O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve participar, nesta quarta-feira (27), da abertura do Enai (Encontro Nacional da Indústria) 2024, em Brasília. O evento, cujo tema é ‘Neoindustrialização e redução do Custo Brasil: uma nova indústria para um futuro sustentável’, é organizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Na ocasião, a CNI vai lançar o Observatório do Custo Brasil, que é o resultado de um conjunto de entraves que oneram o ambiente de negócios no país. Obtido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços em parceiro com o Movimento Brasil Competitivo, o índice atingiu R$ 1,7 trilhão em 2023, o que representa pouco mais de 20% do PIB (Produto Interno Bruto).
De acordo com o ministério, o observatório vai priorizar seis iniciativas estratégias de diminuição do Custo Brasil: ampliação e diversificação da matriz logística, acesso ao crédito empresarial, expansão da banda larga, simplificação tributária, abertura do mercado de gás natural e acesso à energia elétrica competitiva.
No evento, a confederação vai promover mesas redondas com especialistas, com o objetivo de debater diversos temas, como inovação, futuro da indústria e sustentabilidade. A entidade vai apresentar ainda uma feia de oportunidades, com linhas de crédito e de financiamento relativas à política industrial.
O órgão vai entregar também um prêmio de excelência sindical da indústria, com o reconhecimento de federações e sindicatos que implementaram ações de fortalecimento dos trabalhadores. Além disso, o organismo vai lançar um movimento empresarial pela saúde dos funcionários brasileiros.
“O evento propõe uma revisão da industrialização tradicional, incorporando tecnologias como a Indústria 4.0, digitalização e automação, sempre com foco na responsabilidade social e ambiental. Essa nova visão busca uma indústria mais competitiva, inovadora e alinhada aos desafios globais, garantindo a prosperidade a longo prazo”, diz a CNI.
Nova Indústria Brasil
Lançada no início deste ano, a NIB (Nova Indústria Brasil) é uma política industrial com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033. O programa conta com seis missões, tendo três eixos já apresentados pelo governo Lula. O plano de ação conta com R$ 405,7 bilhões de recursos públicos. Até o momento, o setor privado anunciou R$ 1,7 trilhão para as medidas.
A NIB prevê linhas de crédito especiais, recursos não reembolsáveis, ações regulatórias e de propriedade intelectual, obras e compras públicas. Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, o programa é um compromisso do governo com a “nova indústria inovadora, sustentável, com descarbonização, exportadora e competitiva”.
Os recursos para a Nova Indústria Brasil vão ser fornecidos via linhas de crédito mais subvenção, além de verbas de outros programas da gestão federal. O R$ 1,7 trilhão anunciado pelo setor privado será dividido da seguinte forma: construção (R$ 1,06 trilhão), tecnologia da informação e comunicação (R$ 100 bilhões), automotivo (R$ 130 bilhões), alimentos (R$ 120 bilhões), aço (R$ 100 bilhões), papel de celulose (R$ 105 bilhões) e saúde (R$ 39 bilhões).
R7
Portal Santo André em Foco
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