Novembro 25, 2024

Dólar opera em alta e chega a R$ 4,26

O dólar opera em alta nesta quinta-feira (30), em dia marcado pela cautela global em relação ao surto de coronavírus na China e seu possível impacto econômico.

Às 14h25, a moeda norte-americana subia 1,02%, vendida a R$ 4,2628. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 4,2725 e se aproximou do maior patamar intradia já registrado. Em 26 de novembro, no pico da sessão, o dólar marcou R$ 4,2771.

No dia anterior, a moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 4,2193, em alta de 0,62%. No ano, a moeda já acumula alta de 5,22%.

Coronavírus
O número de mortos por coronavírus na China já passa de 170 em 18 países.

O receio do mercado é que o surto afete a demanda dos consumidores e tenha impactos mais diretos e abrangentes sobre a atividade econômica, já que o mercado tem na memória a epidemia de SARS de 2002 a 2003, também na China.

Em todo o mundo, investidores temiam as consequências do surto de coronavírus para o crescimento da segunda maior economia do mundo, o que impulsionava o dólar contra boa parte das divisas arriscadas, como peso mexicano, lira turca, dólar australiano e iene chinês.

"Hoje se destaca o fator externo; há um clima pessimista lá fora, pesando de forma incerta com preocupações sobre a China", disse Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria.

Política monetária
Na véspera, o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, decidiu manter inalterada a taxa básica de juros do país, no intervalo entre 1,5% e 1,75%.

Juros mais baixos nos EUA estimulam investidores a levar recursos para outros mercados, como emergentes, caso do Brasil – o que poderia ajudar a melhorar o fluxo cambial e valorizar a moeda doméstica.

Por aqui, o Banco Central divulgará no dia 5 de fevereiro vem sua decisão sobre os juros, com analistas esperando um corte de 0,25 ponto percentual, para um novo piso histórico de 4,25%. A Selic está atualmente em 4,50% ao ano.

Para o mercado, a sinalização de política monetária do Federal Reserve na quarta-feira abre espaço para um Banco Central brasileiro inclinado a uma política monetária afrouxada.

Analistas têm afirmado que o movimento de depreciação do real está relacionado à perda de atratividade da moeda como ativo, entre outros fatores, por causa do retorno "extra" oferecido pela renda fixa brasileira em comparação a seus pares, na esteira dos cortes da Selic a sucessivas mínimas recordes.

Além disso, o Banco Central anunciou que realizará leilão de swap tradicional na segunda-feira para rolagem do vencimento de 1º de abril.

G1
Portal Santo André em Foco

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