O dólar opera instável nesta sexta-feira (9), com cautela renovada no âmbito da guerra comercial entre Estados Unidos e China e de olho na tramitação de matérias econômicas no Congresso.
Às 13h43, a moeda norte-americana subia 0,41%, vendida a R$ 3,9433.
No dia anterior, o dólar caiu 1,2%, a R$ 3,9271. No ano, o dólar tem alta acumulada de 1,37%.
Após redução das tensões na véspera, a guerra comercial entre norte-americanos e chineses volta a despertar cautela nos investidores, no último dia desta semana marcada por volatilidade, destaca a Reuters.
"Há poucos sinais de que os lados estão dispostos a fazer as concessões necessárias para colocar as coisas de volta nos trilhos", ponderou a equipe de analistas da XP Investimentos em nota a clientes.
Segundo reportagem da Bloomberg divulgada na noite de quinta-feira (8), o governo norte-americano estaria adiando uma decisão sobre licenças para empresas do país retomarem o comércio com a Huawei Technologies.
"Nos próximos dias, ainda por conta da instabilidade global, ele vai romper R$ 4. Houve sim um ajuste, pessoas realizando lucro, mas na realidade o global predomina sobre qualquer tipo de análise política", disse à Reuters o gerente de câmbio da Tullett Prebon, Italo Abucater, referindo-se à volatilidade dos últimos dias.
Reformas no Brasil
De maneira geral, agentes financeiros entendem que qualquer fato positivo ligado à Previdência, como a sua aprovação na Câmara sem alteração por destaques, já estava precificada e, por isso, não tem potencial para fazer preço, indica a Reuters.
No panorama doméstico, que fica em segundo plano, agentes financeiros continuam a acompanhar a tramitação da pauta econômica, mais precisamente a reforma da Previdência, que agora terá de ser votada no Senado, e o início das discussões sobre a reforma tributária.
O relator da reforma previdenciária no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE) prometeu dar celeridade à condução da matéria e defendeu que seja preservada a essência do texto encaminhado pela Câmara, deixando as alterações para uma "PEC paralela".
Já com relação à reforma tributária, a expectativa é que o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresente a proposta na próxima semana.
O Banco Central vendeu todos os 11 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados nesta sexta-feira em operação para rolar o vencimento outubro de 2019.
G1
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