Santa Clara, regiões da zona leste. Já fui a três postos e todos dão a mesma resposta, está em falta", relatou no Twitter uma moradora de São Paulo, Kaaw Cyrino Batista.
Na região metropolitana do Rio de Janeiro, alguns postos já estão há mais de um mês sem a vacina. Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) informou que aguarda nova remessa do imunizante. Ao tentar obter ajuda no Twitter, a carioca Iza Braga ficou sem resposta: "Alguém que tenha conseguido dar a vacina pentavalente ao seu bebê, pode me indicar o lugar que conseguiu?", escreveu nesta manhã.
Segundo a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a pentavalente protege contra doenças que estão controladas no país, mas o desabastecimento preocupa porque reduz a cobertura vacinal. "É importante dizer que a vacina não está faltando em todos os postos ainda. Então vale buscar em lugares diferentes. E, embora só uma minoria da população tenha condições de adquirir a vacina na rede privada, quem tiver condições não deve ficar esperando", avalia.
Ela lembra que os bebês devem ser levados ao posto de saúde mesmo com o desabastecimento da pentavalente. "O calendário de vacinação prevê outras vacinas que são aplicadas no mesmo dia da pentavalente. Não podemos deixar outras coberturas caírem por falta de uma vacina", diz.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
Subiu para oito o número de casos de sarampo foram confirmados na Paraíba até esta sexta-feira (27), de acordo com o Secretaria de Estado da Saúde. Um caso foi confirmado na cidade de Barra de São Miguel, quatro em João Pessoa, um em Bayeux, um em Santa Rita e um em Santa Cecília. Até a última sexta-feira (20) o número de casos confirmados era 5.
Ao todo, 166 casos já foram notificados, com o descarte de 60 casos. No entanto, 98 casos seguem em investigação. Em todo o país, segundo o Ministério da Saúde, mais de 3,9 mil casos foram confirmados nos últimos 90 dias.
A vacina tríplice viral - que protege contra sarampo, caxumba e rubéola - é ofertada nas salas de vacinação distribuídas entre as Unidades de Saúde da Família (USF), as policlínicas municipais e o Centro Municipal de Imunização. A dose é direcionada para crianças de seis meses de vida até adultos de 49 anos de idade.
As crianças de seis meses devem tomar a chamada “dose zero”. A vacina deve ser ministrada em duas doses a partir de um ano de idade até 29 anos, 11 meses e 29 dias de vida do cidadão, respeitando o intervalo das doses do calendário vacinal. Caso a pessoa comprove as duas doses, não é necessário tomar nenhuma a mais, já sendo considerada imunizada.
Já para adultos com idade de 30 a 49 anos, 11 meses e 29 dias, basta uma dose da vacina para que seja considerado imunizado. Os profissionais da área de saúde, independentemente da idade, devem tomar duas doses. Caso comprove que tomou as duas doses, não é necessária nenhuma outra.
Mudança da vacina em João Pessoa
A vacinação em João Pessoa está ocorrendo em apenas seis unidades de saúde da capital paraibana. De acordo com a secretaria de Saúde, o objetivo da mudança de estratégia é evitar a perda técnica das doses da vacina e otimizar a imunização.
A população deve procurar as seguintes unidades: USF Integrada Cruz das Armas, USF Integrada Estação Saúde (Ernesto Geisel), USF Integrada Mangabeira, USF Integrada Viver Bem (Treze de Maio), USF Integrada Santa Clara (Castelo Branco) e Centro Municipal de Imunizações (Torre).
As unidades de saúde da família funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 12h às 16h. Já o Centro de Imunizações funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.
Sintomas
Os sintomas iniciais de sarampo são, de acordo com a Secretaria, febre acompanhada de tosse persistente, irritação nos olhos, coriza e congestão nasal e mal-estar intenso. Após isso, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. Também são comuns lesões muito dolorosas na boca.
A doença pode agravar-se e acometer o sistema nervoso central, assim como ter complicações com infecções secundárias como pneumonia, podendo levar à morte. As complicações atingem mais gravemente os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências.
G1 PB
Portal Santo André em Foco
O Facebook começou a ocultar o número de curtidas a postagens para usuários na Austrália nesta sexta-feira (27). A iniciativa vale para reações em posts e vídeos.
A iniciativa é parte de um projeto do Facebook para reduzir pressão e ansiedade entre os usuários das redes sociais. Em julho deste ano a empresa anunciou que faria isso em outra plataforma, o Instagram.
Esses testes foram anunciados no fim de abril, na conferência de desenvolvedores do Facebook, a F8. Na época a empresa disse queria deixar a plataforma com "menos pressão" sobre seus usuários.
É uma mudança grande, já que o Facebook ficou conhecido pelo botão de curtir e por como esse tipo de interação significa algum tipo de apoio em ambientes online. Em 2016, a empresa apresentou outras 5 interações, além do curtir.
O número de curtidas em um posts do Instagram está oculto no Brasil, Itália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia, Austrália e Japão.
Facebook e outras redes sociais geraram preocupação nos últimos anos por aumentar a ansiedade entre usuários por causa das interações on-line.
Segundo uma pesquisa realizada pelo instituto Pew Research Center no ano passado, 43% dos adolescentes nos Estados Unidos se sentem pressionados a publicar conteúdo que vai mostrá-los de forma positiva e 37% deles sentem necessidade de compartilhar posts que vão gerar muitas curtidas e comentários.
G1
Portal Santo André em Foco
Os democratas não tiveram outra opção a não ser lançar uma investigação para um processo de impeachment de Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (27) a presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi.
Ela ressaltou que o presidente dos Estados Unidos pôs a segurança nacional em risco ao solicitar à Ucrânia que investigasse seu rival político Joe Biden.
No início da semana, Pelosi lançou formalmente a investigação para iniciar um processo de julgamento político. Congresso e Casa Branca estão no meio de um confronto por causa do informe de um denunciante, a respeito da explosiva ligação de 25 de julho entre Trump e o novo presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski.
Os congressistas democratas "tomaram suas próprias decisões sobre isso, em seu devido tempo. Mas, ao se tratar de um tema de segurança tão convincente, [Trump] simplesmente não nos deu outra opção", disse a presidente da Câmara, em entrevista à emissora de televisão MSNBC.
Ingerência de um país estrangeiro
Membro dos serviços de Inteligência, o denunciante disse que falou com pelo menos seis funcionários do governo americano e concluiu que Trump estava "usando o poder de seu cargo para solicitar a ingerência de um país estrangeiro na eleição americana de 2020", aponta o informe.
A Casa Branca prometeu, na quinta-feira (26), resistir "à histeria e às falsas narrativas" dos democratas, depois que foram divulgados os detalhes do relatório do denunciante.
"Nada mudou com a publicação deste relatório, que nada mais é do que uma compilação de relatos de terceiros sobre eventos e de recortes de imprensa improvisados", disse a porta-voz de Trump, Stephanie Grisham.
O presidente americano reconheceu ter pedido à Ucrânia para lançar uma investigação anticorrupção contra Biden, um dos principais pré-candidatos nas primárias democratas, e seu filho Hunter.
Para coordenar a investigação com as autoridades ucranianas, Trump disse a Zelenski que entrasse em contato com seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, e com o procurador-geral dos EUA, Bill Barr. A declaração levou Pelosi a acusar o secretário de Justiça de má conduta no cargo.
"Acho que o que estão fazendo é encobrir o encobrimento. E isso é realmente muito triste para eles", afirmou.
Trump garantiu que não houve qualquer pressão sobre Kiev, uma afirmação que foi corroborada pelo presidente Zelenski.
Os críticos apontam, contudo, que Donald Trump segurou quase US$ 400 milhõesem ajuda militar à Ucrânia para pressionar seu presidente.
Até esta sexta-feira (27) , 223 democratas - todos menos 12 - e um congressista republicano da Câmara de Representantes de 435 cadeiras apoiam uma investigação de impeachment, segundo o site Politico.
France Presse
Portal Santo André em Foco
O Conselho de Direitos Humanos da ONU decidiu nesta sexta-feira (27) criar em caráter de urgência uma "missão internacional independente" para investigar as supostas violações dos direitos humanos, incluindo execuções extrajudiciais e torturas, cometidas na Venezuela desde 2014.
Uma resolução, proposta fundamentalmente por vários países do Grupo de Lima (composto por uma dezena de países latino-americanos e o Canadá) e apoiada pela União Europeia, foi aprovada no Conselho em Genebra por 19 votos a favor, sete contra e 21 abstenções, de acordo com a France Presse.
Cuba foi um dos países que votaram contra, enquanto Uruguai e México optaram pela abstenção.
A resolução pede que a missão, que terá os integrantes definidos pelo presidente do Conselho de Direitos Humanos, seja "enviada urgentemente" à Venezuela.
A missão terá de investigar "casos de execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, detenção arbitrária, tortura e outros maus-tratos, desumanos e degradantes, ocorridos desde 2014, com o objetivo de assegurar a plena prestação de contas dos autores e justiça para as vítimas", afirma o texto aprovado.
A decisão foi tomada um dia depois que a Venezuela conseguiu a aprovação de outra resolução no Conselho sobre "o fortalecimento da cooperação" no âmbito dos direitos humanos com o gabinete da alta comissária dos Direitos Humanos, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet.
Venezuela nega cooperação
A resolução pede às autoridades venezuelanas que "cooperem plenamente com a missão e proporcionem acesso imediato e sem obstáculos". Depois da votação, o embaixador venezuelano no Conselho, Jorge Valero, advertiu que o país não vai colaborar.
"A imposição de mecanismos de monitoramento adicionais nunca contará com o consentimento do meu país", disse o embaixador venezuelano.
Se a Venezuela não autorizar a presença dos investigadores internacionais, eles podem trabalhar no exterior, como acontece com os especialistas das Nações Unidas que investigam os abusos na Síria, ou em Mianmar. Neste caso, eles se baseiam, sobretudo, nos depoimentos de refugiados.
Visita de Michelle Bachelet
Após visita de Bachelet à Venezuela, a agência para Direitos Humanos da ONU pediu para que o governo de Nicolás Maduro pare com as graves violações de direitos no país.
O documento divulgado na época denuncia que, especialmente a partir de 2016, o regime de Maduro e suas instituições colocaram em marcha uma estratégia para neutralizar, reprimir e criminalizar a oposição política e os críticos do governo.
O informe foi redigido depois de 558 entrevistas na Venezuela e em outros oito países com vítimas e testemunhas de violações de direitos humanos e atingidos pela situação econômica. As entrevistas foram realizadas entre janeiro de 2018 e maio de 2019.
União Europeia
Nesta sexta, a União Europeia anunciou sanções a sete membros das forças de segurança da Venezuela por torturas e pela morte do militar Rafael Acosta e está disposta a adotar mais medidas para fomentar uma "transição negociada" no país latino-americano.
Crise na Venezuela
Em meio à pior crise econômica e política de sua história recente, a Venezuela enfrenta um conflito que ganhou força em janeiro, quando Guaidó se autoproclamou presidente interino e foi reconhecido por mais de 50 países.
Maduro foi reeleito em 2018 em eleições consideradas ilegítimas pela oposição e por parte da comunidade internacional. Apesar de ter as maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela sofre com a falta de alimentos, de remédios e de serviços básicos.
Agravada pela hiperinflação, a situação levou 3,6 milhões de pessoas a abandonarem o país desde 2016, de acordo com números da ONU.
G1
Portal Santo André em Foco
As forças do presidente da Síria, Bashar al Assad, usaram armas químicas em maio, disse o secretário de Estado do governo dos EUA, Mike Pompeo, na quinta-feira (26).
"Os Estados Unidos concluíram que o regime de Assad usou cloro como arma química", disse Pompeo a repórteres, assegurando que o ataque - que ocorreu em 19 de maio no reduto rebelde de Idlib - não ficará "sem resposta".
"Os Estados Unidos continuarão pressionando o regime de Al-Assad a interromper a violência contra civis sírios e a participar do processo político liderado pela ONU", continuou Pompeo.
Washington já havia manifestado sua suspeita sobre o uso de armas químicas naquele ataque, mas esperou confirmar a informação.
Investigadores internacionais apontam que o regime de Asad, apoiado pela Rússia, usou repetidamente armas químicas contra alvos civis em sua brutal tentativa de acabar com a guerra civil.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou ataques com 59 mísseis em resposta a um ataque com gás sarin em abril de 2017, mas o anúncio desta quinta-feira mostra que o regime de Assad não foi persuadido.
Pompeo se recusou a especificar que tipo de resposta será planejada.
France Presse
Portal Santo André em Foco
O ex-presidente francês Jacques Chirac, que morreu na quinta-feira (26) aos 86 anos, receberá no domingo (28) uma homenagem no Palácio dos Inválidos em em Paris, anunciou a família. No dia seguinte, sepultamento será no cemitério de Montparnasse.
Os detalhes serão definidos nesta sexta-feira (27), indicou o Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa.
O Palácio dos Inválidos é um monumento parisiense construído por ordem de Luís XIV em 1670 para receber os inválidos do exército. Atualmente abriga a Catedral de São Luís dos Inválidos, assim como vários museus.
O enterro de Jacques Chirac, que foi presidente entre 1995 e 2007, acontecerá na segunda-feira e será estritamente privado, de acordo com a família. Um dia de luto nacional foi decretado para o dia na França.
Chirac se destacou por sua recusa a levar a França à guerra no Iraque em 2003. Também será recordado pelo reconhecimento da responsabilidade francesa nos crimes nazistas e por suas advertências sobre a mudança climática.
France Presse
Portal Santo André em Foco
Em mesa-redonda promovida pela Comissão Especial das Parcerias Público-Privadas (PL 3453/08) na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu mudanças estruturais nos gastos públicos de modo a aumentar a eficiência do Estado e fazer com o que o País retome a capacidade de investir.
Maia defendeu uma discussão sobre as vinculações obrigatórias do Orçamento da União; a regulamentação, que ele considera excessiva, da atuação da iniciativa privada em áreas como saúde e educação; os subsídios e incentivos fiscais, que segundo ele totalizam R$ 400 bilhões; e a necessidade de outras medidas como uma reforma administrativa para aproximar os salários dos servidores públicos dos da iniciativa privada.
“O papel do Parlamento é este: fiscalizar e reformar o Estado, para que ele possa voltar a ser eficiente e ter um custo correspondente à realidade”, disse.
Maia disse ainda que as parcerias público-privadas são a saída para que o Brasil compense, a curto prazo, o fato de ter perdido a capacidade de investir. Ele acrescentou, porém, que para isso é preciso dar segurança jurídica e acabar com que considera excesso de interferência estatal, para criar condições para que o capital privado, disponível hoje no exterior, seja aplicado no País.
“Até na saúde e na educação temos que pensar que modelo podemos construir para atrair o capital privado. Na saúde, o excesso de regulamentação faz parecer um setor privado socialista, em que as partes não podem sequer discutir contratos entre si sem uma interferência bruta do setor público”, disse.
Maia defendeu o teto de gastos e a reforma da Previdência aprovados pela Câmara, e incluiu as duas medidas como essenciais para que o país racionalize seus custos, volte a crescer e distribua renda.
Para o presidente da Câmara, o sistema de aposentadorias, setores da economia e corporações se apropriam de recursos que poderiam ser investidos em áreas essenciais para a economia e revertidos para o cidadão. “O sistema da Previdência transfere renda dos mais podres para os mais ricos, assim como o sistema tributário igual e a administração pública, que paga os melhores salários para a cúpula do serviço público. O Estado atende os que têm poder e têm lobby para defender seus interesses. O estado, hoje, está inviabilizado e precisa ser reorganizado para atender os interesses da sociedade”, disse.
A mesa-redonda da Comissão Especial das Parcerias Público Privadas também contou com as participações dos deputados João Maia (PL-RN), presidente da comissão; Arnaldo Jardim (CIDADANIA-SP), relator; Hugo Leal (PSD-RJ), Paulo Ganime (NOVO-RJ) e Christino Áureo (PP-RJ).
Agência Câmara
Portal Santo André em Foco
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou nesta sexta-feira (27) que dez estados que aderiram ao programa de renegociação de dívidas, em 2016, não cumpriram com o teto de gastos estabelecido contratualmente e, por isso, podem ter de pagar R$ 30 bilhões ao governo federal.
O Tesouro afirmou que os estados devem ser oficialmente notificados na semana que vem. Por isso, até lá o órgão não vai divulgar a lista dos dez.
Pelo processo de renegociação das dívidas estaduais assinado em 2016, um dos primeiros atos do governo do ex-presidente Michel Temer, os estados deixaram de pagar cerca de R$ 50 bilhões ao governo nos últimos anos. O contrato assinado previa o alongamento do prazo das dívidas dos estados com a União por mais 20 anos e a suspensão do pagamento das parcelas mensais em 2016, com retorno gradual nos anos seguintes.
De acordo com o Ministério da Economia, todos os estados aderiram ao programa, exceto: Bahia, Distrito Federal, Roraima, Rondônia, Tocantins, Piauí, Maranhão e Amazonas.
Para poder contar com esses benefícios, os estados se comprometeram a aplicar, nos dois exercícios subsequentes à assinatura do termo aditivo, ou seja, em 2016 e 2017, um teto de gastos com base na variação da inflação. Essa regra, porém, não foi cumprida por esses 10 estados.
"Eles perdem todo benefício do alongamento e têm de pagar o extra de juros que deixaram de pagar nos últimos dois anos. É uma conta de mais de R$ 30 bilhões", disse o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
Segundo ele, os estados serão notificados sobre o descumprimento e poderão recorrer administrativamente. Caso percam, ainda podem recorrer judicialmente. "Como é um montante muito grande, e se o prazo de recorrer administrativamente se esgotasse, e tivesse de executar a penalidade, possivelmente isso seria judicializado", disse o secretário.
Plano de equilíbrio fiscal
Almeida lembrou que o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF), encaminhado em junho ao Congresso Nacional, prevê um prazo de dois anos para os estados se reenquadrarem no teto de gastos. Se aprovado, o plano prevê, ainda, um prazo de cinco anos para reenquadramento nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O texto está sendo analisado pela Câmara dos Deputados.
"É essencial que a gente ande com o PEF pois eles [estados] ganham dois anos a mais para cumprir [a regra do teto]. Se não cumprirem, têm encargos e honorários. E têm um prazo maior de cinco anos para se ajustarem [às regras da LRF]. Essas dificuldades também mostram a importância da reforma da previdência [para os estados]", concluiu Mansueto Almeida.
No Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal, o governo propôs que estados com problemas de caixa, mas baixo nível de endividamento, possam voltar a ter aval do Tesouro Nacional para buscarem empréstimos em instituições financeiras.
Atualmente, o Tesouro só pode atuar como avalista de empréstimos para estados e municípios que possuem nota A ou B. No entanto, a maioria dos estados tem notas C ou D. É o próprio Tesouro que atribui as notas de endividamento aos entes federativos.
A proposta é de que os estados com nota C possam buscar empréstimos com aval do Tesouro, desde que apresentem um plano de equilíbrio para os próximos anos. Os estados que atualmente têm nota C e que poderiam buscar esse aval do Tesouro são: Bahia; Distrito Federal; Goiás; Maranhão; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Pernambuco; Piauí; Rio Grande do Norte; Roraima; Santa Catarina; Sergipe e Tocantins.
G1
Portal Santo André em Foco
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,8 % no trimestre encerrado em agosto, atingindo 12,6 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa uma estabilidade frente ao trimestre encerrado em julho, quando a taxa também ficou em 11,8% e o número de desempregados também foi calculado em 12,6 milhões.
Já na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (12,1%), a taxa de desemprego caiu 0,3 ponto percentual. Também houve melhora na comparação com o trimestre móvel anterior, de março a maio (12,3%).
Apesar dos sinais de recuperação do mercado de trabalho, os dados do IBGE mostram que o aumento da população ocupada tem sido puxado sobretudo pelo avanço da informalidade, que atingiu nível recorde, atingindo 41,4% da população ocupada, ou 38,8 milhões de brasileiros.
A taxa de desemprego ficou ligeiramente acima da mediana das expectativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que apontava para uma redução para 11,7%. O intervalo das projeções ia de 11,5% a 11,8%.
Trabalho sem carteira e por conta própria bate novo recorde
Segundo o IBGE, os número de trabalhadores por conta própria e sem carteira assinada bateram um novo recorde na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
A categoria por conta própria chegou a 24,3 milhões de pessoas no trimestre encerrado em agosto, o que representa uma alta de 4,7% (mais 1,1 milhão de pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.
O número de empregados sem carteira de trabalho assinada atingiu o recorde de 11,8 milhões de pessoas, o que representa um crescimento anual de 5,9% (mais 661 mil pessoas).
Já o número de trabalhadores com carteira assinada ficou em 33,0 milhões, o que segundo o IBGE representa uma estabilidade tanto na comparação com o mesmo período do ano passado como em relação ao trimestre anterior.
Trabalho informal avança e atinge 41,4%
A população ocupada no país cresceu 0,7% (mais 684 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 2% (mais 1.841 mil pessoas) na comparação anual.
Segundo o IBGE, dos 684 mil novos ocupados na comparação com o trimestre encerrado em maio, 87,1% (596 mil) entraram no mercado de trabalho pela via informal. Em 12 meses, 1,4 milhão de pessoas, ou 78,3% dos novos ocupados, ingressaram pela informalidade.
Em agosto, 41,4% da população ocupada (38,8 milhões) se encontrava na informalidade, a maior proporção desde 2016, quando a pesquisa passou a investigar empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ, superando assim o recorde anterior, registrado no trimestre encerrado em julho (41,3%).
Este grupo de trabalhadores informais inclui os trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado e domésticos), os sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e os sem remuneração (auxiliam em trabalhos para a família).
“Setores e atividades que têm característica de maior formalidade como a indústria, que tradicionalmente tinha cobertura grande carteira, não estão gerando vagas com vínculo tradicional pela carteira de trabalho”, destacou a analista da IBGE, Adriana Beringuy.
Dados divulgados na quarta-feira pela Ministério da Economia mostram que o país criou 121.387 empregos com carteira assinada em agosto, o melhor para o mês desde 2013. De janeiro a agosto, saldo é de 593 mil vagas formais.
No trimestre terminado em abril, o IBGE havia apontado para o primeiro crescimento real da carteira assinada, interrompendo 16 trimestres seguidos de queda. A divulgação dos dados de agosto reforça que este foi um movimento pontual.
“Esse movimento mais expressivo da carteira de trabalho ficou lá no trimestre passado e, de fato, não foi repetido nesse trimestre que se encerra em agosto”, enfatizou Adriana.
Falta trabalho para 27,8 milhões
A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 24,3%, o que representa uma queda de 0,7 p.p. em relação ao trimestre móvel anterior (25%) e estabilidade na comparação anual. Isso significa que ainda falta trabalho atualmente para 27,8 milhões de brasileiros, ante um contingente de 27,4 milhões no mesmo período do ano passado.
Segundo o IBGE, o país ainda tem um total de 4,7 milhões de desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego), o que representa uma queda de 3,9% (menos 193 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel e estabilidade na comparação anual.
Já o número de subocupados ficou em 7,2 milhões. O número de pessoas trabalhando menos horas do que gostariam permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, mas cresceu 8,5% (ou mais 568 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.
Renda estagnada
O rendimento médio real do trabalhador, ficou estagnado, passado de R$ 2.297 no trimestre anterior para R$ 2.298. No mesmo trimestre do ano passado estava em R$ 2.302. Já a massa de rendimentos ficou estável em R$ 209,9 bilhões.
“Esse aumento na ocupação não foi suficiente para aumentar a massa de rendimento, porque o emprego gerado foi voltado para postos de trabalho na área informal. E é essa massa de rendimento que movimenta o mercado de trabalho de forma virtuosa”, afirmou o diretor adjunto de Pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo.
Impacto na Previdência
Segundo o IBGE, a informalidade tem contribuído para diminuir o desemprego, mas afeta a arrecadação previdenciária no país. De acordo com os dados da pesquisa, 62,4% dos ocupados contribuem para a Previdência Social, percentual que está em queda desde 2017, quando era de 65,3%.
“Desde o início de 2019, a contribuição previdenciária só cai, enquanto a população ocupada cresce”, afirma Beringuy. A pesquisadora ressalvou, porém, que no começo de 2012 esse percentual chegou a 61,5%.
G1
Portal Santo André em Foco