Indiciado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (21) pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, o ex-presidente Jair Bolsonaro se pronunciou nas redes sociais sobre o caso. “Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar“, escreveu.
Ele fez críticas ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, disse o ex-presidente.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, acrescentou Bolsonaro.
“Perseguição política”
Aliados do ex-presidente classificaram o indiciamento dele como “perseguição política”.
“Diante de todas as narrativas construídas ao longo dos últimos anos, o indiciamento do Presidente Jair Bolsonaro, do Presidente Valdemar Costa Neto, e de outras 35 pessoas, comunicado na presente data pela Polícia Federal, não só era esperado, como representa sequência ao processo de incessante perseguição política ao espectro político que representam", afirmou o senador Rogério Marinho (PL-RN), secretário-geral do PL. No governo de Bolsonaro, ele foi ministro do Desenvolvimento Regional.
“Espera-se que a Procuradoria-Geral da República, ao ser acionada pelo Supremo Tribunal Federal, possa cumprir com serenidade, independência e imparcialidade sua missão institucional, debruçando-se efetivamente sobre provas concretas e afastando-se definitivamente de meras ilações”, acrescentou o parlamentar.
“Diante de todas as narrativas construídas ao longo dos últimos anos, o indiciamento do Presidente Jair Bolsonaro, do Presidente Valdemar Costa Neto, e de outras 35 pessoas, comunicado na presente data pela Polícia Federal, não só era esperado, como representa sequência ao processo de incessante perseguição política ao espectro político que representam", afirmou o senador Rogério Marinho (PL-RN), secretário-geral do PL. No governo de Bolsonaro, ele foi ministro do Desenvolvimento Regional.
“Espera-se que a Procuradoria-Geral da República, ao ser acionada pelo Supremo Tribunal Federal, possa cumprir com serenidade, independência e imparcialidade sua missão institucional, debruçando-se efetivamente sobre provas concretas e afastando-se definitivamente de meras ilações”, acrescentou o parlamentar.
“Ainda, ao reafirmar o compromisso com a manutenção do Estado de Direito, confiamos que o restabelecimento da verdade encerrará longa sequência de narrativas políticas desprovidas de suporte fático, com o restabelecimento da normalidade institucional e o fortalecimento de nossa Democracia", finalizou Marinho.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que foi ministro da Casa Civil na gestão de Bolsonaro, disse que “há coisas a respeito das quais tenho certeza e uma delas é sobre a inocência de Jair Bolsonaro".
O senador Magno Malta (PL-ES) também fez críticas a Moraes “Alexandre Criativo de Morais, parabéns pelo desfecho de sua “obra”, onde formou criativos que, juntamente com os criadores de narrativas, resultaram nesse pífio relatório que tenta incriminar quem nenhum crime cometeu — Jair Bolsonaro e mais 35 pessoas", afirmou.
“Especulações"
O senador Marcos Rogério (PL-RO) disse que “pelo que foi divulgado até o momento, o indiciamento do presidente está muito fundado em afirmações genéricas e superficiais". Ele afirmou que “indiciamento somente se justifica quando há, de forma concreta, a presença de indícios de prática criminosa".
“No caso do presidente Bolsonaro – além de outros nomes citados hoje pela PF no inquérito da suposta tentativa de golpe de Estado – o que se conhece são especulações que alimentam suposições de participação em práticas que, ao que se sabe, ainda estão pendentes de maior apuração", destacou.
O senador Jorge Seif (PL-SC) defendeu o ex-presidente. Segundo ele, “a perseguição e acusação dos crimes impossíveis só reforçam o medo de sua liderança política".
“Se Bolsonaro quisesse dar golpe, com apenas uma palavra, o Brasil entraria em uma guerra civil armada sem precedentes! Alguém duvida? Moraes e Lula precisam das narrativas mais absurdas para impedir o impossível: que em 2026 seremos maioria no Senado. Jogo vira e, nas 4 linhas, virá o expurgo."
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) chamou Bolsonaro de “democrata”. “Inacreditável que Bolsonaro, o homem que o tempo todo gritou para todos ouvirem que só faria o que estivesse dentro das quatro linhas da Constituição, e assim o fez, ser agora indiciado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado."
“Temos que lembrar que indiciamento não é sentença. Bolsonaro terá direito a ampla defesa e eu tenho certeza que ao longo de todo esse processo demonstrará sua inocência, porque agora ele terá acesso a todos os documentos, depoimentos, diligências e supostas provas que dizem ter contra ele", destacou.
R7
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