Mai 28, 2025

Moraes manda PF ouvir Bolsonaro sobre financiamento da viagem de Eduardo aos EUA Featured

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes mandou a Polícia Federal ouvir o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre ele ter afirmado ser o responsável financeiro pela manutenção do filho Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. A PF tem dez dias para interrogar o ex-presidente, segundo ordenou Moraes.

Moraes tomou a decisão ao aceitar um pedido feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) para investigar Eduardo Bolsonaro pela atuação dele nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras O deputado federal licenciado será investigado por três crimes: coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Recentemente, o ex-presidente disse estar bancando as despesas do filho nos EUA com os valores que recebeu via Pix por apoiadores. “Eu estou bancando as despesas dele agora. Se não fosse o Pix, eu não teria como bancar essa despesa, ele está sem salário e fazendo o seu trabalho de interlocução com autoridades no exterior”, disse Bolsonaro em entrevista.

“O que queremos é garantir a nossa democracia, não queremos um judiciário parcial. Ele resolveu ficar por lá, nós conversamos quase todos os dias, mas são diálogos reservados. Quero que ele dispute o Senado em 2026, mas precisamos que os ventos mudem. Ainda não sei se ele retorna da licença, estamos na metade do prazo de 120 dias. Eu não quero ficar longe do meu filho, um afastamento familiar”, completou.

Pedido da PGR
Ao pedir a investigação sobre Eduardo, a PGR disse que o deputado federal licenciado tem buscado ativamente que o governo dos Estados Unidos imponha sanções a membros do STF, da PGR e da Polícia Federal.

As sanções buscadas, descritas pela Procuradoria-Geral da República como “pena de morte civil internacional”, incluiriam a cassação de vistos, o bloqueio de bens e a proibição de relações comerciais.

De acordo com a PGR, essas ações visam intimidar autoridades envolvidas em investigações e processos criminais que envolvem Jair Bolsonaro e aliados, configurando uma tentativa de obstruir a Justiça e interferir nos poderes constitucionais.

A PGR defendeu, além da abertura de investigação sobre Eduardo, que Jair Bolsonaro fosse interrogado a respeito dos fatos, dada a circunstância de ser diretamente beneficiado pela conduta descrita e por declarar ser o responsável financeiro pela manutenção do filho fora do Brasil.

Em rede social, Eduardo Bolsonaro questionou a queixa apresentada pela PGR e classificou a decisão como um movimento político. “Eu não mudei meu tom. Não há conduta nova. Há um PGR agindo politicamente”, disse. O deputado licenciado também alegou existir “um Estado de exceção” no país

R7
Portal Santo André em Foco

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