Novembro 22, 2024

Atos defendem medidas do governo Bolsonaro em diferentes cidades do país Featured

Atos em favor do governo do presidente Jair Bolsonaro foram registrados nos 26 estados e no Distrito Federal neste domingo. Os manifestantes defenderam projetos da gestão do presidente, como a Reforma da Previdência e o pacote anticrime e anticorrupção, apresentado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. Também havia cartazes contra o "centrão" e o Supremo Tribunal Federal ( STF ).

Segundo o G1, por volta de 18h30, 156 cidades tinham tido atos pró-governo. No dia das manifestações contra os cortes na educação, às 13h07m, 222 cidades de todos os 26 estados e do Distrito Federal tinham registrado manifestações.

O presidente estava no Rio, onde participou do casamento do filho , o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), mas não participou dos atos. Ele foi à igreja Batista Atitude, na Barra, da Tijuca, frequentada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro . Depois da visita ao templo, o presidente afirmou que o "povo está indo às ruas defender o futuro dessa nação" e que atos são recados contra velhas práticas. Mais cedo, pelo Twitter, Bolsonaro já havia apoiado o comparecimento nos atos . Durante as convocações para este domingo, que ganharam força depois dos protestos em defesa da educação no último dia 15, o governo evitou envolvimento, embora deputados do PSL tenham apoiado desde o início a organização dos atos.

No Rio, o ato começou às 9h na Orla de Copacabana . Um boneco de 3,5 metros de altura em alusão ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi levado elos manifestantes. O boneco tinha uma camisa em que, na parte de trás, vinha escrito "Judas".

Maia já fez críticas ao presidente e, recentemente, rompeu com o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL)-GO) . Alvo de críticas de apoiadores de Bolsonaro, o presidente da Câmara trabalha desde o ínicio da gestão de Bolsonaro pelo andamento das reformas e para mediar a relação entre o Executivo e os deputados do centrão.

Os simpatizantes do governo estão vestidos de verde e amarelo. Movimentos que apoiam o presidente e parlamentares do PSL, partido de Bolsonaro, trouxeram carros de som para a orla de Copacabana, que recebeu também um mastro de 45 metros de altura com a bandeira do Brasil.

Davy Albuquerque, de 19 anos, coordenador do Movimento Brasil Conservador, afirmou que a última derrota do governo no Congresso, que retirou o Coaf do Ministério da Justiça ao votar a MP 870 nesta semana, apenas reforçou o ato deste domingo. Muitos seguravam cartazes em favor da MP.

— Isso fortaleceu mais ainda o ato. As pessoas que vieram aqui são totalmente contrárias ao centrão e à retirada do Coaf do ministro Sergio Moro. Está claro que o centrão não representa nada da população — afirmou.

Já foram registrados atos em Rio, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pará, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Acre, Santa Catarina, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe, Tocantins, Paraíba, Roraima e Distrito Federal.

Em São Paulo , nove carros de som de diferentes movimentos foram estacionados ao longo de nove quarteirões da avenida. Vestidos de camisa amarela e enrolados em bandeiras do Brasil, os manifestantes se misturam às pessoas que usam a avenida como área de lazer aos domingos. Os manifestantes também pediam a reforma da Previdência e a CPI da Lava-Toga. A presença do líder do PSL no Senado, Major Olímpio, que estava no meio do público, foi anunciada.

No Distrito Federal, manifestantes iniciaram, às 10h40m deste domingo, uma passeata na Esplanada dos Ministérios . Seguidos por três trios-elétricos, os simpatizantes de Bolsonaro se concentraram no entorno da rodoviária de Brasília e caminharam em direção ao Supremo Tribunal Federal para fazer um "almoço de lagosta", ironizando um episódio recente em que a Corte foi pressionada a cancelar a compra de itens gastronômicos de alto valor.

Depois de declarar que não apoiava os atos deste domingo, o Vem Pra Rua agora considera que as pautas reivindicadas estão de acordo com as posições do movimento.

— Está sendo um marco. É a primeira vez, desde a redemocratização, que o povo não vai para a rua contra ninguém, mas a favor. Estão nas ruas a favor do presidente, torcendo a favor — disse ao GLOBO a coordenadora nacional do movimento, Adelaide Oliveira.

O Globo
Portal Santo André em Foco

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