O número de brasileiros ocupados no mercado de trabalho bateu recorde no trimestre encerrado em outubro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informalidade, no entanto, ainda assola o país: de cada dez pessoas ocupadas, quatro não estavam formalizados.
No período, a população ocupada foi estimada em 99,66 milhões de pessoas – uma alta de 1% em relação ao trimestre anterior e de 6,1% no ano. O IBGE considera as pessoas ocupadas as que têm idade para trabalhar a partir de 14 anos dentro da força de trabalho – nesse número entram empregados com e sem carteira, dos setores privado e público, e também trabalhadores por conta própria.
Já os informais eram 38,965 milhões de trabalhadores em outubro – 39% dos ocupados. Fazem parte desse o empregado no setor privado sem carteira assinada, o doméstico sem carteira assinada e o que atua por conta própria ou como empregador sem CNPJ, além daquele que ajuda parentes em determinada atividade profissional (trabalhador familiar auxiliar).
Os dados do IBGE mostraram também que a população desocupada caiu ao menor nível desde o trimestre terminado em julho de 2015, com 9 milhões de pessoas. A taxa de desemprego ficou em 8,3% em outubro, também a menor desde 2015.
“Este momento de crescimento de ocupação já vem em curso desde o segundo semestre de 2021. Com a aproximação dos últimos meses do ano, período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém”, afirma Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.
Ocupados, porém informais
O maior número de pessoas ocupadas no trimestre terminado em outubro estava entre os empregados do setor privado (quase 50 milhões) – 50,2% do total. Desses, a maioria (73,2%) tinha carteira assinada (36,6 milhões). O crescimento desse grupo em relação ao último trimestre foi de 2,3%. Já na comparação anual, o aumento é de 8,1%.
Já os trabalhadores sem carteira assinada são 13,37 milhões dentro dos empregados do setor privado. Enquanto o crescimento no trimestre foi o mesmo que entre os com carteira, na comparação anual foi de 11,8%.
Depois dos empregados do setor privado, os trabalhadores por conta própria têm o segundo maior número entre a população ocupada. Mas, do total de 25,4 milhões, 18,67 milhões (73%) não tinham CNPJ, ou seja, eram informais.
Setores têm crescimento de ocupados
Entre os setores, o comércio é o que tinha o maior número de trabalhadores ocupados em outubro, seguido por administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
Os maiores crescimentos da população ocupada em relação ao trimestre terminado em julho foi em outros serviços e também em Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.
Já na comparação com mesmo trimestre do ano passado, outros serviços e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foram os que mais cresceram.
Nessa mesma base de comparação, todos os setores tiveram crescimento entre os ocupados, com exceção da construção e da agricultura.
g1
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