Cauteloso ao comentar possíveis apoios a candidaturas nas eleições municipais de 2020, o presidente Jair Bolsonaro deu um recado para os ministros de seu governo que têm pretensões eleitorais neste ano e prometeu demitir quem usar o ministério para influenciar as disputas. "Abra o jogo, se não vai pegar cartão vermelho de primeira", afirmou em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" publicada nesta quinta-feira.
Apesar da advertência, Bolsonaro diz não ver movimentação por parte de nenhum integrante das 22 pastas existentes para ser vereador ou prefeito. "É direito deles, mas usar o ministério não posso admitir".
Sobre a sua influência na corrida eleitoral, Bolsonaro deixou no ar se pretende apoiar, por exemplo, o pré-candidato a prefeitura de São Paulo José Luiz Datena. "Venho conversando com ele".
Acusado pelo governador de São Paulo, João Doria, de manter um discurso populista sobre zerar tributos federais para diminuir o preço do combustível, Bolsonaro se irritou durante a entrevista. "Vamos falar de coisa séria? Não me vem falar desse nome para mim. Pergunte se ele sabe o que é 'Bolsodoria' e se eu autorizei a usar alguma vez na vida".
Sobre o registro do Aliança pelo Brasil, novo partido do presidente, a tempo de concorrrer nas eleições municipais, Bolsonaro acha pouco provável. "É possível, mas é muito difícil". Nesta semana, o líder do PSL na Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro (SP), defendeu que a legenda comece a disputar eleições apenas em 2022.
O Globo
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