Novembro 23, 2024

'Enem dos concursos': Lula visita sala de situação que monitora aplicação do CNU em todo o país Featured

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou neste domingo (18) a sala de situação montada na sede do Dataprev, em Brasília, para monitorar a aplicação do Concurso Nacional Unificado (CNU) em todo o país.

Lula chegou ao prédio por volta das 11h e foi acompanhado pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck – ministério que coordena a aplicação da prova.

Durante a visita, Esther Dweck explicou a Lula a estrutura do concurso – com uma prova de conhecimentos gerais pela manhã, e provas específicas por área à tarde.

"Tem uma base de conhecimentos gerais que todo mundo tem que fazer. E um dos temas que a gente colocou foi ética no serviço público. A gente botou diversidade, democracia, muitas coisas que as pessoas têm que ter na base. E foi muito bacana, que a gente viu os cursinhos dando aula disso", disse a ministra.

  • A melhor remuneração do Concurso Nacional Unificado (CNU) é o do cargo de auditor-fiscal do trabalho (AFT) do Ministério do Trabalho, com uma remuneração de R$ 22,9 mil.
  • Concurseiros buscam estabilidade, salários melhores e aposentadoria robusta. São mais de 6 mil vagas disputadas entre 2 milhões de inscritos.
  • CNU ganhou apelido de 'Enem dos Concursos' por unificar a seleção para cargos federais. Candidatos pagaram uma taxa única e puderam se inscrever em várias vagas.
  • Esquema de segurança do CNU conta com exames grafológicos, detectores de pontos eletrônicos, coleta de digitais e monitoramento.
  • Acompanhe o gabarito extraoficial das provas na noite deste domingo (18). Na segunda (19), às 11h, o g1 trará um programa com a correção comentada das questões que mais desafiaram.

"As inscrições foram extraordinárias, a diversidade vai ser excepcional. O resultado, eu espero que seja extraordinário. E dizer que para mim é uma alegria saber que a gente tá inovando de verdade no jeito de contratar gente neste país. Nós precisamos adequar a máquina pública ao século 21, é preciso discutir os temas que estão na ordem do dia", declarou Lula após a visita.

Além de Lula e Esther, estiveram na sala de situação em Brasília:

  • a primeira-dama, Janja;
  • a ministra Sônia Guajajara (Povos Indígenas);
  • o ministro Luiz Marinho (Trabalho);
  • o ministro Laércio Portela (Comunicação Social)
  • o ministro Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União)
  • a secretária- executiva da Casa Civil, Miriam Belchior;
  • o procurador-geral da União, Marcelo Eugênio Feitosa Almeida;
  • o presidente do INEP, Manuel Palácios;
  • o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues;
  • o presidente dos Correios, Fabiano Santos;
  • o presidente do Dataprev, Rodrigo Assumpção;
  • a presidente da ENAP, Betânia Lemos;
  • o diretor-adjunto da Abin, Marco Aurélio Cepik.

Lula faz 'perguntas incômodas'
Durante a visita, sem falar diretamente com a imprensa, Lula disse à ministra Esther Dweck que faria a ela uma "pergunta incômoda".

O presidente quis saber da ministra:

  • se, além do resultado da prova, "existe algum mecanismo de investigar outras coisas da pessoa" – incluindo, nas palavras de Lula, "o conhecimento específico na função";
  • se, com a ascensão do crime organizado no país, "a gente tem como aferir o comportamento desse cidadão além do conhecimento específico que ele demonstrou na prova".

"É um ingrediente perigoso, porque você faz o concurso, o cara entra e você não sabe o que o cara era. O cara pode ser do PCC, do Comando Vermelho, qualquer coisa", disse Lula.

Como resposta à primeira pergunta, Esther Dweck informou que todos os aprovados no CNU vão passar por um curso de formação – não só os aprovados para as carreiras em que esse curso é exigência legal.

Segundo Esther, a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) está montando o curso que será aplicado aos novos servidores.

Todos os ministérios serão contemplados
Segundo Esther, todos os ministérios receberão novos servidores, sem exceção.

A definição de onde serão lotados os servidores das carreiras gerais – analistas de tecnologia da informação, por exemplo, necessários em vários ministérios – ainda será feita pelo governo.

"Vai chegar gente para todos os ministérios. Se a gente não tivesse adiado, as pessoas estariam entrando agora em agosto. Com o adiamento, vão entrar em janeiro", disse a ministra.

g1
Portal Santo André em Foco

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