O presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia de posse do novo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, no Palácio do Planalto. Na ocasião, aproveitou para fazer novos gestos de aproximação aos chefes do Legislativo e Judiciário, reforçando que é preciso buscar a "união" das autoridades.
"Nós quatro não podemos tudo, mas quase tudo passa pelas nossas mãos. A nossa união, nosso sentimento cada vez melhor para o Brasil, realmente fará com que todos sintam a diferença. Agradeço a convivência que tivemos ao longo do ano passado e tenho certeza que o corrente ano será muito melhor", disse Bolsonaro, aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do STF, Dias Toffoli.
O presidente elogiou o trabalho de Marinho enquanto deputado e afirmou que ele serviu de "espelho" para os demais. Também falou que ele é "daquelas pessoas que vão angariando respeito pela forma de trabalhar".
Bolsonaro destacou que o Desenvolvimento Regional é um "ministério complexo, com muita capilaridade" e que "quase tudo que interessa a população" passa pela pasta.
Ele também enalteceu a participação de Marinho como secretário especial de Previdência e Trabalho para viabilizar a aprovação da reforma previdenciária, no ano passado, com os chefes do Legislativo e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
"Tenho certeza de que Marinho terá mais que paciência (no ministério); será altruísta", disse. "Confiança que todos têm em Marinho é enorme, capacidade não faltará", elogiou.
Braço direito do ministro Paulo Guedes, Marinho deixou a Secretaria Especial da Previdência para assumir o comando do Desenvolvimento Regional no lugar de Gustavo Canuto, que assumirá a presidência da Dataprev.
Marinho fala em 'construir pontes'
Na posse, o novo ministro tmabém fez gestos ao Legislativo e afirmou que vai ajudar o presidente Jair Bolsonaro a "construir pontes". Ele enfatizou que "a missão precisa ser compartilhada com todos".
"Presidente, vossa excelência fique tranquilo, vou dar o melhor de mim, sobretudo para construir pontes, estabelecer e consolidar ações, porque não vamos a lugar nenhum se caminharmos sós", disse o ministro. Em mais de um momento, Marinho destacou que assumir o Ministério do Desenvolvimento Regional é "uma tarefa hercúlea" e que representa "um trabalho de muitos desafios". "Por mais pesado que seja o fardo, ele se torna possível se for carregado por muitas mãos. E eu pretendo carregá-lo com a ajuda de todos vocês", declarou.
Marinho também fez um agradecimento especial ao ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável por sua indicação. "Sabemos o tamanho da nossa responsabilidade. E essa é uma missão que queremos fazer juntos com os outros ministros. Quero saudar de forma especial o ministro Paulo Guedes, que literalmente me recrutou para fazer parte da sua equipe", disse.
Ele defendeu, ainda, que a missão da pasta é "corrigir desigualdades regionais para permitir que os irmãos brasileiros tenham igualdade e progresso". "Não tenho dúvida de que essa missão cativa cada brasileiro."
O Ministério do Desenvolvimento Regional é considerado estratégico para o governo: responsável pelo Minha Casa, Minha Vida, programa que Bolsonaro pretende turbinar, a Pasta tem grande influência nas políticas municipais. O movimento do Palácio do Planalto, agora, é para ter uma marca social e entrar no Nordeste.
Antes da cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro saiu para almoçar com alguns dos ministros mais próximos a ele em um restaurante no bairro Vila Planalto, em Brasília. Estavam com ele os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fernando Azevedo (Defesa) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
Estadão
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