O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta quarta-feira (26), da primeira reunião de sherpas da presidência brasileira do Brics. Em 2025, o Brasil assumiu a presidência rotativa do grupo, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, pelos membros recém-admitidos – Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
Os sherpas são representantes enviados pelos chefes de Estado dos integrantes do grupo. Eles serão responsáveis por conduzir discussões até a Cúpula de Líderes, marcada para 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.
Além de Lula e dos representantes dos países integrantes do grupo, a reunião contará com a presença de embaixadores de países parceiros (Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão). A reunião está marcada para 11h30 no Palácio do Itamaraty.
A primeira reunião dos sherpas começou nessa terça-feira (25). O encontro é presidido pelo embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty e sherpa do Brasil no Brics.
Temas discutidos
Entre os temas discutidos nos dois dias estão a cooperação em saúde global, mudança do clima, comércio, investimento e finanças, governança da inteligência artificial e desenvolvimento institucional do Brics.
Na abertura do encontro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou a importância da expansão do Brics — de cinco para onze membros — e chamou o Sul Global a se unir em torno de uma nova visão de governança global.
“O mundo está em uma encruzilhada, e as escolhas que fizermos hoje moldarão o futuro da governança global pelas próximas gerações. Os Brics foram fundados com base nos princípios de cooperação, equidade e respeito mútuo. Ao iniciarmos esta jornada juntos, reafirmemos nosso compromisso de construir uma ordem internacional mais justa, inclusiva e sustentável. Ao fortalecer a cooperação do Sul Global, promover parcerias para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, e defender o multilateralismo, podemos ajudar a forjar um futuro que reflita as aspirações dos bilhões de pessoas que representamos”, disse.
Reunião com sindicatos ficará para março
Estava marcada também para esta quarta a reunião entre o presidente Lula e líderes sindicais, mas ela deve ficar para março. Na pauta, estavam, entre outros assuntos, a possibilidade de pessoas demitidas poderem sacar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) mesmo tendo aderido ao saque-aniversário.
Porém, nessa terça, o Ministério do Trabalhou confirmou a medida, que deve ser publicada na sexta-feira (28). A mudança era defendida pelas centrais sindicais, que estiveram reunidas ontem com o ministro Luiz Marinho. No entanto, os líderes sindicais ainda reivindicam um encontro com Lula.
A Medida Provisória do FGTS vai disponibilizar R$ 12 bilhões, com potencial de beneficiar 12,1 milhões de trabalhadores que ficaram impedidos de acessar os valores ao aderir ao saque-aniversário. No entanto, após passar o período da validade da MP volta a valer a regra antiga.
O saque-aniversário, instituído em 2020, permite que o trabalhador saque parte do saldo do FGTS a cada ano, no mês do aniversário. No entanto, ao aderir à modalidade, o trabalhador não pode sacar o saldo do Fundo ao ser demitido por justa causa.
Mudanças na Esplanada
Nessa terça, o presidente Lula fez mais mudanças nos ministérios. A ministra Nísia Trindade foi demitida da Saúde. Em seu lugar, vai assumir o então ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. A posse do novo chefe da pasta está marcada para a próxima quinta-feira (6) após o Carnaval.
Lula agradeceu a Nísia por seu “trabalho e dedicação à frente do ministério”. Padilha também usou as redes sociais para elogiar a colega. “Símbolo de compromisso e seriedade à frente da Fiocruz e do Ministério da Saúde, Nísia deixa um legado de reconstrução do SUS, após anos de gestões negacionistas, que nos custaram centenas de milhares de vidas”, escreveu
A substituição de Nísia por Padilha ocorre na esteira da segunda reforma ministerial deste mandato de Lula — nos primeiros dias de janeiro, o presidente trocou o comando da Secom (Secretaria de Comunicação Social da presidência), após ter criticado publicamente a divulgação das ações do governo federal. Paulo Pimenta, que estava à frente da pasta desde o início do governo, foi substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira, responsável pela campanha do petista de 2022.
R7
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