O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi vaiado e aplaudido nesta terça-feira (20) ao participar de um evento em Brasília que reúne prefeitos de todas as regiões do país.
O petista compareceu à 26ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que contou com a presença de cerca de 12 mil gestores públicos, entre prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais.
Após receber as vaias, Lula respondeu à plateia e disse que atende a todos os prefeitos, independentemente dos partidos dos gestores municipais. Nesse momento, vaias e aplausos foram ouvidos uma vez.
"Eu queria fazer um apelo a vocês. Eu duvido que tenha um prefeito, de qualquer partido político, que um dia possa dizer que ele não foi atendido no governo por causa da sua filiação partidária. Não existe essa possibilidade. Nem de prefeito, nem de governador. Porque eu, quando vou atender um prefeito, um governador, eu não estou atendendo um representante de um partido, eu estou atendendo a uma pessoa que foi democraticamente eleita para representar os interesses do povo da cidade ou do estado", afirmou o presidente.
Além de Lula, participaram do evento nesta terça-feira:
No discurso, Lula saiu em defesa do chefe da Casa Civil, Rui Costa. Ele disse que o ministro é "tratado como se fosse um cara que não deixa as coisas acontecerem".
"Na verdade, todos vocês prefeitos devem ter um secretário que tem o mesmo papel que o chefe da Casa Civil. É fazer com que as coisas funcionem corretamente e que todos os secretários se dirijam a ele para que as coisas possam dar [certo]. Quero aproveitar, na frente dos prefeitos, agradecer o papel importante e relevante do Rui Costa", afirmou Lula.
Crítica a decisões do STF
Durante o evento, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, fez críticas a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que buscam dar transparência e publicidade a emendas parlamentares destinadas para estados e municípios.
Ziulkoski disse que as determinações do Poder Judiciário têm dificultado o repasse de recursos do Orçamento para ações nas cidades.
"Agora com a nova lei, que foi a decisão do Supremo, que nós vamos discutir de tarde, que é a questão das emendas, o deputado não pode ser escravo porque ele prometeu e não chega lá [o recurso], mas não chega porque agora ele vai ter que apresentar o projeto, ele vai ter que discutir [...], limita tudo", reclamou Ziulkoski.
Vaiado no evento, Lula deu uma alfinetada no presidente da CNM, ao dizer que neste ano Ziulkoski voltou a ser "inflamado", sugerindo que nos anos anteriores o representante dos municípios não foi tão contundente com o presidente da República da ocasião.
g1
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