A pressão global exercida pela política tarifária de Donald Trump, e a atitude errática do presidente americano diante da guerra na Ucrânia, fizeram com que Volodymyr Zelensky voltasse a acionar Lula como canal de mediação com a Rússia. O petista desembarca em Moscou em 9 de maio, Dia da Vitória para os russos, que marca a vitória sobre a Alemanha de Hitler na Segunda Guerra. Uma conversa entre Lula e Putin já está marcada.
O presidente do Brasil fez questão de dizer à imprensa internacional, após giro pelo Japão e Vietnã, que falaria por telefone com o ucraniano. Segundo uma fonte da diplomacia no Planalto, o pedido partiu da Ucrânia e foi precedido de uma entrevista pelo chanceler do país que recolocou publicamente Lula como um agente de mediação.
A conversa com o líder ucraniano deve acontecer até a próxima semana. Passo seguinte, Lula deve desembarcar na Rússia e onde deverá ter uma reunião pessoalmente com Putin. Ele foi convidado pelo russo para acompanhar os atos do Dia da Vitória.
Para a diplomacia do Brasil, a atitude errática de Trump diante do conflito – o americano chegou a chamar Zelensky de "ditador" e o enxotou publicamente da Casa Branca – acabaram por reabilitar propostas feitas anteriormente pelo Brasil e pela China como opções para a Ucrânia.
Lula não deixou de externar certa mágoa com o ucraniano. Ao anunciar o telefonema, disse esperar que Zelensky esteja, agora, interessado "na paz". O líder do leste europeu disse, meses atrás, que o "trem" de protagonismo do petista como mediador com os russos havia passado.
g1
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