O dólar opera em alta nesta quinta-feira (16), acima do patamar de R$ 4, com os investidores atentos à cena política local e acompanhando desdobramentos na disputa comercial entre Estados Unidos e China, que segue pressionando mercados emergentes. Além disso, a queda nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA contribuía para a alta.
Às 13h32, a moeda norte-americana subia 0,23%, vendida a R$ 4,0056. Na máxima da sessão, chegou a R$ 4,0261, maior cotação intradia desde 1º de outubro do ano passado (R$ 4,0629).
No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,52%, a R$ 3,9966 - maior patamar de fechamento desde 1º de outubro (R$ 4,0174). Durante o pregão, chegou a bater R$ 4,02. No mês, a alta acumulada é de 1,93%, e no ano, de 3,16%.
Cenário externo e local
O número de norte-americanos que entraram com pedido de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, apontando para um mercado de trabalho forte que deve sustentar a economia em meio à desaceleração do crescimento.
Dentro da guerra comercial, a China criticou nesta quinta-feira a decisão do governo dos Estados Unidos de colocar a gigante de equipamentos de telecomunicações Huawei em uma lista negra e disse que adotará medidas para proteger suas empresas, em mais um teste para as relações entre as duas potências.
A China disse que adotará todas as medidas necessárias para proteger os direitos legítimos das empresas chinesas.
A expectativa de que esse sentimento permanecerá até a reunião do G20, no fim de junho, quando deve haver alguma definição. Até lá, a questão continuará fazendo preço nos mercados a depender das declarações e ações de ambas as partes, destaca a agência Reuters.
O presidente Jair Bolsonaro receberá nesta quinta-feira o prêmio "Personalidade do Ano" pela Câmara de Comércio Brasil-EUA na cidade norte-americana de Dallas em um momento de escalada nas tensões no ambiente político no país.
Os últimos dias foram marcados por protestos contra o governo, particularmente cortes de verbas em universidades federais, além de investigações envolvendo pessoas próximas ao presidente e declarações controversas pela equipe de Bolsonaro.
Atuação do BC
O Banco Central vendeu nesta quinta-feira todos os 5,05 mil swaps cambiais tradicionais ofertados em leilão para rolagem do vencimento julho. Em 11 operações, o BC já rolou US$ 2,778 bilhões, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho.
O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.
G1
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