Novembro 24, 2024

Confiança do consumidor muda de rumo e cai em outubro, aponta FGV

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 0,3 ponto em outubro, para 89,4 pontos, após duas altas consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o índice seguiu no terreno positivo, ao subir 0,4 ponto no mês.

Entre os componentes, o Índice de Situação Atual (ISA) ficou com 77,4 pontos enquanto o Índice de Expectativas (IE) diminuiu 0,4 ponto, para 98,3 pontos, se mantendo em patamar ainda abaixo do nível neutro de 100 pontos pelo sétimo mês consecutivo.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede o grau de otimismo com a situação econômica futura foi o que mais influenciou na queda da confiança em outubro após recuar 1,5 ponto, para 114,3 pontos. Em sentido oposto, o indicador que mede a satisfação do consumidor sobre o momento atual da economia avançou 0,8 ponto, para 83,1 pontos, o maior patamar desde março de 2019 (83,5).

Quanto à situação financeira das famílias, o indicador que mede a avaliação desse quesito no momento atual recuou pela segunda vez seguida, de 73,1 pontos em setembro para 72,3 pontos em outubro, enquanto o indicador que mede o otimismo desse quesito em relação aos próximos seis meses subiu 1,7 ponto, para 101,1 pontos, retornando ao patamar acima dos 100 pontos.

Em outubro, a análise por faixas de renda mostra que houve queda da confiança dos consumidores com menor poder aquisitivo (renda familiar mensal até R$ 4,8 mil) e, em contrapartida, aumento da confiança para os consumidores com renda superior a R$ 4,8 mil.

A maior contribuição para a queda do ICC no mês vem da renda baixa (até R$ 2,1 mil) cujo índice caiu 1,5 ponto, para 85,6 pontos, devido à piora das expectativas, principalmente em relação à situação econômica nos próximos seis meses.

O ICC das famílias com renda alta (acima de R$ 9,6 mil), no entanto, subiu 1,6 ponto, para 94,4 pontos, impulsionado por um aumento da intenção de compras de bens duráveis pelo segundo mês consecutivo.

“Após subir nos dois meses anteriores, a confiança dos consumidores recuou em outubro. A avaliação sobre a situação da economia no momento atual parece ser dúbia e, por isso, os indicadores que refletem perspectivas futuras continuam voláteis. As expectativas sobre a situação financeira melhoraram, mas as intenções de compras só se mantiveram mais altas para os consumidores de maior poder aquisitivo", aponta Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens da FGV.

Segundo ela, no quarto trimestre, "a confiança deve se manter abaixo do patamar neutro, considerando a recuperação ainda lenta do mercado de trabalho, o que daria maior fôlego aos consumidores, e a incerteza elevada".

G1
Portal Santo André em Foco

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