O dólar opera em queda nesta sexta-feira (1º), na contramão do movimento da véspera, em meio a dados industriais positivos da China, com uma pausa nas tensões da guerra comercial favorecendo o apetite por risco em meio a dados positivos da indústria da China e um relatório de emprego melhor do que o esperado nos Estados Unidos.
Às 15h25, a moeda norte-americana caía 0,32%, a R$ 3,9970.
Na quinta-feira, a moeda encerrou em alta de 0,57%, vendida a R$ 4,0098.
A guerra comercial prolongada entre Estados Unidos e China parecia dar uma pausa para respirar nesta sexta-feira, com a falta de intensificação nas tensões entre as duas maiores economias do mundo favorecendo as moedas emergentes, mais arriscadas.
"É um movimento externo, com ausência de notícias em relação à guerra comercial, o que beneficia o real", disse à Reuters Camila Abdelmalack, economista da CM Capital Markets.
Na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que os EUA e a China anunciarão em breve um novo local onde ele e o presidente chinês, Xi Jinping, assinarão a "fase um" de um acordo comercial após o Chile cancelar uma cúpula planejada para meados de novembro.
Trump não ofereceu detalhes sobre quando uma nova reunião pode ser marcada, mas a Casa Branca disse na quarta-feira que espera finalizar um acordo "dentro do mesmo período de tempo" planejado.
Em outro estímulo ao risco, a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos desacelerou menos do que o esperado em outubro, enquanto as contratações nos dois meses anteriores foram mais fortes do que o estimado originalmente, oferecendo garantia que os consumidores continuarão a sustentar a economia norte-americana.
Na China, a atividade industrial expandiu inesperadamente no ritmo mais forte em mais de dois anos em outubro, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit divulgada nesta sexta-feira.
"Os dados de emprego dos EUA vieram acima das expectativas do mercado... e dados da China beneficiaram os emergentes e ampliaram a busca por ativos mais arriscados", completou Abdelmalack.
Nesta sexta-feira, o Banco Central vendeu 500 milhões dos 600 milhões de dólares em moeda spot ofertados, e 10 mil dos 12.000 contratos de swap cambial reverso. Adicionalmente, a autarquia também ofertará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento janeiro de 2020.
G1
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