O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne na manhã desta sexta-feira (20) com diversos ministros e presidentes de órgãos para discutir a visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil no mês de novembro, e as relações bilaterais entre o Brasil e o gigante asiático. O encontro ocorre no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Estão presentes na reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e Fernando Haddad (Fazenda), além de Celso Amorim (assessor especial da Presidência da República) e Aloizio Mercadante (presidente do BNDES). A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, também participou, mas por videoconferência.
No mês passado, o chefe da Casa Civil se reuniu com o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, para tratar da visita do líder chinês ao Brasil. Na ocasião, as autoridades definiram medidas para que a vinda de Xi Jinping seja potencializada com a formalização de novas parcerias em projetos que visam elevar o patamar das relações diplomáticas. Temas como inteligência artificial, transição energética e infraestrutura são importantes para o lado brasileiro.
As relações diplomáticas Brasil-China começaram em 15 de agosto de 1974. Atualmente, o gigante asiático é o principal parceiro comercial do Estado brasileiro. Segundo dados do governo, O Brasil exportou US$ 28,44 bilhões em produtos agrícolas para a China no primeiro semestre de 2024. Os principais produtos exportados são soja, milho, açúcar, carne bovina, carne de frango, celulose, algodão e carne suína in natura.
Recentemente, em artigo escrito para um jornal chinês, Lula falou que quer discutir com a China a nova rota da seda, chamada em inglês de One Belt One Road. Lançada em 2013, a iniciativa chinesa visa formar uma rede global de infraestrutura, com ferrovias, hidrovias e rodovias. De um lado, o governo brasileiro quer a inclusão de empresas chinesas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por meio de concessões ou fornecimento de materiais, por exemplo. Do outro, a China corteja o Brasil para aderir ao projeto, mas o tema ainda divide opiniões.
“Os chineses querem discutir conosco a rota da seda, nós vamos discutir a rota da seda, não vamos fechar os olhos não. O que tem para nós? O que eu tenho com isso? O que eu ganho? O Brasil precisa estar preparado porque depois do G20 eu tenho uma bilateral, aqui em Brasília, com a China. É uma reunião que vamos comemorar os 50 anos de relação diplomática, mas é uma reunião que a gente vai discutir uma parceria estratégica de longo prazo. Ou seja, queremos ser uma economia mais forte que já fomos e nós precisamos de buscar parceiros”, disse Lula.
R7
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