O dólar é negociado em alta nesta sexta-feira (23), atingindo o patamar de R$ 4,18, com investidores à espera de novidades sobre as negociações comerciais entre EUA e China e da divulgação, na terça-feira (24), da ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
Às 15h20, a moeda norte-americana subia 0,53%, a US$ 4,1755. Na máxima do dia, o câmbio chegou a subir 0,74%, a R$ 4,1845. Veja cotação.
Na semana passada, o dólar saltou 1,6%, na maior valorização semanal em um mês, na esteira da sinalização do Banco Central de que cortará novamente os juros.
Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,21%, a R$ 4,1535, acumulando alta de 0,29% na parcial do mês. No ano, tem avanço de 7,21% em relação ao real.
Do cenário externo, o mercado monitora as negociações entre China e Estados Unidos sobre a guerra comercial. Além disso, investidores repercutem ainda a divulgação nesta segunda de dados fracos da indústria alemã.
"Ainda estamos reféns do cenário externo. A redução das expectativas de um acordo entre EUA e China e a divulgação de dados fracos na Europa deixaram o investidor menos propenso a procurar por ativos de risco, já que os temores de uma recessão global voltaram com tudo", afirmou à Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da Assessoria de câmbio FB Capital.
Um acordo comercial entre EUA e China pareceu ter ficado mais distante na sexta-feira, depois que autoridades chinesas cancelarem inesperadamente uma visita a fazendas de Montana e Nebraska em meio a dois dias de negociações em Washington.
Para Begallo, o dólar tende a se manter volátil, com o risco de subir para além da marca de R$ 4,20 e de possíveis atuações adicionais do Banco Central.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 subiu de R$ 3,90 para R$ 3,95 por dólar, segundo pequisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda. Para o fechamento de 2020, ficou estável em R$ 3,90 por dólar.
Intervenção do BC no câmbio
Nesta sessão, o BC vendeu todos os US$ 580 milhões ofertados em moeda física e negociou ainda todos os 11.600 contratos de swap cambial reverso ofertados – nos quais assume posição comprada em dólar. Adicionalmente, vendeu também US$ 1,8 bilhão em leilão de rolagem de linha de dólar.
G1
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