As contas externas do Brasil registraram déficit de US$ 21,683 bilhões nos sete primeiros meses deste ano. O aumento no rombo foi 76,8% se comparado ao mesmo período de 2018, quando foi registrado um resultado negativo de US$ 12,261 bilhões. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central (BC).
O indicador, que é um dos principais do setor externo do país, é formado pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
De acordo com Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do BC, o resultado negativo no saldo comercial e o aumento de remessas de lucros e dividendos ao exterior geraram a piora no resultado das contas externas neste ano.
"O saldo comercial [superávit] se reduziu em US$ 6,8 bilhões [até julho] principalmente por conta da redução de exportações. Isso respondeu por 60% da piora do resultado em transações correntes [contas externas]. O aumento das remessas de lucros e dividendos também influenciou o resultado", declarou ele.
Investimento estrangeiro
O Banco Central também informou nesta segunda-feira que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 44,996 bilhões de janeiro a julho deste ano, com aumento de 17% frente ao mesmo período do ano passado (US$ 38,428 bilhões).
Com isso, os investimentos estrangeiros foram suficientes para cobrir o rombo das contas externas no mês passado (US$ 21,683 bilhões).
Para 2019, o Banco Central estima um ingresso de US$ 90 bilhões em investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira. Se a previsão se confirmar, os investimentos externos seriam suficientes para "financiar" todo o déficit das contas externas do período – cuja estimativa do BC é de US$ 19,3 bilhões neste ano.
G1
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