Depois de um início instável, o dólar engatou mais um dia de alta nesta quarta-feira (13), depois de ter batido na véspera nova cotação recorde de fechamento, com os investidores de olho no recrudescimento das incertezas políticas locais.
Às 11h14, a moeda norte-americana subia 0,94%, a R$ 5,9242. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 5,9292. Veja mais cotações.
Na terça-feira, o dólar encerrou o dia vendido a R$ 5,8691, em alta de 0,86%, batendo novo recorde nominal de fechamento, isto é, sem considerar a inflação. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,8860. No mês, a alta acumulada é de 7,89%. No ano, o avanço chegou a 46,37%.
Tensão em Brasília
Na véspera, pesou no mercado de câmbio o aumento da tensão política em Brasília, onde advogados e investigadores assistiram ao vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. Quatro fontes que assistiram ao vídeo confirmaram à TV Globo e à GloboNews os motivos externados pelo presidente Jair Bolsonaro para exigir a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Segundo esses relatos, no vídeo, o presidente menciona preocupação com a família ao falar da necessidade de trocar superintendente da PF no Rio. De acordo com as fontes, Bolsonaro menciona na reunião que não quer os "familiares” prejudicados.
Ainda por aqui, o mercado reage à revisão divulgada pelo governo federal para as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB): a expectativa agora é de um tombo de 4,7% na economia este ano. A previsão anterior, divulgada em março, era de que a economia teria crescimento de 0,02% em 2020.
Cenário externo
Nos mercados globais, ressurgiram preocupações com os riscos de abertura prematura da economia.
Os futuros acionários dos Estados Unidos subiam nesta quarta-feira, com os investidores à espera de um discurso do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell. As observações de Powell serão examinadas em meio a apostas crescentes de que os Estados Unidos poderiam adotar uma taxa de juros negativa pela primeira vez para combater o grave golpe econômico da pandemia de coronavírus.
Na Europa, o Reino Unido informou nesta quarta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 2% no 1º trimestre de 2020, na maior retração desde o quarto trimestre de 2008.
G1
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