O dólar volta a operar em alta nesta quarta-feira (11), após uma trégua na véspera, e com a volta do Banco Central às operações de swap cambial (equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro), após fortes ações no mercado à vista nos últimos dias.
Às 16h28, a moeda norte-americana era vendida em alta de 1,92%, a R$ 4,7334. Na máxima, marcou R$ 4,7584.
Pela manhã, o BC fez uma oferta de até US$ 1 bilhão em swaps cambiais, voltando ao mecanismo após dois dias de intervenções no mercado à vista. Na terça, o BC ofereceu US$ 2 bilhões. Na segunda, dia em que os mercados enfrentaram forte turbulência, o Banco Central vendeu US$ 3,465 bilhões em moeda spot – o maior volume a ser liquidado em um mesmo dia desde pelo menos 11 de maio de 2009.
Com a ação do BC, na terça-feira, o dólar caiu 1,77%, a R$ 4,6447, dando um alívio ao câmbio após a forte turbulência dos mercados na véspera, e em meio à recuperação dos preços do petróleo e à sinalização de medidas de estímulos pelo mundo para combater o impacto econômico do coronavírus.
Cenário local e doméstico
Em todo o mundo, os investidores adotavam um tom mais cauteloso à medida que acompanhavam a rápida expansão do surto de coronavírus, que forçou vários governos e bancos centrais a anunciar medidas de emergência para evitar que a doença leve a uma nova recessão econômica.
Nesta quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia de Covid-19. De acordo com a OMS, o número de casos, mortes e países afetados deve subir nos próximos dias e semanas.
Nesta quarta, o Banco da Inglaterra (BoE) anunciou uma corte emergencial nos juros, em um esforço para estimular a economia. A taxa básica foi reduzida de 0,75% para 0,25% ao ano. Foi o corte mais expressivo desde 2009.
No âmbito doméstico, operadores analisavam dados sobre a inflação oficial do Brasil, que acelerou para 0,25% em fevereiro, mas registrou a taxa mais baixa para o mês em 20 anos, dando apoio às apostas de novo corte na taxa básica de juros na semana que vem.
Também nesta quarta o Ministério da Economia informou que sua estimativa oficial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano foi revisada de 2,4% para 2,1%.
"Estamos monitorando de perto os desdobramentos do Covid-19 [coronavírus] e a recente queda no preço do petróleo e reafirmamos que a melhor resposta ao novo cenário é perseverar com as reformas fiscais e estruturais", informou o ministério.
G1
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