O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira (9/1), durante live transmitida pelo Facebook, que cogita separar o projeto com mudanças na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para que seja mais fácil a aprovação das alterações. De acordo com o presidente, existem muitas pressões que dificultam a aprovação do projeto. "Venho conversando com o Rodrigo Maia (presidente da Câmara), ele está simpático a isso. Ele tem os problemas dele na Câmara, porque ele não é o comandante, ele é o presidente. Tem pressão em cima dele”, explicou.
Por isso, a ideia seria ir apresentando cada mudança separadamente. “A ideia é retirar o projeto, e apresentar individualmente um projeto só para tratar da validade de cinco para dez anos e ponto final. E daí o Congresso decide se é favorável ou não”, afirmou. Bolsonaro fez questão de lembrar que sobre essa questão já há divergências dentro da Câmara, já que o relator do projeto, o deputado Juscelino Filho (DEM-MA), se manifestou por estender a ampliação da validade da habilitação só para quem tem até 40 anos. “Quem tem 46 já está velho, essa é opinião do relator. E nós achamos que não”, disse. O projeto apresentado pelo presidente amplia até os 65 anos. “Se dependesse de mim eu colocaria 75. Se o Rodrigo Maia e o Davi Alcolumbre (presidente do Senado) toparem a gente coloca 75 anos. Que eu estou com 64, daqui a 2 meses faço 65. Acho que estou novo ainda”, afirmou.
Posteriormente, o outro projeto apresentado seria o que altera a quantidade de pontos permitidos na carteira. Hoje são 20 e passaria para 40 pontos. “Pela quantidade de radares que tem no Brasil, o coitado do motorista, que rala igual um desgraçado, perde rapidamente.O cidadão que tem família, que precisa do volante para trabalhar, acaba sendo impedido. Esses radares ajudam a ter mais acidente”, opinou.
Seguro obrigatório
Bolsonaro também aproveitou para comemorar a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que nesta quinta-feira (9/1) voltou atrás e manteve redução no valor do Dpvat.
Os novos valores tinham sido apresentados em dezembro pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e tinha sido suspenso, por uma liminar do próprio ministro. “O Dias Toffoli deu uma liminar contra o DPVAT atendendo aquele senador, o fala fino, aquele senador que fala fino lá do Amapá”, falou em referência ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que entrou com a ação no STF contra a medida provisória. Bolsonaro ainda fez uma imitaçãol debochada, do parlamentar. “Parabenizar o Dias Toffoli e o ministro André Mendonça (advogado-geral da União). O DPVAT voltou a ter um valor bem baixinho. Não precisa ter um valor tão alto. O que nós queríamos era acabar, quer fazer um seguro faz particular”, completou.
Correio Braziliense
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