A defesa do general do Exército Braga Netto afirmou que o militar “não praticou crime algum” e descartou interesse em acordo de delação. O ex-ministro da Casa Civil e da Defesa de Jair Bolsonaro foi preso, no dia 14 de dezembro, pela Polícia Federal pela tentativa de obstruir a Justiça na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
A informação é do advogado criminalista José Luís Oliveira Lima, mais conhecido como Juca. Ele assumiu a defesa de Braga Netto quatro dias depois da prisão. O advogado já atuou em diversos casos de políticos denunciados na Lava Jato e no Mensalão, como José Dirceu, e Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa também da gestão Bolsonaro acusado de assédio sexual.
Nesta semana, a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou contra um pedido de revogação da prisão preventiva de Braga Netto. No parecer enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, diz haver “permanência dos motivos que fundamentaram a decretação da prisão preventiva e a inexistência de fatos novos que alterem o quadro fático probatório que embasou a medida”.
A PGR já havia se manifestado a favor da prisão preventiva por entender que a medida era necessária para evitar interferências nas apurações sobre o suposto plano golpista de aliados do ex-presidente. Gonet afirmou, na ocasião, que Braga Netto representa “risco concreto à aplicação da lei penal”.
Em depoimento, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, relatou que o general tentou influenciar sua delação. A Polícia Federal pediu a prisão de Braga Netto por considerar que ele, em liberdade, representa risco à ordem pública, pois teria condições de cometer atos que poderiam interferir na investigação.
R7
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