Os principais índices acionários dos Estados Unidos despencaram nesta segunda-feira (9), com a derrocada nos preços do petróleo e a rápida disseminação do coronavírus amplificando temores de uma recessão global.
O índice Dow Jones caiu 7,78%, a 23.851 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 7,6%, a 2.746 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 7,29%, a 7.950 pontos.
As negociações em Wall Street chegaram a ser suspensas logo após a abertura, depois que o S&P 500 desabou 7%. O tombo nas cotações acionou a suspensão automática dos negócios por 15 minutos – mecanismo adotado pelas bolsas locais depois da crise financeira de 2008/2009.
Os preços do petróleo, que já estavam em trajetória de queda em meio ao avanço da epidemia do novo coronavírus, desabaram nesta segunda mais de 30%, na maior queda diária desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991), atingindo mínimas que não eram registradas desde fevereiro de 2016.
"Quanto mais baixo (o petróleo), mais pessoas provavelmente entrarão em ainda maior pânico", disse Rick Meckler, sócio da Cherry Lane Investments.
Fracasso de acordo entre Opep e Rússia e guerra de preços
O tombo das bolsas e dos preços do petróleo veio após a decisão da Arábia Saudita de cortar o valor de venda do barril e indicar o início de uma guerra de preços entre os grandes produtores, na esteira do fracasso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia sobre o tamanho da produção da commodity.
A Rússia se opôs à proposta de cortes mais profundos na produção sugeridos pelos países da Opep e disse nesta segunda-feira que o país poderia suportar preços do petróleo de entre US$ 25 e US$ 30 o barril por um período de entre seis e dez anos.
Com o derretimento generalizado das bolsas, os mercados passaram a temer uma crise da economia real, à medida que a epidemia de coronavírus afeta as cadeias de produção de todo o planeta, obriga o cancelamento de voos e de eventos profissionais e provoca a queda do turismo.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a demanda mundial de petróleo deve cair este ano, pela primeira vez desde 2009, devido à epidemia do novo coronavírus.
G1
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