Novembro 23, 2024

Equipe de Lula classifica fala de Maduro como 'provocação desrespeitosa' e TSE reitera que eleições no Brasil são auditadas Featured

O governo brasileiro não reagiu oficialmente às declarações do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mas nos bastidores as classifica de uma “provocação desrespeitosa” dirigidas a um aliado.

Maduro aconselhou Lula a tomar chá de camomila se ele está assustado com suas declarações, de que, se não ganhar, haverá um “banho de sangue” na Venezuela (leia mais abaixo).

Maduro não só alfinetou Lula, mas também a Justiça Eleitoral brasileira, ao afirmar que as eleições no Brasil não são auditadas.

Em resposta ao presidente venezuelano, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, reiterou ao blog que “as urnas e as eleições brasileiras são auditadas, desde o início do seu processo até o seu final”.

A presidente do tribunal acrescentou que nunca foram “comprovados quaisquer tipos de fraudes e erros” e que a “Justiça Eleitoral brasileira é confiável e pode contar confiança da população”.

Observadores internacionais
O TSE vai enviar dois servidores seniores, com experiência na gestão das eleições brasileiras, para atuarem nos grupos de observadores internacionais.

Os dois vão acompanhar todo o processo eleitoral venezuelano e checar se houve algum tipo de cerceamento a eleitores e se as urnas foram lacradas ou não. O relatório deles será divulgado assim que eles retornarem ao Brasil.

No Palácio do Planalto, a eleição na Venezuela está pondo em alerta o governo brasileiro. Ela está marcada para o próximo domingo (28) e Nicolás Maduro, que busca nova reeleição, não dá sinais claros de que irá aceitar um resultado que não seja sua vitória.

Nesta terça (23), o governo encarou como uma "provocação desrespeitosa" a resposta de Maduro a Lula, dizendo que quem se assustar com suas declarações deveria tomar chá de camomila.

Maduro afirmou que haverá um "banho de sangue" na Venezuela se ele não vencer, o que fez o presidente Lula afirmar que estava assustado com o posicionamento do colega venezuelano.

A declaração foi mal-recebida dentro da avaliação de que o presidente brasileiro sempre teve uma posição de aliado de Maduro.

Lula tem conversado com sua equipe, principalmente na área de inteligência e das Forças Armadas, para se preparar para o pior, apesar de esperar que tudo ocorra com tranquilidade.

O receio da equipe de Lula é que a Venezuela entre em convulsão social se Maduro for derrotado e tentar dar um golpe, o que deve provocar uma nova onda de fuga de venezuelanos em direção ao Brasil, criando um cenário de caos num país que tem uma grande fronteira o país.

g1
Portal Santo André em Foco

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