Setembro 24, 2024

Conib critica postura de Lula ao ignorar vítimas israelenses em conflito no Oriente Médio Featured

A Conib (Confederação Israelita do Brasil) manifestou sua preocupação nesta terça-feira (24) com a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação aos conflitos no Oriente Médio. A confederação destacou que, durante seu discurso na ONU (Organização das Nações Unidas), Lula demonstrou simpatia pelas vítimas dos conflitos em Gaza e no Líbano, mas não fez menção às vítimas de Israel, o que, segundo a Conib, evidencia uma postura desequilibrada do governo brasileiro.

Em seu discurso na ONU, além de abordar a guerra na Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio, Lula também mencionou as crises no Sudão e no Iémen, que afetam 30 milhões de pessoas por meio de mortes, fome e deslocamentos forçados. O presidente sugeriu que a proposta de paz elaborada por Brasil e China para a guerra entre Rússia e Ucrânia permanece em discussão.

“Ao expressar simpatia pelas vítimas em Gaza e no Líbano, o presidente ignora as vítimas de Israel, esquecendo que os conflitos foram iniciados pelos grupos terroristas Hamas e Hezbollah, apoiados pelo Irã, e que Israel está em um legítimo direito de defesa”, afirmou a Conib.

Na ONU, Lula criticou a intensificação do conflito no Oriente Médio, advertindo do risco de uma guerra generalizada. Ele destacou a crise humanitária em Gaza e na Cisjordânia, que se expandiu para o Líbano, enfatizando que a violência que começou como atos terroristas contra civis israelenses se transformou em uma punição coletiva ao povo palestino. “São mais de 40 mil vítimas fatais, em sua maioria mulheres e crianças. O direito de defesa se tornou um direito de vingança, dificultando acordos para a libertação de reféns e adiando o cessar-fogo”, comentou.

A Conib também ressaltou que, nos últimos 11 meses, o Hezbollah atacou o norte de Israel, resultando na morte de 12 crianças israelenses que jogavam futebol. “O Brasil tornou-se aliado de primeira hora do regime iraniano, um pária internacional que tortura e mata seus cidadãos e persegue mulheres e a comunidade LGBTQIA+. "

A Conib questionou por que o Brasil não utiliza sua proximidade com o Irã para promover a paz e trabalhar para interromper os ataques do Hezbollah, que perpetuam o conflito no Líbano. De acordo com a entidade, o governo Lula parece estar se afastando da tradição de equilíbrio da política externa brasileira em favor de uma aproximação radical com o Irã, o que, segundo a confederação, resulta em um crescente desprestígio do Brasil na arena internacional.

R7
Portal Santo André em Foco

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