O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou nesta sexta-feira (14) que haverá reciprocidade diante das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o aço brasileiro.
"Eu ouvi dizer que vai taxar o aço brasileiro. Se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente, ou vamos denunciar na Organização do Comércio [OMC] ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles", afirmou Lula.
Donald Trump assinou nesta segunda (10) um decreto que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para o país a partir de 12 de março.
? Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, em volume, segundo dados do Departamento de Comércio americano, atrás apenas do Canadá.
O presidente brasileiro mencionou também que os Estados Unidos vem se comportando, depois da Segunda Guerra Mundial, como "patrono da democracia", como o "xerife do do planeta terra" e frisou que isso o preocupa.
Para justificar a fala, Lula ponderou que o discurso do país mudou após a eleição de Trump e que, por isso, a democracia parece não estar "valendo tanto".
"Nós queremos paz, não queremos guerra. Queremos paz e tranquilidade. Agora, se tiver alguma atitude com o Brasil, haverá reciprocidade. Não tem dúvida", prosseguiu.
As declarações foram dadas durante entrevista à rádio do Pará. No início da entrevista, Lula ainda argumentou que não há relacionamento entre ele e o presidente americano e, sim, entre os estados brasileiro e americano.
"Eu ainda não conversei com ele, ele ainda não conversou comigo", afirmou. "Eu espero que os Estados Unidos reconheçam o Brasil como um país muito importante", completou.
Lula destacou a relevância da relação diplomática de mais de 200 anos entre os dois países.
"Se o Donald Trump cuidar dos Estados Unidos, e eu cuidar do Brasil, se ele melhorar a vida do povo americano e eu melhorar a vida do Brasil, tudo estará maravilhosamente bem", disse.
g1
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